Você já ouviu falar no termo workaholic? Trata-se de uma palavra de origem inglesa, utilizada para se referir às pessoas que são “viciadas em trabalho”. De fato, é até positivo que alguém goste das suas atividades profissionais e que as execute da melhor maneira possível, a fim de prosperar na carreira escolhida. No entanto, é importante não permitir que isso se torne um vício.
Aliás, como separar a empolgação com o trabalho de um verdadeiro vício? Em que momento os benefícios acabam, e o trabalho se torna realmente excessivo e prejudicial? É o que você vai conferir no artigo a seguir. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!
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O que significa ser workaholic?
Os workaholics são aqueles profissionais aficionados pelo trabalho, que passam horas e horas focados nas suas atividades e que, mesmo fora da empresa, costumam continuar trabalhando. Por isso, se você conhece alguém assim, sabe bem do que estamos falando.
Contudo, até que ponto é positivo ser um workaholic? Com certeza, ser um profissional criativo, eficaz, eficiente, determinado, resoluto, proativo e com espírito empreendedor é muito bom para a empresa e para a carreira do colaborador. Entretanto, todo excesso deve ser levado em conta, pois trabalhar demais também pode ser prejudicial à saúde física, social e emocional da pessoa.
Quais são os sinais de que você é um workaholic?
- Passar a maior parte do dia e da noite focado no trabalho;
- Conferir e-mails da empresa repetidamente, mesmo nas horas vagas;
- Fazer sempre as refeições diárias na sua mesa de trabalho;
- Evitar tirar férias inteiras ou nunca tirar férias;
- Trabalhar até mesmo durante os fins de semana e feriados;
- Julgar profissionais que trabalham menos do que você;
- Não ter tempo para cuidar da saúde (alimentação, academia, dentista, bem-estar, exames preventivos etc.);
- Vivenciar constantes crises nos relacionamentos afetivos e familiares;
- Ter dificuldades para dormir, além de problemas de saúde e cansaço frequentes;
- Preferir atividades de trabalho a programas com amigos, parceiros e familiares;
- Evitar descanso prolongando ou mesmo as pequenas pausas do dia a dia;
- Encontrar dificuldades de desconectar-se do trabalho até quando está relaxando.
Existe algum lado positivo em ser um workaholic?
O trabalho contínuo pode revelar uma pessoa muito motivada e talentosa. Se esse for o caso, se o trabalho lhe dá prazer e se você percebe que os seus esforços estão propiciando um crescimento interessante na sua carreira, podemos dizer que você está obtendo benefícios com esse comportamento.
Atletas, empresários e artistas, por exemplo, dedicam-se até mesmo aos sábados e domingos às suas profissões. O sucesso de fato depende de algumas situações em que temos que abrir mão de certos confortos para prosperar. Por isso, se os seus amigos e familiares compreendem que, às vezes, você se sacrifica em nome da carreira, e eles não se incomodam com isso, então está tudo bem. Como sempre, o que vale é o equilíbrio entre as diferentes áreas da vida.
Quais são os limites desse hábito?
Muitas vezes o workaholismo, começa despretensiosamente, e é tido como um diferencial do profissional que dedica quase todo o seu tempo à empresa. O colaborador workaholic tende a subir mais rápido na carreira, pois é tão focado no seu crescimento, que não mede esforços para alcançar os seus objetivos.
Porém, se por um lado os benefícios podem parecer muitos, de outro, podemos ver a sua vida pessoal e familiar ir completamente pelo ralo. Como nunca estão presentes nos eventos e programas — e, mesmo quando estão, o foco dos seus assuntos ainda é o trabalho —, as relações afetivas se perdem, bem como a interação familiar.
Como se não bastasse esse problema, os cuidados com a saúde do trabalhador compulsivo sempre ficam em último plano. Com isso, a pessoa corre o risco de se alimentar mal e passar a cultivar hábitos ruins, como fumar e beber excessivamente. Dessa forma, o indivíduo tende a descuidar-se das demais áreas da vida, tomando apenas a área profissional como importante, o que é muito perigoso.
Quais são as consequências do comportamento workaholic?
Quando uma pessoa se dedica excessivamente ao trabalho, como podemos observar, é natural que as outras áreas da vida fiquem descuidadas. Isso gera problemas com o cônjuge, crises com os filhos e demais familiares, afastamento dos amigos, descuido com a saúde e perda do prazer com outras atividades (passeios, viagens, hobbies etc.).
A saúde mental — e a física também! — depende de um sono regular, de um descanso adequado e de momentos de lazer e relaxamento. O excesso de obrigações voltadas ao trabalho pode desencadear, nos casos mais graves, transtornos ansiosos, depressão e a chamada síndrome de burnout (que é um esgotamento associado ao trabalho).
Dessa forma, podemos compreender que trabalhar um pouco mais em alguns momentos da vida pode até ser necessário ou importante. No entanto, se as outras áreas da vida estão sendo prejudicadas por esse excesso cometido na vida profissional, podemos compreender que existe nesse caso um vício, ou seja, um comportamento repetido e prolongado, que não está sendo saudável.
Conclusão
Podemos concluir que ser workaholic só é positivo quando o profissional consegue equilibrar o lado profissional e pessoal e vivenciar ambos os benefícios. Sem essa equalização, a pessoa tende a prejudicar os seus relacionamentos amorosos, como também com os seus filhos, amigos e familiares.
Se você não quer perder uma parte importante da sua vida enquanto trabalha, busque o equilíbrio sempre. Além disso, entenda que a saúde, tanto física quanto mental, deve sempre ser uma prioridade. Trabalhe enquanto for preciso, mas não exagere na dose. Viver é algo complexo, composto por diferentes áreas que devem estar em equilíbrio. Cuide-se!
E você, querida pessoa, se considera um workaholic? Como você lida com essa questão? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!