O desenvolvimento emocional infantil positivo contribui sensivelmente para um maior engajamento das crianças nos processos de aprendizagem, tanto em casa quanto na escola. A base fundamental para desencadear o desejo de aprender é a motivação que, por sua vez, resulta da criação de condições ambientais agradáveis. Antes de se definir estratégias de ensino, é necessário se preocupar com esse desenvolvimento emocional.
Continue acompanhando e saiba mais a respeito do desenvolvimento emocional das crianças e da sua importância para a formação de um indivíduo.
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O Desenvolvimento Emocional Infantil e o Seu Papel na Aprendizagem
Educadores e pais geralmente se questionam sobre como conquistar o interesse e engajamento das crianças para a aprendizagem. Porém, antes de pensar numa fórmula para atingir esse resultado, é primordial observar o preparo da criança para essa etapa, ou seja, se atentar para o seu desenvolvimento emocional.
O conceito de desenvolvimento emocional se refere à aquisição ao longo do tempo de ferramentas e comportamentos que permitem ao indivíduo manifestar seu temperamento diante do ambiente social em que está inserido, bem como nas atividades do dia a dia. Para entender melhor, peço para que você busque em sua memória o comportamento de alguns bebês que conhece, como filhos de amigos ou familiares.
Certamente, você identifica que esses bebês têm diferenças de comportamento entre si. Afinal de contas, cada indivíduo nasce com um conjunto de características inatas que, ao que tudo indica, são resultado de componentes genéticos e biológicos. Tais características acarretam em respostas que podem trazer resultados positivos ou negativos no contexto da interação social, assim como na execução das atividades cotidianas em ambientes distintos.
Modulação de Comportamento
Os comportamentos que surgem de características inatas podem ser acentuados ou suprimidos com o passar do tempo, tudo depende da forma como serão modulados, ou seja, se serão incentivados ou inibidos. Os pais ou responsáveis podem modificar o comportamento da criança por meio de orientações, buscando chegar a um ponto de equilíbrio que torne o indivíduo adaptado.
Para que fique mais claro, vou exemplificar: uma criança que é demasiadamente irritadiça pode ir se autocorrigindo para se tornar mais tolerante com o passar do tempo, através das correções impostas pelos pais, responsáveis e/ou educadores. Já uma criança que é bastante introvertida pode ir sendo orientada, no sentido de se tornar mais sociável. Do ponto de vista de interação social, é interessante que a criança tenha flexibilidade de comportamento e consiga alcançar um bom equilíbrio emocional.
As Duas Dimensões do Estado Emocional
Nas últimas décadas, inúmeros pesquisadores têm se dedicado à ideia do desenvolvimento do temperamento precoce para encontrar meios de auxiliar as crianças nos processos de autocorreção. Um dos pontos mais relevantes é o que divide o estado emocional dos indivíduos em duas dimensões, que são: reatividade e autorregulação. A seguir vou explicar com mais detalhes cada uma delas.
Reatividade: refere-se à maneira como a criança reage numa situação que lhe é desfavorável ou que não oferece o resultado que ela desejava. Essa reação pode ter diferentes intensidades e se manifestar de formas distintas.
Autorregulação: esta dimensão diz respeito a como a criança se autocorrige, necessitando de mais atenção nos diferentes contextos.
Desenvolvimento das Duas Dimensões
As duas dimensões começam a se desenvolver no primeiro ano de vida da criança e esse processo de estende pelas fases pré-escolar e escolar. Bebês que se mostram mais reativos inicialmente devem adotar uma postura mais autorreguladora com o passar do tempo, para que possam ter maior equilíbrio. Torna-se a principal missão dos pais e responsáveis estimular a criança a buscar formas mais autorreguladas de manifestar seu temperamento.
A Importância da Postura dos Pais ou Responsáveis
O perfil de quem cuida e educa uma criança é decisivo para contribuir para a sua forma de ser diante do mundo. Quando os indivíduos que são responsáveis pela função de educar têm perfis movidos pela ansiedade e agressividade, acabam oferecendo uma base para que o pequeno ser repita tais comportamentos. O contrário também é válido, em um lar em que existe respeito e um comportamento resiliente, é natural que a criança seja mais emocionalmente equilibrada.
Por tudo isso, especialistas em educação sempre batem na tecla da grande responsabilidade que é educar outro ser humano e apresentar o mundo a ele. Ter um filho ou assumir a função de criar uma criança é uma missão tão nobre quanto desafiadora e envolve buscar sempre ser uma pessoa melhor, a fim de inspirá-la e incentivá-la, para que se torne um adulto correto e responsável.
Por Que o Desenvolvimento Emocional Infantil é Importante Para a Aprendizagem?
O desenvolvimento emocional infantil que se estabelece em um lar saudável, em que as relações são positivas, permite que a criança se torne mais aberta para conseguir realizar as conexões necessárias para aprender e gostar do aprendizado. A aprendizagem é um processo que demanda a existência de uma harmonia social na vida do pequenino, tornando-o mais receptivo e motivado.
Crianças que estão bem preparadas emocionalmente, que cresceram em lares autorregulados e no qual se estabelecem boas relações sociais entre os indivíduos, tendem a ser mais engajadas com o aprendizado. O ato de aprender demanda um esforço significativo, de maneira que é importante ter uma boa base emocional para perseguir esse objetivo. Dessa forma, quem deseja que as crianças sejam mais aptas e dedicadas à aprendizagem, deve se atentar para o seu desenvolvimento emocional, pois essa é a base para abrir os horizontes dos pequenos.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, elencou cinco ações que são essenciais para contribuir para a formação de uma criança. Veja, a seguir, quais são essas atitudes.
- Passar tempo de qualidade com a criança;
- Ser um bom exemplo de conduta, alguém que a inspire a agir corretamente;
- Ensinar valores com clareza, considerando seu discernimento ao escolher as palavras;
- Dar responsabilidades, para que ela aprenda a importância de suas ações desde cedo;
- Mostrar o mundo através da bolha em que vivem, para que ela entenda que existem outros universos e estilos de vida.
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