A violência intrafamiliar consiste em uma relação de abuso que se desenvolve entre indivíduos que possuem ligação familiar civil (cônjuges, padrasto e enteados, sogros etc.) e ligação familiar de parentesco natural (pais e filhos, irmãos etc.). Em geral, essa violência acontece tendo por base a diferença de poder que existe entre esses parentes.

É possível trazer alguns exemplos para que você entenda melhor, tal como o marido violento que agride sua esposa. Além disso, posso citar os maus tratos a idosos que não têm como se defender e agressões contra crianças. É importante que fique claro que esse tipo de violência pode se manifestar de maneira física ou psicológica. As situações de negligência e abusos sexuais também se enquadram no conceito de violência intrafamiliar.

Basicamente, o conceito de violência intrafamiliar é todo ato de agressão física, verbal ou psicológica que é praticada dentro de casa e entre indivíduos que pertencem à mesma família. É absurdo que um conceito como esse tenha que ser formatado, não é mesmo? Porém, infelizmente, ele reflete a realidade de diversos brasileiros. Quer entender mais sobre esse tema sério? É só continuar lendo este artigo que preparei para você. 

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Afinal, o que está acontecendo

Para você compreender a gravidade do que estou trazendo neste texto vou te mostrar alguns dados alarmantes. Os números de 2014 da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) mostram que 70% dos casos de violência contra as crianças e os adolescentes acontecem dentro da própria casa. Além desses pequenos e jovens, as mulheres compõem outra parcela da população que sofre no suposto conforto do lar.

Só em 2017, 42% dos casos de violência contra a mulher acontecem dentro da própria casa, segundo dados do ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). E os números não param de preocupar: ainda de acordo com a FBSP, 193 mil mulheres foram à polícia para registrar uma queixa de violência doméstica.

Como você pode ver com apenas alguns dados, o problema é grave e não há solução simples. A solução para esse tipo de situação envolve uma série de fatores que devem ser tratados, discutidos e combatidos com veemência por todos que compõem a sociedade. Esse processo é demorado, pois envolve elementos culturais, como o entendimento de que não é certo bater em mulheres ou crianças ou qualquer pessoa. No fim das contas, esse tipo de debate desencadeia o machismo e o preconceito que são velados no dia a dia brasileiro. 

As influências da violência intrafamiliar para a vida de uma pessoa

Juntos, vamos assumir que, dentro ou fora de casa, vindo de uma pessoa conhecida ou não, a violência não é fato fácil de superar. Com isso, e com tudo que te mostrei até agora, em mente, não é preciso refletir muito para entender que o sofrimento de qualquer tipo de abuso pode trazer consequências traumáticas para qualquer pessoa. Imagine que na sua casa, um lugar em que você deveria se sentir seguro, há medo, pois quem deveria dar amor, proteção e respeito, usa de agressão física, verbal ou psicológica para saciar as próprias vontades. 

Especificamente em relação à violência cometida dentro de casa, temos que destacar o relacionamento disfuncional que esse indivíduo desenvolverá em relação ao mundo e às outras pessoas. Alguém que é obrigado a dividir a casa com seu agressor pode desenvolver uma forma peculiar de estabelecer relações pessoais no futuro. 

Como identificar o comportamento de pessoas que enfrentam ou enfrentaram violência intrafamiliar

Geralmente, as pessoas que passam por esse tipo de situação se tornam mais quietas e isoladas. O medo que elas têm que os demais descubram os episódios de violência é o principal responsável por um comportamento demasiadamente ansioso e autossabotador diante da vida. O fato de “esconder o assunto” de pessoas externas pode ser uma consequência do medo do agressor, tanto do que ele pode fazer com a própria vítima, quanto com as outras pessoas próximas. Por exemplo, uma mãe pode não denunciar o marido por medo de que ele bata ou fuja com os filhos dos dois. 

A violência intrafamiliar é uma questão que ainda está muito presente na sociedade e precisa ser encarada pelo viés extremamente corrosivo que possui. As pessoas que vivem nesse regime de medo devem ser ajudadas e receber o tratamento adequado para superar os eventuais distúrbios emocionais, físicos e psicológicos que sofreram em decorrência de suas agressões.

Para lidar melhor com as consequências que essas situações podem trazer para a vida, é fundamental que a vítima passe a morar em um espaço que se sinta segura e tenha acompanhamento psicológico. Além disso, é essencial que ela possa contar com uma rede de familiares e amigos que ajudem a viver a vida da maneira mais tranquila possível, diminuindo os reflexos negativos.  .

Apesar de parecer que há uma saída fácil, é preciso que você lembre-se do que eu disse acima: a compreensão desse tipo de violência exige uma mudança cultural de pensamento da sociedade. É preciso debater em casa, nas escolas, entre familiares e entre amigos alguns assuntos considerados tabus, tais como: marido que bate em mulher ou pais que agridem crianças. Nenhum dos casos está correto. 

Se você passa por isso ou conhece alguém nesta situação, saiba que existem serviços especializados para ajudar pessoas que sofreram abusos e violência intrafamiliar. Tenha em mente ainda que a denúncia é fundamental para que os agressores sejam autuados e punidos de acordo com o que manda a lei. Esse é um pequeno passo que ajuda a construir uma mudança de pensamento em relação à violência intrafamiliar. E não se preocupe, pois é possível inclusive fazer denúncias anônimas.

Para isso, existem os seguintes números: 

  • Disque 100 (Direitos Humanos – prevenção e defesa contra violência sexual contra crianças e adolescentes e também de proteção aos idosos)
  • Disque 180 (Serviço de combate à violência contra a mulher)
  • Disque-denúncia (181)
  • Disque 190 (Polícia).

Guarde bem esses números, pois pode ser que você precise ajudar alguém um dia.

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Até o próximo artigo, ser de luz!

 

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