Alena Ozerova/Shutterstock O Aprendizado pode mudar vidas e, por isso, deve ser estimulado desde cedo

Mostramos no início que as Sete Leis da Aprendizagem estão divididas em duas leis de crenças e cinco leis de comportamento. Tanto as crenças quanto os comportamentos atuam na construção de novas conexões neurais, novas ligações no nosso cérebro em que uma informação que era desconhecida passa a ser conhecida e um conhecimento que não fazia sentido passa a fazer sentido.

Tanto deixar de acreditar em algo quanto acreditar em algo novo e, dar um significado diferente a algo: são formas de modificar os padrões neurais que, consequentemente modificarão os padrões de comportamento – na verdade isso acontece quase simultaneamente, numa relação recíproca de afetamento.

Os Aprendizados que Mudam Vidas

Soma-se a esse processo uma experiência emocional positiva, em que algo que era ruim passa a ser bom, positivo. Esse processo recebe o nome de cunhagem. Claro que nem toda experiência de aprendizagem terá, atrelada a si, uma experiência emocional positiva, mas pode ser que, embora negativa, ela seja significativa.

Por exemplo, depois de descobrir uma diabetes aprenderei a comer melhor e mudarei meus hábitos alimentares. Nesse caso poderia dizer que o que gerou o aprendizado foi uma experiência emocional negativa, mas essa crença me levaria a criar barreiras para a mudança alimentar. Logo, devemos crer que, nesse caso, a experiência emocional foi significativa, pois ela foi necessária para a manutenção da minha vida.

No que entendemos por cunhagem, é importante observar como esse processo coloca uma simples ideia, ou um conhecimento cotidiano, dentro de uma perspectiva de crença e comportamento, gerando a mudança. A realidade é alterada por uma informação que não é simplesmente recebida, mas recebida, interiorizada e reforçada pela repetição ou por um comprometimento sincero.

Os autores de As Sete Leis da Aprendizagem falam em quatro peças que estão vinculadas à mudança pelo conhecimento: o desejo; o estilo de aprendizagem; a repetição ou a experiência emocional significativa; e a consciência do feedback.

Antes de aprendermos algo é essencial desejarmos esse conhecimento. O desejo é uma chave que abre diversas portas, entre elas, o saber. Desejar não significar automaticamente acreditar ou saber, mas significa uma abertura para tal. O desejo é uma semente, é uma autorização, uma permissão para que o aprendizado se faça e, com ele, a mudança pelo processo de cunhagem.

Aprenda a Receber os Aprendizados

Para que a mudança se concretize é preciso respeitar a forma singular de cada um. Experiências significativas se dão no campo de aprendizagem específico. Lembremos então dos quatro estilos de aprendizagem que mostramos aqui, eles são uma das formas possíveis de considerar a individualidade de quem aprende, e levar à cunhagem pelo estreitamento do campo relacional no processo de ensino-aprendizagem.

A repetição internaliza comportamentos e saberes. Sei que a repetição pode criar certo cansaço, mas perceba que o cansaço é o primeiro sinal de que o determinado conhecimento ou comportamento foi internalizado. Em todo caso, uma única experiência emocional positiva vale por todas as repetições possíveis. Logo, se você conseguir emocionar as pessoas não precisará que elas repitam, repitam, repitam…

Quanto ao feedback, esse está mais que presente no dia a dia das pessoas e empresas. Alguns ainda o temem, por experiências de feedbacks mal aplicados. A ideia do feedback como admoestação, bronca, humilhação, já não cabe mais na nossa era.

O feedback está entre as melhores ferramentas para proporcionar a mudança das pessoas, pois raramente temos a consciência dos nossos atos, a menos que alguém nos diga.

Se você quer ensinar ou aprender. Ou ensinar e aprender, ou ainda ensinar a aprender, se atente à mística do sete e a aprendizagem. Essas sete leis podem elevar sua consciência evolutiva deixando seu legado no campo da instrução, educação, informação.

Compreender como se dá o aprendizado é algo complexo, mas acessível e que nos enriquece pessoalmente, quanto mais nossas empresas que carecem tanto de disseminar informações.

Gostou de mais um texto extraordinário? Confira os demais artigos sobre as 7 Leis da Aprendizagem em meu blog!