Logoterapia

Bikeriderlondon/Shutterstock Envelhecer é ainda melhor quando honramos nossa história e damos novo sentido à nossa existência

Como ter uma vida com sentido? Qual o significado da sua existência mais especificamente? Já parou para pensar nisso e no que sustenta a sua motivação para viver? Mais do que questões filosóficas, estas são questões existenciais que permeiam o nosso ser e, que por si só, nos trazem revelações importantes e poderosas sobre quem somos e podemos ser.

Sabendo de todos os horrores praticados pelos nazistas, da forma bestial como tratavam seus prisioneiros judeus; parece difícil crer que naquelas celas houvesse algum homem ou mulher que ainda pudesse ter algum tipo de esperança de um depois, afinal, nos campos de concentração, a morte era apenas uma questão de tempo. Como toda regra tem sua exceção, o austríaco Viktor Frankal (1905 – 1997) decidiu que até mesmo desta experiência, ele tiraria algo de positivo para sua vida. Isso é o que relata este psiquiatra, um dos sobreviventes de Auschwitz, que narra em detalhes em seu livro “Em Busca de Sentido”, como era o dia a dia numa das prisões mais cruéis do regime de Adolf Hitler e como ele conseguiu sobreviver.

Mesmo entre a vida e a morte todos os dias, vivendo as sensações e os sentimentos mais brutais como: angústia, pavor, desespero, tristeza, solidão, saudade, dor, fome e luto, e experienciando às mais terríveis situações a que poderia ser exposto um ser humano; Viktor decidiu resistir e buscar, em toda esta escuridão, alguma fonte de luz por menor que fosse. Tempos depois, esta ideia daria origem à sua ciência, a Logoterapia.

Logoterapia – Em Busca de Uma Vida com Sentido

A Logoterapia é a ciência desenvolvida pelo psiquiatra Viktor Frankal e que tem como base sua experiência em campos de concentração. Logo é um termo derivado do grego e que significa “sentido”, então podemos dizer que esta é a terapia do sentido, que nos convida a buscarmos encontrar o real significado de nossa vida.

De acordo com o seu criador, “a Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido”. Podemos dizer que se assemelha ao processo de autoconhecimento proposto pelo Coaching, que tem como objetivo a definição da missão de vida do coachee.

A responsabilização é uma das principais ferramentas da abordagem psicológica de Viktor, uma vez que é a partir da consciência da nossa responsabilidade por nós mesmos e também pelo outro, que podemos compreender melhor qual o nosso papel no mundo, nosso propósito e o que nos faz levantar todos os dias e seguir adiante. Outro ponto importante da logoterapia é o respeito ao entendimento individual do que faz ou não faz sentido para cada indivíduo, pois cada um é único e, como tal, tem sua própria visão e forma de interagir com a sua realidade.

Assim, damos sentindo à nossa jornada, quando buscamos entender quem somos, na essência, e  nos conectamos com aquilo que nos faz feliz, plenos, completos e donos de nós mesmos e da nossa própria consciência.

Quando o Fim é o Começo!

Vivendo todos os dias diante da ameaça de uma morte eminente, Viktor pode compreender, a cada vez que sobreviveu; que dar um sentido à sua vida só reforçaria ainda mais seu desejo de permanecer vivo. Quando falamos em envelhecimento quase que automatizamos nosso pensamento com projeções de morte. É como se o fim da vida fosse um inevitável castigo e que só nos restasse esperar a nossa hora chegar. Bem, talvez ela chegue, mas que tal estamos bem vivos para viver isso?

Parece contraditório, mas esta é a ideia defendida por Frankal. O próprio psiquiatra explica isso em outras palavras, como veremos a seguir.  “Tomar consciência da finitude da vida não pode significar acelerar a hora da morte. Mas, para que a morte nos surpreenda vivos, investimentos afetivos devem ser possíveis e projetos realizáveis” (2008, p. 94). 

Se depois de tudo que a pessoa idosa viveu, ela ainda está disposta a projetar seu futuro e olhar para a vida de forma positiva, deste modo ela está dando a si mesma a oportunidade de conectar seu passado com o tempo presente, honrar e respeitar sua história e criar um futuro com experiências novas. Às vezes, porém, passamos uma vida inteira sem entender o que dá sentido à nossa existência ou mudando e mudando. Quando envelhecemos, percebemos então, que o caminhar foi o sentido que demos à nossa jornada e que, mesmo sem entender direito, tudo tem sim, um sentido de ser.

Todos nós compreendemos o mundo de uma maneira, dar sentido à nossa existência é entender, em primeiro plano, o que é importante para nós, o que aquece nosso coração e inspira nossa mente. Descobrir isso na juventude ou na fase madura do envelhecimento sem dúvidas é sempre um presente, pois o fim não é o fim para quem acredita na vida e resolve continuar pleno e positivo. Que tal experimentar? Permita-se!

Por fim, se você quer conhecer mais uma forma extrardinária de conquistar seu empoderamento, minha dica é, conheça o Professional & Self Coaching – PSC, desenvolva o seu melhor, aprofunde seu autoconhecimento e tenha todo o suporte para decidir o que faz sentido para você.