Sustentabilidade é a propriedade que um sistema tem para manter-se funcionando adequadamente por certo período de tempo, sem prejudicar ninguém. Esse conceito é muito utilizado nas questões ambientais, por exemplo, referindo-se à capacidade que as pessoas e empresas têm de extrair da natureza o que for necessário para a execução das suas atividades, mas procurando repor e amenizar ao máximo possível os impactos das suas ações no meio.

Quando falamos em sustentabilidade financeira, porém, nos referimos à capacidade que as pessoas têm (ou que precisam desenvolver) para que possam desenvolver hábitos de consumo mais conscientes, em harmonia com o meio ambiente e com as suas próprias condições financeiras. Isso evita, por exemplo, que o indivíduo se endivide ou que administre mal os recursos de que dispõe.

Pensando nisso, o autor Reinaldo Domingos publicou o livro “O menino do dinheiro”, em que desenvolve os 10 Rs da sustentabilidade financeira. Para saber quais são esses 10 Rs e conseguir prosperar financeiramente, confira o artigo a seguir.

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1. Reduzir

Se você olhar para a sua casa, ou mesmo para a sua estação de trabalho neste momento, certamente vai se deparar com uma série de itens de que não precisa ou que utiliza muito pouco. O medo da escassez nos leva a adquirir bens de forma excessiva, seja por receio de faltar, seja por apego à ideia de ter várias opções.

É por isso que entupimos os guarda-roupas com diversas peças que utilizamos uma vez na vida e os armários da cozinha com alimentos que estragam porque passaram do prazo de validade. É triste pensar nesses excessos, enquanto há pessoas com dificuldade para obter o básico para uma vida digna.

2. Reutilizar

PSC

Além de reduzir, é importante reutilizar. Se você comprou uma roupa, por exemplo, priorize o conforto e a durabilidade do material. Assim, você poderá utilizá-la diversas vezes, sem que surja a necessidade de adquirir um novo item. Até mesmo a água pode ser reutilizada. Que tal aproveitar a água da máquina de lavar roupas para lavar também o quintal?

A capacidade de reutilizar algo promove economia de dinheiro e de recursos naturais, amenizando os problemas financeiros e ecológicos. Além disso, essa é uma boa maneira de valorizar aquilo que compramos, pois utilizamos o produto quantas vezes forem possíveis.

3. Reciclar

Você sabia que é possível fazer cadeiras com pneus? Que um vaso pode ser feito com garrafas pet? Que o papel utilizado hoje pode ser utilizado na composição do papel que utilizaremos amanhã?

A reciclagem consiste no aproveitamento de um material para que dê vida a novos objetos (que podem ter a mesma finalidade que possuíam ou outra). Para isso, vale a pena separar os materiais descartados em casa para a coleta seletiva. Isso ameniza a quantidade de materiais descartados no meio ambiente, além de promover economia no bolso. Observe ao seu redor quais materiais podem ser reciclados e faça a sua parte!

4. Recusar

Será que você precisa mesmo da sua via do comprovante do pagamento após uma compra? Da sacola plástica do supermercado, tendo em vista que você pode levar as suas sacolas de casa? Do canudo plástico, sendo que você pode levar o seu canudo metálico à lanchonete?

A redução da necessidade diminui a produção de determinados itens, especialmente aqueles que são feitos com plástico (cuja decomposição é extremamente demorada). O ato de recusar algum desses produtos demonstra que o indivíduo é um consumidor consciente, que está fazendo a sua parte para proteger o planeta em que vive e para perpetuar os recursos que a natureza oferece.

5. Repensar

Essa postura nos leva ao quinto item de nossa lista: repensar sobre valores, hábitos e atitudes. Quando você gasta o seu dinheiro? Investe em itens de que realmente precisa? Ou “embarca” na moda e adquire produtos apenas porque outras pessoas estão comprando, e você não quer ficar “por fora”? Você pesquisa preços? Avalia se a quantidade de itens adquiridos é proporcional à sua necessidade? Pesquisa se as empresas das quais você compra são sustentáveis — em termos ambientais, sociais e econômicos?

