Você ficaria ofendido de ser chamado de profissional medíocre por um colega ou pelo seu chefe? Provavelmente, dentro do contexto em que a palavra mediocridade é empregada pela maioria das pessoas, seria justificável se ofender. No entanto, quando se tem conhecimento a respeito do seu real significado, sua interpretação se torna relativa. Medíocre significa na média, ou seja, alguém que cumpre suas obrigações sem surpreender. Então, te pergunto: você quer ser um profissional medíocre ou deseja ir além?
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Profissional medíocre: dentro da média
A grande questão em relação à palavra medíocre está na conotação com que ela é empregada cotidianamente. Uma prova disso é que são poucas as pessoas que relacionam o termo ao seu significado de dicionário, ou seja, de ser médio, de qualidade mediana. Um profissional mediano não é, necessariamente, um profissional ruim, claro que tudo depende qual é a média estabelecida.
Agora, considerando o mercado de trabalho atual, com a rapidez com que as coisas evoluem e a grande concorrência, é preciso lembrar que ser apenas bom não é mais suficiente. Afinal de contas, se um profissional é bom no que faz hoje, se não se atualizar amanhã poderá deixar de ser. Aqueles que desejam se destacar precisam buscar aprender mais e aperfeiçoarem seus conhecimentos e habilidades constantemente.
Como saber se sou um profissional mediano?
Observe qual é o nível de produtividade do setor em que você está alocado, quantas atividades os seus colegas realizam e com que padrão de qualidade. Faça uma espécie de comparação para chegar a essa resposta, mas sempre com cautela, porque a intenção é medir o seu desempenho e não se sentir inferior ou superior. Lembre-se que comparações podem ser perigosas quando não se estabelece um padrão relativo ao peso e dificuldade do que se está colocando lado a lado.
Pode ser que um dos seus colegas cumpra mais tarefas que você em um dia, mas que, em contrapartida, tenha uma lista de atividades mais simples do que as suas. Com bom senso e sinceridade analise se você se dedica o bastante para somente manter seu emprego ou se está pensando em se tornar alguém cotado para assumir mais responsabilidades e, um dia, ser promovido.
Fuja do comodismo!
Uma das principais barreiras para superar a dedicação mediana é o comodismo, que costuma ser baseado na ideia de que sempre se fez as coisas de uma determinada maneira e que não é necessário se esforçar para ganhar destaque. Um exemplo típico é quando os profissionais justificam seus maus feitos com a frase “todo mundo faz dessa maneira”. Não é porque a maioria dos colegas faz algo errado que você também precisa fazer, se nivelar por baixo é altamente prejudicial para o seu crescimento.
Não se trata de deixar de ser mediano somente em prol da empresa para que se trabalha, mas de se dar uma chance de crescer, reconhecer o seu potencial e se estabelecer no mercado. Pense que é mais difícil que a alta direção da companhia enxergue um profissional mediano entre diversos outros que estão no mesmo nível, do que um que se sobressai para conceder uma promoção. O que estou dizendo é que não há problema em ser mediano em um ambiente com bons profissionais, mas que é mais interessante ter mais qualidade de desempenho para ser notado.
Não se deixe contaminar pela mediocridade
A rotina do trabalho e as preocupações pessoais podem tornar o dia a dia mais maçante, criando uma tentação de realizar as tarefas mais rapidamente e dentro de um padrão médio, mas não excepcional. Esse desejo de encerrar mais cedo uma tarefa ou não se esforçar tanto, pode aumentar com a observação do mesmo comportamento nos colegas. Então, entra em cena o já citado pensamento: “se todo mundo está fazendo assim, vou fazer também”, mesmo que a ação usada como exemplo não seja positiva.
Contudo, como já mencionei, isso não se mostra produtivo para o indivíduo em médio e longo prazo, pelo menos para aqueles que desejam ascender na carreira profissional e alçarem voos mais altos. Além disso, é saudável ter satisfação em seu trabalho, sentir-se contente com aquilo que você precisará fazer por longas horas seguidas diariamente. O ideal é optar por uma profissão em que se tornar excelente seja uma meta e não apenas uma obrigação para garantir o salário no final do mês.
Ter o desejo de evoluir é positivo também para manter acesa a motivação, gerar satisfação e felicidade. E tudo isso impacta em outras áreas da vida, como os relacionamentos, a autoestima, a saúde. Se sentir útil e capaz de ir além é maravilhoso, uma sensação que certamente dá à vida um colorido especial e muita energia para enfrentar todos os desafios que surgirem pelo caminho.
A relação entre a mediocridade e a retenção de talentos
Os gestores devem ter uma atenção especial a essa possível “contaminação” que a mediocridade pode criar. A equipe pode estar sendo nivelada por baixo exatamente pela ação de pessoas que exercem suas atividades no automático, sem se esforçarem para melhorar. Com o passar do tempo, os profissionais que têm um desempenho mais alto podem se cansar de fazer mais do que os colegas ou até mesmo sentirem incomodados e pressionados por aqueles que insistem em se manter na média.
Aliás, esse é um dos motivos que impede algumas organizações de reter certos talentos em seus quadros. Não é raro que um profissional que compreende a sua capacidade busque por um ambiente mais produtivo para desenvolver seu potencial. Uma forma de evitar que a mediocridade se espalhe pelo ambiente da companhia é criar métodos de estímulo ao bom desempenho, como programas de recompensa por resultados alcançados. Estimular os profissionais a deixarem a média para ascender é fundamental.
Estar na média no trabalho e na vida pessoal é uma escolha e todos são livres para fazê-la. Contudo, tenha sempre em mente que você tem total capacidade para ir além, assim, ao ficar apenas no mínimo padrão esperado, está desperdiçando todo o potencial que possui. Será que isso vale a pena?
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