A motivação no ambiente de trabalho já foi alvo de diversos estudos que tentam comprovar o que torna ou não um profissional em um colaborador engajado dentro da empresa. Resultados já foram discutidos e hoje em dia, mais do que nunca, em meio a um turbilhão de distrações e tecnologias na rotina das organizações, é necessário entender o fenômeno que há em volta do tema motivação.
O QUE É A MOTIVAÇÃO?
Se você puder descrever a motivação, como faria? É bem provável que acabe indo pelo lugar comum, descrevendo um profissional sempre disposto, que chega cedo e sai tarde, que se doa à empresa e faz dos seus objetivos profissionais algo pessoal.
Mas, o que será que é a motivação dentro de um conceito mais amplo no ambiente de trabalho? É necessário dividirmos essa palavra em três pontos: motivo, objetivo e valor.
O motivo seria o que impulsiona qualquer pessoa a realizar algo. Você trabalha porque precisa pagar suas contas? Ou o faz para poder viajar pelo mundo? Ou porque isso simplesmente te faz feliz?
O objetivo seria a finalidade do seu motivo e aqui ocorrem muitas confusões. Primeiro porque costumam definir a finalidade já dentro do que é motivo e isto é errôneo. A finalidade, como o nome sugere, é a concretização do motivo através das ações. O “lugar” onde você deseja chegar.
Por fim, há o valor, que gerará a carga de interesse do indivíduo tanto no motivo e, por consequência, na finalidade. Juntando tudo isso, conhecemos a estrutura do que é a motivação. Porém, algo está faltando aí, não é mesmo?
A MOTIVAÇÃO E O AMBIENTE DE TRABALHO
Na definição que foi dada mais acima, expus o lado mais pessoal e particular do que pode gerar a motivação. Mas, obviamente, esse conceito não envolve apenas o indivíduo isolado, com a sua personalidade e seus desejos, mas também com o ambiente que o rodeia. Entender o ambiente ao seu redor é crucial para chegarmos ao que é de fato todo esse cenário que está sendo montado.
Segundo Heckhausen, chegamos à motivação como uma relação introspectiva e individualista, mas que interage e sofre influências no seu meio externo. Ele vai mais além ao dividir a motivação em dois tipos, sendo uma como a potencial e outra como a real. A potencial é um estado normativo, um modelo do que seria o ideal para que o indivíduo se sinta satisfeito. A real “reúne estados presentes e futuros de ser ou estar”, diz o mesmo no livro The Anatomy of achievement motivation.
Através disso, pode ser entendido que o ambiente de trabalho deve ser ideal para que as tarefas ali realizadas obtenham uma efetividade muito mais abrangente no campo de resultados da empresa.
A motivação e o ambiente de trabalho relacionam-se de forma instantânea e frequente, podendo sofrer mudanças nessa relação em um curto espaço de tempo.
AS BASES DE UM TRABALHO MOTIVADO
O trabalho de um profissional motivado segue três passos: ele age diante das opções que tem, percebe as consequências de suas ações e, dependendo da resposta, persiste ou abandona tal ação. O que isso tudo significa? Que durante o trabalho, o profissional é cercado de opções, de ações a serem tomadas e corre o risco de errar.
Por isso que é importante a realização de reuniões e feedbacks, além de parar para escutar o que os colaboradores que trabalham com você têm a dizer, quais são as suas reclamações e o que está incomodando-os na rotina de trabalho.
É com base nessas teorias e conceitos que todas as dicas que você encontra sobre motivação são fundamentadas. Então, antes de descartar algo que parece óbvio ou bobo demais, experimente as reações do ambiente de trabalho a essa nova injeção de motivação.
A motivação no ambiente de trabalho precisa da sua motivação para ser intensificada. E criatividade também. Como no caso da Nextel, onde as reuniões sobre resultados, perspectivas e objetivos deixaram de ser maçantes como manda o script e se tornaram um programa bem humorado de televisão ao vivo com o Tadeu Schmidt anunciando as novidades e dados de uma forma futebolística.
Você acha que esses profissionais se sentiram bem diante de tudo isso?
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