Pessoas que trabalham mais de 12 horas por dia e ainda levam trabalho para casa. Que passam os fins de semana grudados no celular, caso haja alguma atualização em assuntos profissionais. Que nem conseguem aproveitar o churrasco em família ou a festa com os amigos para atender aos telefonemas dos chefes ou dos colegas. Se você conhece alguém com essas características, você está diante de um workaholic!

Workaholic é um termo em inglês utilizado para se referir às pessoas consideradas viciadas em trabalho. Mas quais são os sinais de que uma pessoa adquiriu esse vício? Será que existe alguma vantagem nisso? Quais são os impactos desse comportamento na vida da pessoa? As respostas, você confere neste artigo. Boa leitura!

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O que é o comportamento workaholic?

O comportamento workaholic consiste num conjunto de hábitos, como os citados na introdução deste artigo, que caracterizam uma pessoa viciada em trabalho. Segundo psicólogos e especialistas em recursos humanos, esse comportamento está se tornando cada vez mais frequente.

Os sinais são claros: a pessoa trabalha mais de 12 horas por dia, leva trabalho para casa, não dá importância aos momentos de descanso e de lazer com familiares e amigos e simplesmente não vê graça em assuntos que não sejam relacionados à vida profissional. Mesmo em casa ou em eventos sociais, o interesse é sempre em assuntos de trabalho, como se aquilo fosse um verdadeiro hobby.

Existe alguma vantagem nesse comportamento?

É muito complicado falar em vantagem no comportamento workaholic. Segundo os especialistas, não há nada de errado em uma pessoa gostar do seu trabalho e sentir prazer ao executá-lo — é até recomendado que as pessoas procurem atividades profissionais que as façam felizes. Também pode acontecer de o indivíduo fazer uma hora extra de vez em quando, se for necessário.

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O problema ocorre quando a pessoa só é feliz quando trabalha ou quando toca nesse assunto. A família, os amigos, os passeios, as viagens, a saúde, nenhum desses assuntos adquire importância. O workaholic se descuida dessas áreas da sua vida.

Portanto, não há nenhuma vantagem nesse comportamento. Os workaholics até podem se considerar mais produtivos, mas a verdade é que, sem vida social e sem o descanso necessário, podem surgir problemas de saúde física e mental que comprometem a produtividade — que seria, teoricamente, a única vantagem desse comportamento.

O único que de fato pode ver vantagem no comportamento workaholic dos funcionários é o dono da empresa. Ainda assim, os empreendedores mais conscientes e mais humanos não apoiam esse tipo de conduta, pois sabem que ela destrói a qualidade de vida do indivíduo e daqueles que com ele convivem.

Quais são os sinais do vício em trabalho?

Ao longo do texto, já citamos alguns dos principais sintomas do vício em trabalho, que incluem expedientes excessivos, dificuldade em desligar-se dos assuntos profissionais e desinteresse pelas demais áreas da vida. No entanto, há outros sintomas que podem ser detectados nos indivíduos nessas condições.

Autoestima excessivamente elevada, maus hábitos alimentares, insônia, oscilações de humor, impotência sexual, agressividade em situações de pressão e até mesmo outros transtornos da mente — como a depressão e os transtornos de ansiedade — podem aparecer no dia a dia de quem sofre desse mal.

Quais são as desvantagens do comportamento workaholic?

Se não há vantagens nesse tipo de conduta, o mesmo não se pode dizer das desvantagens. Elas se fazem presentes nas diferentes áreas da vida do workaholic. Confira as principais delas a seguir.

1. Obsessão doentia

Há casos considerados extremos, em que o comportamento workaholic é classificado como uma obsessão doentia. Lembrando que o conceito de obsessão se refere a um apego excessivo e, por vezes, irracional a determinadas ideias e/ou assuntos. São quadros levados aos consultórios de psicólogos e psiquiatras, pois a sua gravidade é considerável.

