Quando somos crianças e ainda totalmente inexperientes em relação à vida é natural que haja uma dependência afetiva de nossos pais, que instintivamente constroem uma rede de proteção para que nos sintamos sempre protegidos e seguros. Nesta fase, a todo o momento somos cuidados, entretanto, muitas vezes, também somos blindados ou mesmo privados de situações que nos ajudariam, na vida adulta, a sermos mais autoconfiantes e preparados para os desafios.
Como reflexo disto; muitas pessoas acabam dependentes demais dos outros e não conseguem sentirem-se seguras o suficiente para fazer nada sozinhas. Isso é o que chamamos de dependência afetiva, que pode ser desenvolvida ainda na infância ou mesmo na fase adulta.
Consiste exatamente nesta necessidade crônica de ter alguém por perto ou da aprovação de determinadas pessoas para que o indivíduo fique feliz, motivado, encorajado ou tome atitudes para realizar suas próprias coisas. Alguns exemplos clássicos deste comportamento são: o daquele amigo que diz que só vai para tal lugar se você for também; do namorado ou da namorada que só fica bem quando o parceiro diz que lhe ama o tempo todo e ainda o do filho que só se sente seguro na presença dos pais.
Efeitos da Dependência Afetiva
De maneira geral a dependência afetiva é um problema bastante sério, uma vez que evidencia que a pessoa desenvolveu uma relação de confiança apenas com o outro, mas não consigo mesma. Assim, ao invés de buscar suas próprias motivações internas e ter autoconsciência dos seus talentos e competências, ela só faz isso quando é validada por terceiros.
A grande questão é que este tipo de dependência afeta tanto o dependente afetivo como as pessoas à sua volta, pois sua insegurança constante faz com que ele precise da presença delas para sentir-se respaldada.
Comportamentos que Sinalizam o Problema
Neste sentido quero destacar algumas atitudes comuns a quem sofre com este problema:
- Necessidade de consultar frequentemente a opinião dos outros para aconselhamentos de vida e tudo mais;
- Dificuldades de tomar decisões sem ajuda dos outros e, muita indecisão ao escolher qualquer coisa: roupa, comida, filme…;
- Omissão por medo de demonstrar suas opiniões verdadeiras e ser desaprovado pelas pessoas;
- Evite constantemente ficar sozinho, pois prefere estar rodeado de cuidados;
- Disponibilidade para fazer coisas que vão de encontro aos seus valores só para agradar os outros e ser aceito e amado por eles;
- Insegurança em iniciar projetos, trabalhos e ideias individualmente, por isso, está sempre em busca de parceiros e de quem possa lhe ajudar;
- Carência excessiva que faz com que, ao sair de um relacionamento amoroso, busque imediatamente outro para supri-la.
Coaching e Dependência Afetiva – Como o Processo Pode Ajudar?
Coaching é um processo de autoconhecimento que leva ao empoderamento, ou seja, a que a pessoa reconheça seus talentos, habilidades e competências, identifique e elimine suas crenças limitantes e possa trabalhar seus pontos de melhoria de forma congruente e assertiva.
Em se tratando da dependência afetiva, o método com suas técnicas e ferramentas, apoia a pessoa a que ela consiga identificar as origens de sua dependência emocional, os fatores desencadeantes e comportamentos que ilustram seu desafio. A intenção é que assim o indivíduo possa compreender a natureza e os efeitos nocivos do seu problema e definir um plano de ações consistente para alcançar as mudanças necessárias para eliminá-lo.
Portanto, podemos dizer que o processo de Coaching vai trabalhar de forma sistêmica para que a pessoa possa vencer as crenças que limitam e sabotam sua autoconfiança e a que sinta mais confiança em si mesma.
Para isso, são realizadas sessões onde o cliente e o seu coach (profissional) vão trabalhar juntos para eliminar o problema aplicado métodos do Coaching. O objetivo é que assim, o dependente afetivo saia deste estado e consiga finalmente conquistar o empoderamento que precisa para ir além em suas relações pessoais, afetivas, familiares, sociais e profissionais, contando especialmente consigo mesmo e sem se omitir e ter medo.