Ser o filho do meio pode ser problemático para muitas pessoas, que se sentem deixadas de lado. Isso acontece porque muitos pais tendem a se preocupar mais com o caçula e demonstrar orgulho pelas conquistas do mais velho, o que consequentemente leva aquele que nasceu entre eles a se sentir preterido. É claro que, na grande maioria dos casos, os pais não fazem isso de propósito, entretanto, é necessário falar sobre o assunto, já que pesquisas comprovaram que aqueles indivíduos que são filhos do meio têm maiores chances de enfrentar problemas emocionais do que os demais.

Qual é a Explicação Para a Síndrome do Filho do Meio?

Quando um casal tem o seu primeiro filho, a insegurança gerada pela inexperiência faz com que se esforcem ao máximo para cuidarem daquele ser que acabou de chegar. Então, chega o segundo filho, e eles precisam se dividir entre os cuidados com o primogênito e novo bebê. Essa situação, por si só, já pode gerar incômodos na criança mais velha, entretanto, pode se tornar pior quando um terceiro irmão nasce.

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Basicamente, a síndrome do filho do meio é gerada através de uma sensação de desimportância que um indivíduo pode sentir em relação aos seus irmãos. Afinal, os pais geralmente estão mais atentos ao desenvolvimento do herdeiro mais novo, que realmente precisa de maiores cuidados. Além disso, o mais velho, por ter mais experiência, se destaca através de suas conquistas na escola e na vida, tirando o restante de atenção que o filho do meio poderia ter.

É claro que não se deve culpar os pais, pois todos sempre desejam o melhor para os seus filhos. Contudo, é necessário se informar a respeito do assunto, para que um ciúme natural em relação aos irmãos não se transforme em um problema emocional na vida daqueles que são filhos do meio. No fim das contas, o diálogo é sempre a melhor ferramenta para encontrar o entendimento entre pais, filhos e em qualquer tipo de relação.

Principais Sinais da Síndrome do Filho do Meio

É importante lembrar que não são todos os indivíduos que são filhos do meio que sofrem com essa síndrome, pois existem aqueles que, por diversas razões, não apresentam problemas em relação aos seus pais e irmãos. Por isso, antes de dizer que alguém sofre com essa questão, é necessário se atentar a alguns sinais, que você irá conferir a seguir.

1 – Competição Por Atenção

Os desentendimentos entre irmãos são bastante comuns na infância e na adolescência. Entretanto, quando o filho do meio está passando por algum tipo de problema emocional, ele pode começar a competir com os outros pela atenção dos pais. Assim, podem se utilizar de diversos artifícios para conseguir aquilo que lhe falta, como dizer que está doente, agir de maneira inconsequente, entre outros.

2 – Baixa Autoestima

A criança ou o adolescente se sente inferior em relação aos seus irmãos, o que faz com que desenvolva uma autoestima baixa. É como se o indivíduo olhasse ao seu redor e visse o mais novo, que recebe atenção por ser menor, e o mais velho, que enche os pais de orgulho. Então, ele se sente menos especial e indigno do amor da família.

3 – Esforço Extra Para Ter Reconhecimento

A síndrome do filho do meio pode ter várias fases, em uma delas, que geralmente ocorre logo que o caçula chega, a criança realiza um esforço extra para conseguir o reconhecimento dos pais. E isso acaba se tornando delicado, já que pode ser visto como positivo, pois ela estará se dedicando a algo bom, entretanto, a motivação para tal que é preocupante.

4 – Desconforto ao Receber Atenção

Depois de um tempo como filho do meio, o indivíduo se esquece como é ter atenção dos pais, então, quando isso acontece se sente desconfortável, como quem quisesse se esquivar e se manter isolado. Ao vivenciarem algo do tipo, é bastante importante que os pais evitem ignorar esse comportamento e o vejam como um sinal de que há algo ao qual precisam se atentar.

5 – Isolamento em Relação à Família

Todas essas questões podem levar o filho do meio a se isolar em relação à família. Ele age assim como uma forma de se proteger e evitar se magoar ao ver os pais e os irmãos convivendo felizes. O sentimento predominante nesse tipo de atitude é se afastar para não atrapalhar a harmonia dos demais.

Dicas Para Evitar a Síndrome do Filho do Meio

Se você tem filhos e se sentiu preocupado ao ler sobre a síndrome do filho do meio, saiba que existem maneiras de evitar o problema e, também, contorná-lo caso esteja acontecendo em sua família.

1 – Evite Comparar os Seus Filhos

As comparações nunca são justas e servem apenas para que seu filho se sinta inferior e inadequado. Por isso, evite dizer que o mais velho é mais educado, organizado ou carinhoso. Trate cada questão individualmente e sem envolver os outros filhos.

2 – Valorize a Individualidade de Cada Um

Por mais que sejam irmãos e tenham características em comum, é muito importante que se lembre que cada um dos seus filhos é um indivíduo único. Então, saiba valorizar e prezar pela individualidade deles, para que se sintam livres para serem quem são.

3 – Ouça o Que o Filho do Meio Diz

Muitas vezes, os adultos tendem a ignorar o que as crianças e os adolescentes dizem, o que pode fazer com que eles se sintam cada vez mais deixados de lado. Nesse sentido, procure ouvir o que o seu filho diz, pois o diálogo certamente irá te ajudar a se entender com ele.

4 – Dê a Ele Responsabilidades

As crianças precisam ter responsabilidades para se sentirem importantes e isso deve ser feito com todos os filhos. As atividades, claro, precisam ser definidas de acordo com a idade, mas sempre mostrando a eles que todas as funções têm o seu grau de importância.

5 – Seja Paciente

Um indivíduo que está precisando de atenção pode começar a agir de forma irritante, o que leva as pessoas a se afastarem. Entretanto, nesse caso, é fundamental que não se afaste e tenha paciência para lidar com o seu filho de maneira positiva para que possam se entender.

Através do amor, da paciência e do diálogo a síndrome do filho do meio pode se transformar em uma importante missão, que é a de se inspirar no irmão mais velho e se tornar um exemplo para o mais novo. Assim, um poderá se apoiar no outro e, juntos, se tornarão adultos responsáveis e felizes.

 

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