Você já percebeu que existem empresas que estão sempre contratando e demitindo profissionais (ou recebendo pedidos de demissão), em diferentes áreas? Essas empresas são vítimas do chamado turnover, termo em inglês utilizado para referir-se à alta rotatividade de funcionários, seja num departamento específico, seja na empresa como um todo.

É claro que, de tempos em tempos, funcionários entram e saem. No entanto, o turnover indica uma rotatividade excessiva e é um efeito bastante problemático, pois causa diversas consequências negativas para as atividades da empresa. Além disso, as suas causas já são indícios de que algo vai mal na corporação. Para saber mais sobre esse problema e sobre meios para resolvê-lo, continue a leitura deste artigo.

O que é turnover?

Turnover significa alta rotatividade de funcionários em ambientes corporativos. Ele ocorre quando uma empresa, por algum motivo, contrata e demite funcionários com muita frequência, ou quando os próprios funcionários pedem demissão sem que antes tenham construído uma carreira duradoura na organização.

O turnover é uma consequência das empresas que não conseguem reter seus talentos e, por este motivo, sofrem atualizações constantes em seus quadros de funcionários. Dificilmente há apenas uma causa envolvida em casos de turnover, de modo que é preciso investigar todos os porquês do problema. Esse cenário é bastante indesejado, pois causa prejuízos diversos à empresa.

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Quais são as principais causas do problema?

A alta rotatividade de funcionários pode ocorrer por diversos motivos. A primeira é que o processo seletivo talvez não tenha sido bem conduzido, de modo que pessoas com perfis profissionais incompatíveis com as vagas tenham sido selecionadas, não conseguindo desempenhar um bom trabalho.

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Além disso, a pessoa contratada pode ter encontrado um clima organizacional desagradável, más condições de trabalho, salários incompatíveis com a função, falta de benefícios, ausência de plano de carreira, entre outros fatores. Se o mercado de trabalho estiver aquecido, fatalmente esse funcionário insatisfeito encontrará outra empresa que lhe apresente oportunidades mais interessantes, optando por desligar-se da organização.

Quais são as consequências da alta rotatividade dos funcionários?

Uma empresa que lida com demissões frequentes precisa pagar rescisões contratuais a toda hora, e isso certamente pesa nos cofres da organização. Além disso, se a empresa perde funcionários, precisará contratar novos que ocupem as vagas abertas. Esse processo é lento e custoso, já que é preciso conduzir um novo processo seletivo, passar por um período de experiência, treinar o novo funcionário e aguardar até que ele “entre no ritmo” da empresa.

Quando isso acontece de forma frequente, a produtividade da empresa cai. Como o trabalho está a cada hora nas mãos de um novo funcionário, não há fluidez. Resumidamente, o turnover promove quatro consequências terríveis: perda de talentos, perda de tempo, perda de recursos financeiros e perda de produtividade. É perda demais, não acha?

7 dicas para diminuir o turnover

Para que você não seja a próxima vítima desse problema, fique atento às dicas a seguir e elimine de vez o turnover da sua empresa.

1. Identifique as causas do problema

O primeiro e mais óbvio passo para reduzir o turnover em uma empresa é entender o porquê de isso acontecer. Por isso, as empresas mais desenvolvidas em gestão de pessoas têm realizado pesquisas por meio de questionários de desligamento. Assim, o funcionário desligado explica por que está saindo da empresa.

Tabulando estatisticamente os resultados, a empresa conseguirá compreender quais são as principais razões do turnover: ambiente desagradável, baixa remuneração, ausência de plano de carreira, incompatibilidade de perfil com a vaga em questão, entre outros. A partir da obtenção desses resultados, a empresa conseguirá agir no sentido de resolver as razões que a pesquisa apontou.

2. Faça pesquisas de clima organizacional

Além de realizar pesquisas com os funcionários em processo de desligamento, a empresa (preferencialmente o setor de recursos humanos) também deve conhecer a opinião de seus atuais funcionários. Por isso, é importante conduzir uma pesquisa de clima organizacional.

Por meio de um questionário anônimo, a empresa pede que o funcionário a avalie com relação a diversos critérios, como: infraestrutura, comunicação interna, liderança, remuneração e benefícios, transparência, oportunidades de crescimento, respeito à diversidade, incentivo à inovação, compatibilidade do profissional com o cargo, entre outros assuntos que permitam a mensuração do grau de satisfação dos funcionários com a empresa em que trabalham.

