O conflito faz parte da experiência humana. As pessoas carregam consigo diferentes experiências de vida, traços de personalidade e visões de mundo. Essas diferenças são o que nos enriquece e o que nos fortalece enquanto sociedade. No entanto, também podem gerar conflitos.
O conflito não necessariamente é algo ruim. Ele pode desencadear uma discussão extremamente construtiva, em que as pessoas expõem os seus argumentos para que o grupo chegue à melhor solução possível. No entanto, há casos em que o conflito nada mais é do que uma briga de egos envaidecidos, em que um indivíduo tenta impor a sua opinião e os seus interesses sobre o outro, que, por sua vez, não aceita. Nesses casos, o conflito é altamente destrutivo e precisa ser evitado.
Se você deseja compreender as origens dos conflitos e o que fazer quando eles aparecerem, continue a leitura deste artigo.
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Por que os conflitos surgem nos ambientes sociais?
Há diversos motivos geradores de conflitos nos ambientes sociais, e há também muitas intensidades para esses conflitos. Eles podem ser desde um descontentamento que não é explicitado (conflito latente) até confrontos que passam a ser conhecidos (conflito manifesto) por todo um grupo social — que pode ser familiar, empresarial, afetivo etc.
Por um ou por outro motivo, o fato é que, quando tem propósitos destrutivos, o conflito precisa ser evitado. Contudo, se ele já tiver surgido dentro de círculos sociais, famílias ou ambientes de trabalho, é primordial que as pessoas envolvidas saibam lidar com essas situações. Para que isso aconteça, confira as dicas a seguir.
1. Exponha o que você pensa com sensibilidade
Muitos conflitos surgem porque as pessoas acreditam que o outro tem a obrigação de saber como elas estão se sentindo. Por mais que alguns acreditem nisso, a verdade é que ninguém é adivinho. Por isso, se há algo que lhe incomoda em seu parceiro amoroso, em algum familiar ou em um colega de trabalho, fale. Não permita que esse incômodo se arraste por mais tempo.
No entanto, alguns cuidados precisam ser tomados nesse sentido. Você deve refletir, em primeiro lugar: essa postura que me incomoda no meu colega é de fato uma falha dele ou é uma opinião minha? Existe uma diferença muito grande entre perceber que um colega é preconceituoso (falha) e se incomodar porque ele fala muito (opinião sua).
Se você acredita que conversar com o colega sobre essa questão pode ser útil para auxiliá-lo a tornar-se alguém melhor, proponha uma conversa em particular. Ao expor o que você pensa, faça isso com sensibilidade e educação, sem julgar-se superior ao outro e sem ofendê-lo.
2. Permita que o outro também exponha o seu ponto de vista
Um conflito pressupõe a existência de duas pessoas com ideias contrastantes. Por isso, não é justo que apenas você fale. É necessário dar voz e vez ao seu “adversário” para que ele também defenda o ponto de vista dele. Pode ser que você o esteja acusando de algo sem que saiba de dados que podem modificar completamente a sua visão sobre esse conflito.
Portanto, utilize-se sempre da escuta ativa. Ouça atentamente as explicações da outra parte para tentar entendê-la. Posteriormente, você decide se o que ela disse faz sentido ou não para você, mas jamais chegue a essa conclusão antes de ouvir tudo o que ela disser.
3. Seja empático
A terceira dica é, possivelmente, a mais difícil de todas. Ser empático significa tentar colocar-se no lugar do outro, compreendendo os acontecimentos sob a perspectiva dele. Como citamos anteriormente, cada indivíduo tem suas próprias crenças, opiniões, vivências e visões de mundo. Se você levar essas questões em consideração, conseguirá ser mais tolerante com o outro.
Esse exercício não é fácil, mas é libertador. Colocar-se no lugar do outro permite que possamos entendê-lo com mais clareza. Isso não significa que você deve concordar com a pessoa, mas, certamente, é uma luz para que você coloque um fim ao conflito.
4. Seja convincente ou “concorde em discordar”
Um conflito pode ser resolvido de três maneiras: a pessoa A convence a pessoa B, a pessoa B convence a pessoa A, ou as duas pessoas cedem um pouco e simplesmente concordam que têm opiniões diferentes.
Se você expôs o que você pensa, ouviu o que a outra pessoa tem a dizer com atenção e empatia, mas, mesmo assim, não conseguiu chegar a um acordo, apenas “concorde em discordar”. É uma decisão madura quando as duas partes resolvidas simplesmente admitem que têm opiniões diferentes, mas decidem seguir a vida da mesma maneira. O tempo se encarrega de dizer quem estava certo e quem estava errado. Confie nele.
5. Escolha as suas batalhas
Existe uma frase bastante popular na língua inglesa, que é “choose your battles”. Ela é traduzida como “escolha as suas batalhas”. Isso significa que precisamos refletir sobre os conflitos nos quais é preciso entrar e aqueles que podemos evitar.
Para tomar essa decisão, reflita: daqui a uma semana, um mês ou um ano, o motivo desse conflito ainda será relevante? Existem conflitos que são tão pequenos e de pouca importância que simplesmente não vale a pena arriscar o nosso bem-estar e os nossos relacionamentos por eles.
Discutir por um alto valor financeiro devido é muito diferente de criar conflito porque o namorado se esqueceu de te ligar ontem à noite. Escolha as suas batalhas. Como se diz popularmente, “é melhor ser feliz do que ter razão”.
6. Separe os conflitos profissionais da vida pessoal
No trabalho, os conflitos podem surgir por diversos motivos:
- Porque você precisa apontar o erro de um colega ou funcionário que está sob a sua liderança;
- Porque você discorda de seu colega sobre a melhor maneira de executar uma tarefa;
- Porque o seu trabalho depende da pontualidade e da qualidade da entrega de outro colega, que nem sempre são satisfatórias;
- Porque você e seu colega têm estilos de trabalho e personalidades muito diferentes;
- Porque você e seu colega competem por uma promoção ou aumento salarial.
Esses são apenas alguns exemplos dos tipos de conflito profissional que podem surgir. Em todos esses casos, é essencial que a competição profissional não seja confundida com questões pessoais. Para avaliar o trabalho de um funcionário que tenha tido baixa qualidade, por exemplo, jamais critique quem ele é na vida pessoal. Misturar os dois universos sempre torna os conflitos mais graves e potencialmente irreversíveis.
7. Saiba a hora de cortar relações
Por falar em conflitos irreversíveis, é importante ter a consciência de que, às vezes, o melhor a se fazer é simplesmente cortar a pessoa da sua vida. Se alguém te prejudicou gravemente no trabalho, por exemplo, você pode simplesmente limitar o seu relacionamento com essa pessoa a um “bom dia” e a um “tchau”. Se o conflito em questão foi sério, apenas fique no seu canto e permita que a pessoa fique no dela.
No entanto, evite ao máximo que as situações cheguem a esse ponto, pois esse cenário é bastante desagradável. Contudo, ainda assim, ele é melhor do que viver em pé de guerra com alguém. Tenha discernimento e consciência para saber a hora de apenas distanciar-se de quem lhe fez mal.
Que as dicas acima sejam úteis para que você saiba prevenir ou remediar os conflitos de sua vida. E você, conhece mais dicas para lidar com os conflitos nos ambientes sociais? Então, divida a sua experiência conosco deixando o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com quem mais possa se beneficiar deste conteúdo.