Ser imparcial: muitos consideram esta uma habilidade importante, mas outros acreditam que ficar “em cima do muro” não está com nada. Divergências de opiniões à parte, o fato é que a imparcialidade é um assunto recorrente no universo das empresas, uma vez que muitos profissionais e líderes têm realmente muitas dúvidas sobre como ter uma postura adequada em várias situações e momentos que exigem uma opinião direta.

Essa dúvida não é para menos, afinal de contas, muitos acontecimentos no ambiente empresarial exigem dos funcionários um posicionamento claro. Todavia, nem todos os colaboradores estão prontos ou se sentem à vontade e seguros para fazê-lo. Por isso, ficam os questionamentos: o que é a imparcialidade? Ela realmente existe? Quais são as suas vantagens e desvantagens, sobretudo na vida profissional? As respostas para todas essas dúvidas, você vai conferir no artigo a seguir. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

O que é a imparcialidade?

A imparcialidade é a característica do indivíduo que se mantém neutro, sem defender nenhum dos lados que se antagonizam em algum contexto. Assim, o juiz de futebol, por exemplo, precisa da imparcialidade em todos os momentos do seu trabalho, pois ele deve ter critérios iguais para organizar a partida, sem beneficiar um time em detrimento do outro. Isso garante a justiça do resultado.

Contudo, devemos nos lembrar de que nem todos nós somos juízes de futebol, certo? Dessa forma, nem sempre essa postura 100% isenta é bem-vinda. Entre vantagens e desvantagens, o jeito é verificar em quais momentos da vida profissional realmente devemos nos manter neutros e em quais deles podemos ser mais assertivos.

Quando a imparcialidade ajuda e quando ela atrapalha?

Um exemplo da questão da imparcialidade na vida profissional é quando a empresa pede à equipe que dê feedbacks em relação a um gestor muito rígido e autoritário. Logo, instintivamente, todos pensarão duas vezes antes de emitir qualquer opinião sobre ele e, podem, inclusive, acabar assumindo uma posição imparcial por temer represálias do chefe.

Assim, no momento que os profissionais têm a oportunidade de emitir os seus feedbacks, eles acabam sendo imparciais demais e perdendo a sua chance de melhorar a conduta do gestor e o seu ambiente de trabalho.  Em outros casos, porém, quando, por exemplo, dois colegas brigam porque têm diferenças profissionais, pode ser que o melhor caminho seja de fato deixar que o líder dos dois resolva a questão, ou seja, não tomar partido algum na situação.

O que queremos mostrar com esses dois exemplos é que, em se tratando de ser ou não imparcial, é sempre importante ter a inteligência emocional para analisar separadamente cada momento. Dessa forma, podemos saber quando é hora de se mostrar e quando é o momento de agir de forma mais diplomática.

Quais são as vantagens de ser imparcial no trabalho?

Em alguns momentos, as vantagens de ser imparcial se sobrepõem às desvantagens. Confira-as na sequência.

  • Evita que o profissional se envolva em problemas organizacionais que não lhe dizem respeito;
  • Evita que o colaborador enfrente conflitos por ter se posicionado contrariamente ao que a empresa, os colegas ou o gestor pensa sobre determinados assuntos;
  • Evita que sejam assumidos posicionamentos precipitados e/ou errôneos em relação a situações e pessoas;
  • Evita que os profissionais desviem o foco do seu trabalho e dos seus projetos com questões que eles não têm poder para resolver no momento;
  • Evita conflitos interpessoais e desgastes com colegas, clientes e chefes;
  • Mostra respeito às opiniões alheias e habilidade social.

E quais são as desvantagens desse comportamento?

Por outro lado, também precisamos identificar os momentos em que as desvantagens da imparcialidade são maiores do que as vantagens, o que indica que é o momento para dar a sua opinião.

  • Por se omitir sempre, o profissional pode acabar transmitindo uma imagem negativa quando alguém lhe pede uma opinião, que pode ser de falta de conhecimento, insegurança ou mesmo desinteresse;
  • O excesso de imparcialidade pode mostrar que, ao invés de diplomático, na verdade o colaborador tem medo de mostrar a sua verdadeira posição;
  • Elimina a possibilidade de mudanças no ambiente de trabalho e também em relação ao chefe, pois, se o funcionário tem medo de expressar a sua real opinião, a empresa não tem como melhorar os seus pontos negativos.

Conclusão

Como podemos perceber, ser imparcial no trabalho tem as suas vantagens e desvantagens. O X da questão para resolver esse dilema está em ter timing e saber quando é a hora de demonstrar a sua opinião real e quando é melhor não opinar. É um exercício difícil e bastante subjetivo, mas de extrema importância.

Dessa forma, sempre que você estiver enfrentando um dilema do tipo, retome este artigo e releia as vantagens e desvantagens da imparcialidade. Assim, você conseguirá identificar o que pesa mais na situação que você estiver vivenciando no trabalho (ou mesmo em outras áreas da vida!). Pense nisso antes de escolher se vai ou não agir com imparcialidade. Aprenda a discernir um contexto do outro.

Há momentos em que a atitude mais inteligente é deixar que apenas os envolvidos em um assunto, projeto ou conflito resolvam sozinhos os seus dilemas. Em outros, porém, é importante mostrar o que você pensa e dar os seus feedbacks para que as melhorias possam ser adotadas. Tudo depende da sua leitura da situação e também do grau de conhecimento que você tem para interferir nela. Lembre-se disso e tome a melhor decisão para você e para a sua carreira!

E você, ser de luz, procura ser mais imparcial no ambiente de trabalho ou prefere expor mais as suas opiniões? De que maneiras você identifica os momentos em que deve ser mais assertivo e os momentos em que é melhor ficar neutro? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal compartilhar este conteúdo, se você conhece alguém que está passando por esse momento na carreira? Pode ser uma forma de ajudar o colega. Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!