Enquanto consumidores, todos nós temos um poder enorme, de que muitas vezes não nos damos conta: decidir onde colocaremos o dinheiro que tanto nos deu trabalho para conquistar. Valorize o seu esforço e não consuma sem pesquisar e sem refletir!

6. Reparar

Diz a sabedoria popular que, antigamente, os itens quem eram comprados duravam muito mais tempo. Pode até ser que os materiais fossem mais resistentes, afinal de contas, a obsolescência programada é uma realidade. No entanto, isso também tem a ver com uma questão cultural.

Como não era assim tão fácil comprar produtos quanto é hoje, as pessoas desenvolveram a capacidade de consertar as coisas antes de dizer que se quebraram e que é melhor comprar um item novo. Nesse sentido, vale trazer a reflexão para a atualidade. Será mesmo que você precisa de um novo celular, de uma nova roupa, de um novo móvel? Não é possível fazer alguns reparos e customizar esses itens antes de concluir que a vida útil deles chegou ao fim?

7. Reintegrar

Se você não puder reparar um item para continuar o seu uso, pode ao menos reintegrá-lo. Reintegrar, nesse contexto, significa aproveitar o que sobrou do item em uma nova situação.

Não estamos aqui falando de nenhuma novidade, afinal de contas, todo mundo já transformou uma camiseta velha em um pano de chão ou um copo de requeijão em um copo de beber água, não é mesmo? A questão é que podemos ser muito mais criativos do que isso. Ao descartar um determinado material, questione-se antes: onde posso utilizar isso? Acredite se quiser: até mesmo a casca dos ovos utilizados nas receitas pode virar adubo para os vasos da sua casa!

8. Respeitar

Quando falamos em sustentabilidade financeira, estamos falando em diferentes tipos de respeito: respeito à natureza, respeito aos direitos do outro, respeito ao próprio bolso, respeito às lixeiras espalhadas pela cidade, enfim, respeito ao planeta.

É impossível que uma pessoa ou empresa seja financeiramente sustentável se não conduzir as suas relações com as outras pessoas, com o meio e com a sociedade de forma respeitosa. Na verdade, prosperar e enriquecer só valem a pena quando ocorrem de forma lícita, isto é, sem prejudicar a vida de ninguém.

9. Repassar

Assim como você agora aprende os conceitos da sustentabilidade financeira porque alguém os compartilha com você, é importante que você faça o mesmo com as pessoas à sua volta. Repasse os seus conhecimentos, a sua solidariedade e o seu exemplo positivo.

Além disso, repasse também os itens que não mais pretende utilizar. Aquela roupa de que você já não gosta tanto assim certamente poderá fazer a alegria de outra pessoa. Aliás, instituições de caridade, brechós e aplicativos de troca têm crescido muito, seja para aquecer a economia, seja para fazer uma doação solidária sem cobrar. Nos dois casos, os benefícios podem ser sentidos.

10. Responsabilizar-se

Por fim, podemos resumir todos os itens acima em um, de extrema importância: a responsabilidade. Você, enquanto cidadão e consumidor, é responsável pela sua qualidade de vida, pelo seu sustento (e de quem mais viver com você), pelo seu emprego, por tudo o que você compra, por tudo o que você consome, por tudo o que você descarta, por tudo o que você aprende e por tudo o que você ensina.

Os bons hábitos são construídos com base em ensinamentos e em responsabilidade. Com a sustentabilidade financeira, não é diferente. Por isso, responsabilize-se pelas suas finanças e ensine as demais pessoas do seu convívio a fazer o mesmo. Isso vale para familiares, amigos, colegas de trabalho, funcionários da sua empresa etc.

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Imagem: Por Fractal Pictures