Burnout ou síndrome de Burnout é o nome dado a um transtorno marcado por um grande esgotamento, que geralmente é causado pelo excesso de trabalho. O termo foi cunhado nos anos 70 pelo psicólogo americano Herbert Freudenberger e, inicialmente, era usado para designar o esgotamento comum entre profissionais que têm como principal função ajudar outras pessoas, como médicos e enfermeiros.

Atualmente, o nome Burnout é usado para se referir a qualquer pessoa que se sinta patologicamente exausta e sobrecarregada, o que se aplica a profissionais de todas as áreas, mães e donas de casa. É um problema que tem se tornado cada vez mais comum e que, por isso, deve ser discutido e prevenido.

Entenda melhor o que é Burnout

A palavra burnout vem do inglês e, antes de ser trazida para o âmbito da saúde mental, era usada para se referir ao que acontece quando uma substância, como o combustível, por exemplo, é reduzida a nada ao passar pelo processo de combustão.

Pensando de forma metafórica, o indivíduo que está esgotado, se mostra apático, como se o seu combustível estivesse desaparecido por completo. Essa sensação de esgotamento gera sintomas físicos e emocionais, o que impacta em todas as áreas da vida, incluindo a carreira, os relacionamentos, a autoestima, enfim, a forma de ver o mundo.

Principais sintomas do Burnout

Os sintomas mais comuns do Burnout incluem:

  • Desmotivação em relação ao trabalho;
  • Desapego nos relacionamentos pessoais;
  • Falta de interesse em relação ao que antes era importante;
  • Esgotamento físico, mental e emocional;
  • Visão pessimista sobre a vida;
  • Baixa imunidade.

Os 5 estágios do Burnout

A síndrome de Burnout pode afetar qualquer pessoa em diferentes fases da vida. Geralmente, são observados os seguintes estágios.

Estágio 1: neste primeiro estágio, a produtividade e a criatividade estão em alta. Os primeiros episódios de estresse acontecem, mas o indivíduo quer provar a si mesmo que é capaz e se dedica incansavelmente ao seu objetivo, aqui sua energia ainda é sustentada.

Estágio 2: o otimismo começa a diminuir e os sintomas do estresse começam a aumentar. Há um aumento da ansiedade, alterações no apetite, fadiga, esquecimento, dores de cabeça, palpitações, insônia, entre outros sintomas.

Estágio 3: o estresse se mostra crônico, se antes havia apenas alguns episódios, agora ele parece ter vindo para ficar. O indivíduo pode demonstrar excesso de raiva e ter comportamentos agressivos, perder prazos no trabalho, procrastinar e se sentir pressionado.

Estágio 4: no quarto estágio os sintomas se mostram ainda mais críticos, há mudanças no comportamento, um grande desejo de se afastar das outras pessoas e uma sensação de vazio interior.

Estágio 5: no último estágio os sintomas se tornam parte da vida do indivíduo, podendo gerar outros problemas físicos e emocionais, como a fadiga crônica e a depressão.

Você não precisa esperar chegar ao estágio 5 para buscar ajuda, ao perceber que o estresse está se tornando constante em sua vida, veja o que pode fazer para evitar que se agrave e procure ajuda especializada.

7 Dicas para prevenir o Burnout

Como mencionado anteriormente, o Burnout pode acometer qualquer pessoa. Por essa razão, todos nós devemos nos manter atentos para evitá-lo, e as dicas a seguir podem ajudar, confira!

1 – Tire férias regularmente

Não é por acaso que os trabalhadores têm direito a férias, o descanso é uma necessidade. Todo trabalhador tem direito a 30 dias de férias por ano, período que, em algumas empresas, pode ser usufruído de forma parcelada. Evite negligenciar as suas férias, programe-se para desfrutá-las da melhor maneira possível, se desligando totalmente do trabalho.

2 – Encontre a harmonia entre vida pessoal e trabalho

Existem pessoas que focam demais no trabalho, deixando a vida pessoal de lado e outras que fazem o contrário. O resultado, nos dois casos, não é positivo, porque excessos nunca fazem bem. O melhor a fazer é buscar a harmonia entre as duas áreas e prezar pela sua felicidade e satisfação.

3 – Solicite ajuda em caso de sobrecarga

Ao começar a se sentir sobrecarregado, seja em casa ou no trabalho, fale isso para as pessoas ao seu redor e peça ajuda. Se for no trabalho, não tenha medo de parecer ineficiente, entenda que as pessoas têm limites e que, para que continue realizando um bom trabalho, precisa reduzir a carga de obrigações.

4 – Conheça os seus limites

Por falar em limites, cada pessoa tem os seus e é importante buscar conhecê-los. Se, por exemplo, você sabe que se tiver mais de uma reunião longa por dia não consegue se concentrar, irá considerar isso ao agendar seus compromissos. São pequenas estratégias que o autoconhecimento apresenta e que ajudam a manter o equilíbrio.

5 – Agende momentos de lazer e relaxamento

Nós temos o hábito de agendar compromissos e esquecemos de priorizar o nosso descanso, como se fosse menos importante. Então, para não negligenciar o seu bem-estar, adote o hábito de agendar os momentos de lazer e relaxamento. Assim, evitará que todo o seu tempo seja consumido pelas obrigações.

6 – Exercite-se regularmente

O exercício físico é fundamental para todos e em todas as idades. Quando o corpo se movimenta, ele se fortalece e o cérebro libera substâncias que geram bem-estar e relaxamento, ajudando no gerenciamento do estresse. Encontre uma atividade com a qual se identifique e torne-a parte da sua rotina, assim como dormir e se alimentar.

7 – Cuide da saúde física e emocional

Por fim, tenha sempre como prioridade cuidar da sua saúde física e emocional. Adote hábitos saudáveis, como cuidar da alimentação, dormir bem, evitar a sobrecarga de atividades e procurar ajuda profissional ao perceber qualquer sinal de problema ligado ao corpo ou à mente. Lembre-se que você é um ser único e completo e deve ser cuidado por inteiro.

Com essas dicas você conseguirá manter uma rotina equilibrada e reduzir as chances de entrar em um estado de esgotamento.

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