autoconhecimento

Deviyanthi79/Shutterstock A terapia por meio da fala, da expressão do paciente é um dos grandes legados de Freud

Desde que Freud inventou a terapia pela palavra, seu méto­do foi questionado, derrubado, reerguido e reformado. Hoje, sua influência está dispersa em centenas de correntes – algumas mais, outras menos freudianas. Veja abaixo como 10 grandes linhas da psicoterapia funcionam e projetam o autoconhecimento.

10 Poderosas Abordagens do Autoconhecimento

Psicanálise: alta influência de Freud

O analista acredita que os problemas vêm de impulsos reprimidos na infância do paciente, que passa a maior parte da sessão falando por meio de associações livres. O terapeuta geral­mente fala pouco, sem emitir juízo, tentando analisar a fala e os sonhos. Modelo mais antigo, foi ampliado e modernizado com os estudos de Jacques Lacan (1901-1981).

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Psicanálise junguiana

Também chamada de psicoterapia analítica, foi criada por Carl Jung, discípulo de Freud, que introduziu na psicanálise o conceito de inconsciente coletivo – as imagens e as experiências comuns a todos os seres humanos. Por isso, o método junguiano leva em conta, além das questões individuais do paciente, as influências externas e coletivas que podem atormentá-lo.

Psicodinâmica

Chamada de psicanálise light baseia-se em noções tradicio­nais da psicanálise, só que é mais breve, com o terapeuta tentando ativamente engajar o paciente em um diálogo que o faça reconhecer e resolver conflitos antigos. É também mais focada para atingir ob­jetivos concretos preestabelecidos entre paciente e terapeuta.

Gestalt: média influência de Freud

Usando o teatro e outras expressões artísticas, explora técni­cas dramáticas para construir pensamentos e atitudes criativas. Com blocos de espuma, bonecos ou almofadas, o paciente é en­corajado a adotar novos papéis e expressar sentimentos com o objetivo de compreendê-los melhor.

Terapia de grupo

terapia de grupo

Wakebreakmedia/Shutterstock A terapia de grupo é um momento de troca mútua onde todos podem se expressar, compartilhar experiências e ajudar no processo de evolução um do outro

Abriga teorias e práticas de outras correntes, com a diferença de ser praticada em grupo. O convívio com os outros pacientes funciona como um microcosmo social – um ambiente seguro para um novo comportamento. É indicada para quem sofre de problemas comuns do seu ambiente e tem dificuldade de se relacionar com os outros.

Terapia Interpessoal

Recomendada a quem passa por depressão leve ligada a conflitos pessoais, luto ou mudança repentina de papéis (um casa­mento ou um novo cargo profissional). O tempo da terapia é pre­determinado, e as sessões se concentram no tempo presente, sem ligar experiências atuais ao passado.

Psicanálise centrada na pessoa

Foca na relação entre paciente e o profissional. Sem interpretar pensamentos e comportamentos, o terapeuta cria um clima de empatia que permite ao paciente explorar questões que o perturbam e desenvolver a autoestima. Por isso, é indicada a quem se sente oprimido pelo mundo e tem baixa aceitação de si próprio.

Terapia comportamental: baixa influência de Freud

Linha bem distante de Freud é indicada para quem sofre reações indesejáveis do corpo diante de manias e fobias (como medo de aranha ou de avião). Utiliza técnicas básicas de aprendizagem, como exposição e condicionamento, na tentativa de trocar o comportamento usual por reações mais agradáveis. Para os críticos, esse tipo de terapia tenta fazer um adestramento do paciente.

Terapia cognitiva

Baseada na ideia de que “os homens se perturbam não pelas coisas, mas pela visão que têm delas”, como disse o pensador grego Epíteto (60-117 A.C.). A terapia cognitiva tenta reconhecer e alterar padrões de pensamento que incomodam o paciente, para ensiná-lo a vigiar ideias automáticas e corrigi-las. Indicada a quem sofre de depressão e precisa mudar o que pensa sobre si mesmo.

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Terapia cognitivo-comportamental

Utiliza técnicas das duas correntes supracitadas para tentar fazer o paciente identificar pensamentos e crenças distorcidas que tem de si. A ideia é fazer a pessoa perceber seus pensa­mentos e corrigi-los, gerando novos padrões de raciocí­nio. Indicada para quem sofre de depressão, ansiedade e pertur­bações relacionadas a traumas.