3. Redesenhar processos seletivos e treinamentos

Se a empresa tem sofrido com o turnover por conta de funcionários selecionados que são incompatíveis com as demandas das vagas, está ocorrendo um problema no processo seletivo. Talvez seja melhor reorganizá-lo, de modo que os recrutadores tenham filtros mais eficientes na seleção de currículos, na condução de entrevistas, na realização de dinâmicas e testes, entre outras etapas.

Além disso, mesmo que um funcionário seja adequadamente contratado, é preciso que ele seja bem integrado à empresa, sendo apresentado a todas as suas estruturas, departamentos, programas, políticas internas e cultura organizacional.

Por fim, ele precisa passar por um bom treinamento que o permita conduzir seu trabalho satisfatoriamente, dentro dos padrões da empresa.  Sem que esse processo inicial seja bem conduzido, o funcionário pode não se adaptar, desmotivar-se e ser desligado.

4. Invista em endomarketing e qualidade de vida

A sua empresa é um ambiente agradável para trabalhar? As pessoas interagem harmonicamente entre si? Há eventos e festas internos? Há bonificações por desempenho, premiando os funcionários mais dedicados? Os trabalhadores sentem que são valorizados nesse ambiente? A comunicação interna é clara e eficiente?

Todos esses fatores constituem o chamado endomarketing — o marketing interno, em que o funcionário é conquistado pela própria empresa onde trabalha. Todas essas ações, somadas a uma infraestrutura bacana, a uma cultura organizacional que ofereça liberdade aos funcionários e a uma remuneração justa oferecem qualidade de vida aos trabalhadores.

Há empresas que oferecem ginástica laboral, salas de descompressão e recreação e até mesmo atendimento psicológico semanal, por exemplo. São algumas possibilidades.

5. Ofereça benefícios e planos de carreira

Se você tem perdido funcionários para a concorrência, é importante verificar se a remuneração dos profissionais em sua empresa está compatível com as práticas do mercado no momento. No entanto, não é só o salário que importa ao trabalhador. Ele também está de olho em outros benefícios que as empresas podem oferecer.

Entre esses benefícios estão: vale-alimentação, vale-refeição, vale-transporte, contratação CLT (que inclui FGTS, seguro-desemprego, férias remuneradas e décimo terceiro salário), adicional noturno, adicional por insalubridade, assistência médica e odontológica, auxílio educação, auxílio academia, refeição no local, entre outros.

Além disso, o profissional também se preocupa com o fato de a empresa poder ou não oferecer a ele chances reais de crescimento em sua carreira. Especialmente nas gerações Y e Z (nascidos a partir de 1980), se perceberem que não há qualidade de vida, nem espaço para crescer profissionalmente, os profissionais trocam de emprego sem hesitar.

6. Faça avaliações de desempenho e feedbacks

As avaliações de desempenho e os feedbacks são atividades por meio das quais os líderes mostram aos trabalhadores se o seu desempenho está abaixo, correspondente ou superando as expectativas sobre o cargo.

Esses instrumentos demonstram que a empresa está preocupada com o desempenho do funcionário e está sendo transparente para com ele, de modo que ele mesmo possa melhorar dia após dia. Assim, sua produtividade melhora, e a capacitação evita a demissão.

Sem saber como está sendo avaliado, porém, o funcionário pode achar que a empresa não se importa com o seu desempenho, passando a demonstrar interesse em outras corporações que não tenham essa postura descompromissada.

7. Invista em lideranças humanizadas

Atualmente, as novas gerações que estão ingressando no mercado de trabalho não gostam de chefes autoritários. Esses novos trabalhadores gostam de expor o que pensam e, por isso, preferem uma liderança mais democrática, que ofereça ao profissional mais autonomia e liberdade para inovar e ser criativo.

Por isso, é preciso que as empresas adotem uma liderança mais humanizada, que promove reuniões, que estimula o diálogo, que dá voz e vez a todos, que é transparente e que inclui o trabalhador no processo de tomada de decisões, ainda que a palvra final seja do chefe. O que o funcionário deseja é se sentir um membro pensante e pertencente à organização, e não apenas uma peça mecânica numa engrenagem.

Resumidamente, podemos dizer que o reconhecimento é a palavra-chave para reduzir o turnover. Por isso, toda empresa precisa ser organizada e ter um bom departamento de recursos humanos para orquestrar as ações acima.

Você gostou das dicas? Tem alguma experiência pessoal sobre turnover que gostaria de dividir conosco? Então, deixe seu comentário no espaço abaixo e não se esqueça de compartilhar este artigo com seus colegas, amigos e com quem mais possa se beneficiar deste conteúdo.