Segundo esses profissionais da saúde, os quadros extremos de vício em trabalho são tão obsessivos quanto o consumo de álcool e de outras drogas. A pessoa simplesmente não consegue ficar sem trabalhar ou sem lidar diretamente com algum assunto relacionado à sua vida profissional. A dependência de café ou de outras substâncias estimulantes também pode ocorrer nesses casos.

2. Problemas conjugais e familiares

Como citamos anteriormente, os indivíduos excessivamente dedicados às suas vidas profissionais, a ponto de entrar nesse estágio de vício, começam a se descuidar dos outros aspectos da sua vida. Mesmo estando em casa, a pessoa está sempre trabalhando ou conversando de forma remota com chefes e colegas.

Isso faz com que a família não se sinta mais uma prioridade daquele indivíduo. Esposa, marido e filhos sentem-se ignorados. Passeios em família, refeições ou simples momentos de união e descontração deixam de acontecer. Queixas do parceiro e dos filhos tornam-se mais frequentes. Na vida íntima, até mesmo a atividade sexual do casal pode ser comprometida.

3. Isolamento dos amigos

Assim como a família, os amigos também começam a perceber que há algo de estranho no comportamento do workaholic. Isso ocorre porque ele passa a se isolar socialmente, abrindo mão dos programas para os quais é convidado, em nome de horas extras no trabalho.

Esse indivíduo é incapaz de apreciar um happy hour numa sexta-feira ou uma festa num fim de semana. Férias, então, nem pensar! Mergulhado nas tarefas do trabalho, é como se nada mais importasse e nada mais fosse fonte de prazer, exceto o trabalho. De tanto serem ignorados, os amigos, em algum momento, deixam de convidar a pessoa para se reunir, aumentando ainda mais o seu grau de isolamento.

4. Desvantagens até mesmo para a empresa

Um empresário que identifica o comportamento workaholic em seu funcionário pode, num primeiro momento, achar isso positivo para a organização. Todavia, com o passar do tempo, o excesso de horas trabalhadas começa a dar sinais de desgaste no profissional. Sem descansar adequadamente, o raciocínio, o equilíbrio emocional e a produtividade começam a decair, e o que era vantagem torna-se prejuízo.

Além disso, é importante ressaltar que a vida empresarial não depende apenas das competências do indivíduo, mas também da sua sociabilidade. Interagir com os colegas, desenvolver habilidades sociais e comunicar-se com as pessoas é preciso. O workaholic, no entanto, pode ignorar essas questões, focando exclusivamente na execução das tarefas e tornando-se cada vez mais isolado.

Como resolver a questão?

A necessidade, a ganância, a vaidade e a competitividade são alguns dos ingredientes que levam uma pessoa à compulsão pelo trabalho. Não há um consenso na medicina sobre considerar o problema uma questão de saúde, mas é sabido que ele pode sim desencadear quadros de estresse, depressão, TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), insônia, oscilações de humor, problemas de saúde física, além de todas as questões de relacionamento citadas anteriormente.

Por isso, é essencial que o indivíduo analise a sua vida e questione-se se o tempo dedicado ao trabalho não está “roubando” a atenção dos outros setores, como a família e os amigos. Esse processo de reconhecer uma conduta inadequada e de modificar hábitos pode ser bem difícil. Por isso, pode ser necessária a ajuda médica e/ou psicológica para resolver a questão. Esses profissionais conseguem identificar a gravidade do caso e iniciar o tratamento adequado, geralmente com a psicoterapia.

Concluindo, não há vantagens em ser um workaholic. Por mais que alguns filmes e livros romantizem a questão, a verdade é que esse estilo de vida é nocivo em todos os aspectos e merece muito cuidado.

E você, querida pessoa, considera-se um workaholic? O que tem feito para evitar essa conduta? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e com quem mais estiver necessitado desta reflexão, por meio das suas redes sociais!

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