Se, até pouco tempo, falar em relacionamento abusivo ainda era um grande tabu na nossa sociedade, hoje, em todas as classes sociais, estamos cada vez mais discutindo essa situação de opressão e violência física, emocional, financeira e sexual, que geralmente tem como principal vítima a mulher, embora não seja sempre.
Muitos casais vivem essa realidade, e é exatamente sobre isso que precisamos falar para trazer a discussão para o nível da mudança de mentalidade e comportamento. Neste artigo, você vai compreender o que é um relacionamento abusivo, como é possível identificá-lo e o que devemos fazer se nos encontrarmos diante dessa situação. Tenha uma boa leitura!
O que é um relacionamento abusivo?
É considerado um relacionamento abusivo quando o parceiro ou parceira faz uso do seu poder físico, emocional, intelectual ou financeiro para controlar, coagir, abusar, violentar e agredir verbal e/ou fisicamente o seu companheiro ou companheira.
Por mais que muitas vezes a gente nem perceba, esse tipo de relação é muito frequente entre os casais, sendo também uma das principais causas de brigas e de violência doméstica. Problemas assim acontecem o tempo todo, não estão apenas nas delegacias e nos noticiários policiais: é uma realidade que está mais próxima de cada um de nós do que nos imaginamos.
Relacionamentos abusivos podem ocorrer em qualquer cidade, em qualquer país, em qualquer idade e em qualquer classe social. Esse tipo de relação pode ocorrer entre amigos, entre familiares, entre colegas de trabalho, mas o mais comum é que ocorra entre casais. Assim, é essencial aprender a diferenciá-los de relações saudáveis, a fim de evitar o sofrimento.
Sinais de um relacionamento abusivo
Identificar um relacionamento abusivo nem sempre é fácil. Muitas vezes, as pessoas de fora da relação identificam com mais facilidade e objetividade as atitudes abusivas. Para quem está envolvido na relação, especialmente se estiver apaixonado, pode ser mais difícil perceber o quanto a ação do outro é nociva. Por isso, precisamos ficar constantemente atentos aos sinais de que um relacionamento já deixou de ser saudável. Confira os principais deles na sequência.
- Ciúme e controle excessivo do parceiro ou parceira;
- Manipulação constante, que faz com que a pessoa oprimida sinta-se culpada pela situação, mesmo que não seja;
- Instabilidade de humor — em um instante a pessoa é gentil, no outro é agressiva e opressora;
- Sensação de superioridade de um indivíduo em relação ao outro — age sempre de forma impositiva, ou seja, impondo as suas ideias e fazendo com que o parceiro ou parceira sinta-se inferior e menos inteligente;
- Chantagem — quando o parceiro não faz o que a pessoa quer, ela diz que vai se matar, cortar o dinheiro, deixar você, levar embora os seus filhos etc. Só muda a postura quando consegue o que quer.
- Ridicularização — o parceiro ofende publicamente e diminui o companheiro para que se mantenha emocionalmente vinculado e dependente dele.
- Possessividade — a pessoa trata o parceiro como uma posse, como se fosse um objeto que pertence a ela e que tem que obedecer às suas vontades.
- Proibições — o indivíduo não permite que o parceiro trabalhe fora de casa e usa isso como forma de criar dependência financeira, controlar e manter o domínio. Também pode proibir o uso de determinadas roupas, impor horários e impedir que o parceiro saia com determinadas pessoas.
- Constantes abusos físicos, emocionais e sexuais, além de humilhar e agredir. Há casos de homens que forçam a mulher a fazer sexo contra a sua vontade.
- Machismo — desrespeito os direitos das mulheres, tanto dentro como fora de casa.
- Ameaças de morte, especialmente quando o parceiro não age como o outro deseja ou quando ele diz que quer a separação.
- Agressões físicas e verbais, inclusive diante de situações simples e de pouca importância.
Como vencer os abusos?
Você se identificou com alguma dessas situações? Você vive isso na sua casa, com o seu parceiro ou parceira? Reflita sobre isso e saiba que você não está sozinho(a), pois existem muitos órgãos de apoio a casos de violência como esses, bem como pessoas que podem ajudar. Sim, todos esses exemplos citados acima são formas de violentar alguém, pois mesmo quando a pessoa não fere fisicamente, mas faz isso verbalmente ou por meio de sanções aos seus diretos, ela está violentando o parceiro.
Gritar, limitar o dinheiro, controlar a rotina 24 horas por dia, xingar, ofender, obrigar a fazer sexo, mentir e agredir: nada disso é normal e aceitável. Você não merece isso, não merece ser humilhado, agredido, abusado por ninguém, especialmente pelo seu companheiro ou companheira.
Este comportamento não é saudável, sendo que vários deles constituem crimes, como a agressão física. Se essa é a sua realidade, saiba que você não precisa e não deve passar por isso. Você não tem culpa de nada! Você é a vítima na situação. Busque ajuda psicológica para lidar com este problema, para superar as suas consequências emocionais e para ter mais qualidade de vida. E mais: disque 180 e denuncie também!
Isso é muito importante para que você e as pessoas que sofrem com um relacionamento abusivo possam tomar a consciência da sua situação, dos sinais de abuso e do que fazer nesse caso. Também é o caminho para que possam receber apoio, proteção, orientação, amparo e acolhimento. Isso lhes permite reorganizar a sua vida sem abusos de nenhuma natureza e ser mais feliz, pois, acredite: você merece muito ser feliz. Permita-se!
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