Você já teve um amor platônico? Bem, normalmente este é um sentimento bastante relacionado à fase da adolescência, em que os jovens costumam se envolver de forma mais intensa com suas fantasias e pensamentos. Contudo, trata-se de uma experiência que pode acontecer também na vida adulta, sendo muito comum com as pessoas introvertidas. Quer saber como isso acontece? Continue acompanhando e saiba mais a respeito desse sentimento e até que ponto ele é considerado normal.
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O Que é Amor Platônico?
O amor platônico é assim chamado porque foi citado pela primeira vez em uma obra do filósofo grego Platão, chamada “O Banquete”. Na história, há uma conversa entre vários filósofos a respeito das várias facetas do amor e, então, é citado esse tipo de sentimento que busca no outro aquilo que lhe falta, fator que envolve, principalmente, a idealização. Por isso, aqueles que estão apaixonados platonicamente por alguém vivem esse sentimento sozinhos e, na grande maioria dos casos, o ser amado nem sabe da existência dele.
Geralmente, o amor platônico surge através de uma grande admiração que se transforma em amor, mas de um jeito irreal e idealizado. O indivíduo passa a fantasiar como seria esse envolvimento romântico, mas sem intenção de que ele se torne real porque reconhece que há um grande impedimento para isso. Muitos se apaixonam dessa forma por professores, chefes, celebridades, pessoas com uma grande diferença de idade da sua ou mesmo por medo de se declararem e serem rejeitadas.
Como o Amor Platônico Começa?
Como disse anteriormente, o amor platônico é mais comum entre pessoas introvertidas, que são aquelas mais reservadas e que pouco falam a respeito do que sentem. Nesse sentido, quando se envolvem romanticamente com alguém, têm medo de expressar esse sentimento e acabam o mantendo em segredo. Costuma ocorrer muito com as mulheres, principalmente por conta da forte cultura de que a felicidade só virá quando encontrarem o par ideal.
A baixa autoestima é um fator que abre espaço para a criação desse tipo de sentimento, principalmente porque a pessoa, muitas vezes, se julga inferior e incapaz de viver um relacionamento real. Por isso, é muito importante se conhecer, aceitar suas características e seus pontos de melhoria, a fim de desenvolvê-los. Essa é a verdadeira autoestima, que é algo que vem de dentro e vai além de cuidados com a aparência.
Ao descobrir o poder que possui, o indivíduo saberá que tem todas as condições de amar e ser amado verdadeiramente. Entretanto, não haverá excesso de expectativas porque sabe que não depende desse sentimento para ser feliz. O amor saudável é aquele que vem para somar e agregar e não para preencher vazios, pois todos nós somos seres completos.
Quando o Amor Platônico Deixa de Ser Normal?
Embora o sentimento de amor platônico possa estar ligado à insegurança, até certo ponto ele é considerado normal, principalmente quando é passageiro e não se transforma no centro da vida de uma pessoa. Contudo, quando começa a durar muito tempo e se torna uma fuga, impedindo que se viva relacionamentos reais, é importante ligar o sinal de alerta.
O amor real tem diversos desafios, como o fato de ser ou não correspondido, lidar com as diferenças, saber perdoar, ser flexível e, claro, o risco de se decepcionar. Muitas pessoas se sentem extremamente inseguras em relação a esses riscos que se apaixonar na vida real envolve, seja por ter vivido momento delicados no passado ou por terem a autoestima baixa, conforme citei anteriormente. Então, elas se fecham e optam por viver o amor de forma ilusória.
Caso isso esteja acontecendo contigo, o primeiro passo é fazer uma autoanálise, a fim de reconhecer e aceitar. Então, conseguirá entender melhor esse sentimento e fortalecer os pontos necessários para perder o medo que sente do amor real. Se conheça, cuide da sua autoestima e desenvolva sua autoconfiança, pois são esses os seus aliados para viver de forma feliz, independente de se estar ou não em um relacionamento.
O Amor Platônico Virtual
Com o advento da internet e das redes sociais surgiu um novo tipo de amor platônico, que é aquele em que as duas partes mantêm contato apenas virtualmente. Por mais que esse sentimento, de alguma forma, possa ser correspondido, é marcado pela idealização do indivíduo que está do outro lado da tela. Mesmo que troque vídeos e fotos e converse todos os dias com o ser amado, não é possível dizer que se conhecem da mesma forma que alguém com quem tem convivência diária.
Esse modelo moderno de sentimento também pode deixar de ser saudável quando uma pessoa começa a se dedicar quase que exclusivamente a esse amor virtual. Mas, claro, salvos os casos em que as duas partes envolvidas decidem levar o relacionamento para a vida real e fazem da internet apenas o meio utilizado para se conhecerem. De qualquer forma, é importante tomar cuidado com quem fala e que tipo de informações compartilha também por uma questão de segurança.
A Beleza do Amor é o Compartilhamento
Por mais que, para muitos, cultivar um sentimento idealizado e perfeito seja bom, viver um amor realista, com suas belezas e suas falhas, é extraordinário. Afinal, são as experiências reais que irão promover o seu crescimento e você não precisa ter medo disso. Cada uma delas fará com que tenha mais maturidade para tomar melhores decisões, construir a sua história e se desenvolver.
É importante lembrar que viver um amor platônico não é motivo para se envergonhar. Por isso, evite negá-lo para si, o aceite, aprenda com ele e volte a sua atenção para o seu interior e para o mundo concreto. Isso fará com que comece a valorizar mais os relacionamentos com outras pessoas, o que não inclui apenas os amorosos. O amor que sente por familiares e amigos, apesar de diferente, pode te preparar para lidar de forma positiva e realista com o sentimento, afinal também envolve riscos.
Sempre que nos relacionamos com outro ser humano há o risco de decepcionar e ser decepcionado. Por mais que seja doloroso quando uma decepção acontece, elas também nos fazem crescer. Além disso, os benefícios de poder compartilhar momentos e sentimentos com aqueles que amamos fazem parte da vida e, como tal, devem ser plenamente vividos. Permita-se!
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