Às vezes, as pessoas cultivam a crença de que a grama do vizinho é sempre mais verde. Nas redes sociais, por exemplo, todo mundo sabe viver melhor do que a gente. O corpo, a casa, o carro, o emprego — parece que todo mundo está sendo mais feliz.

Quando alimentamos esse tipo de pensamento com frequência, estamos construindo uma imagem negativa sobre nós mesmos. Assumir uma posição de inferioridade nos leva à baixa autoestima. Para entender melhor o que é esse problema e como resolvê-lo, é só continuar a ler este artigo.

O que é a autoestima e qual a sua importância?

O conceito de autoestima é bastante discutido no campo da psicologia. Apesar de cada especialista do ramo oferecer um panorama discretamente diferente dos outros, a autoestima pode ser definida como a qualidade de quem se valoriza, tendo uma visão positiva sobre si mesmo. São pessoas que se satisfazem com quem são e, por conta disso, demonstram confiança em seus atos e julgamentos.

A autoestima nos faz mais felizes e também mais firmes frente às críticas dos outros, de modo que não nos desanimemos quando isso acontecer.  Existem alguns itens que interferem em nossa autoestima, como a história de vida e até mesmo a autoestima das pessoas que convivem conosco.

7 dicas para melhorar a sua autoestima

Se você tem sofrido com baixa autoestima ou se sente que há algo a melhorar nesse aspecto, confira as 7 dicas a seguir:

1. Ao olhar para o passado, foque nos aspectos positivos

Em determinados momentos, todo mundo se pega olhando para o passado e se lembrando de muitas coisas que já aconteceram. Eventos familiares, empregos antigos, namoros, colegas de escola — enfim, memórias fazem parte de quem somos.

No entanto, quando fazemos essas voltas ao passado, mas nos lembramos apenas das coisas negativas, estamos enfraquecendo a nossa autoestima. Resgatar memórias de brigas, perdas, vergonhas e tristezas não possui nenhuma utilidade, exceto aprender o que não deve ser feito no futuro.

Quando nos lembramos das coisas que deram certo, porém, a autoestima aumenta. Olhar para trás e enxergar as dificuldades que já foram superadas, os conhecimentos que foram adquiridos, as coisas que foram conquistadas e os relacionamentos que foram construídos nos ajuda a perceber o quanto somos fortes, inteligentes e criativos. Se for olhar para o passado, foque nesses aspectos positivos.

2. Esteja presente no que estiver fazendo

Olhar o passado de vez em quando é bacana, desde que as memórias selecionadas sejam as positivas, conforme vimos no item acima. No entanto, essas “visitas” ao passado devem ser passageiras; nada de morar por lá, ok?

O mesmo pode-se dizer do futuro: todos nós precisamos pensar no amanhã para vivermos uma vida equilibrada, porém, uma mente excessivamente preocupada com o futuro torna-se demasiado ansiosa, o que também não é saudável.

Por conta disso, todos nós precisamos ter em mente que o único tempo que realmente existe é o presente. É apenas nele que podemos de fato sentir, fazer, agir, enfim, existir. O passado não tem volta, e o futuro ainda nem chegou. A dica, portanto, é viver no presente, colocando sua atenção plena naquilo que estiver fazendo.

Se estiver assistindo a um filme, lendo um livro, cozinhando ou conversando com alguém, esteja 100% consciente durante essas atividades, evitando as divagações.

3. Pare de se autodepreciar

É preciso que tenhamos em mente que não há sequer um ser humano que tenha pisado a face da Terra que já tenha chegado perto do conceito de perfeição. A perfeição não existe, de modo que todo e qualquer indivíduo possui suas forças e fraquezas.

Quando observamos nossas forças, isso nos ajuda a elevar a autoestima, pois percebemos as nossas capacidades e o potencial de crescimento que possuímos, seja na vida pessoal ou na vida profissional. Em contrapartida, a observação de nossas fraquezas não deve ser entendida como um atestado definitivo de incapacidade.

A observação desses pontos fracos deve ser compreendida como a identificação da possibilidade de melhorias. Se você identifica em si uma característica de que não gosta — como ser introvertido demais, por exemplo —, entenda que você pode modificá-la, se assim desejar. A experiência humana é incrível porque nós de fato podemos nos tornar quem desejamos ser, desde que façamos algumas mudanças.

Se há pontos negativos em você, não chore nem lamente. Apenas reflita: será mesmo que eu preciso mudar? Se assim desejar, mude, mas porque você quer, e não porque a sociedade assim deseja.

4. Defina objetivos e aja

Muitas pessoas com baixa autoestima relatam uma sensação de incapacidade, como se a vida estivesse estagnada. Por não se sentirem adequadas ou preparadas, pessoas assim convivem com uma constante insegurança que as impede de alcançar seus objetivos.

Se você passa por esse problema, entenda que só há um jeito de resolvê-lo: agindo. Qualquer pessoa só será capaz de descobrir se vai dar certo ou errado se tentar. A baixa autoestima frequentemente nos impede de tentar, pois nós mesmos já “vestimos” o rótulo do “não sou suficientemente competente”.

No entanto, quando começamos a agir, frequentemente nos surpreendemos com nossas próprias forças e habilidades. Aliás, é comum percebermos que, depois que o iniciamos, o desafio nem era assim tão complexo.

Portanto, se você deseja elevar sua autoestima, não deixe de agir. Se der certo, você perceberá o quanto é vitorioso. Se não der, você aprenderá lições com a situação e as utilizará para fazer melhor na próxima tentativa, sem cobrar de si a perfeição (que nem mesmo existe), ok? Apenas certifique-se de que os objetivos que determinar para si mesmo sejam realistas.

5. Busque pessoas que te deem suporte

A convivência saudável com aqueles que nos cercam é extremamente importante para a nossa autoestima. Existem familiares e amigos que têm o poder de levantar nosso astral, nos fazer rir, proporcionar momentos alegres e também nos dar carinho nos momentos difíceis. Relações assim são muito benéficas, desde que não criemos uma dependência dessas pessoas.

Pessoas que nos dão suporte e até mesmo que fazem críticas construtivas e respeitosas são as melhores que podemos ter em nosso círculo. Já aquelas pessoas que só reclamam, fazem comentários desagradáveis, criticam de forma destrutiva e nos colocam “para baixo” precisam ficar à distância. Em nome de sua saúde mental, não tenha medo de cortar relações com quem não te faz bem.

6. Evite comparações

No início do texto, citamos a ideia de que a grama do vizinho é sempre mais verde. Isso é ilusão, pois aquilo que sabemos da vida de uma pessoa é só o que ela deseja que saibamos.

O seu vizinho tem uma esposa amorosa, filhos lindos, uma casa grande e viagens anuais, não é mesmo? Nas redes sociais dele, as fotos são retratos desses momentos. Contudo, ele também tem brigas com a esposa, leva os filhos ao hospital de madrugada, tem problemas financeiros e muitas outras questões de que você nem desconfia — já que estas não aparecem na rede social.

A verdade é que ninguém se conhece realmente. Como estamos sempre vendo apenas o que há de melhor na vida dos outros, acabamos tendo a ilusória sensação de que nossas vidas são muito menos felizes. Não acredite nisso nem por um momento. Todos nós temos forças e fraquezas, bons e maus momentos. É assim para todo mundo e não há por que fazer comparações.

7. Tenha hábitos saudáveis

Por fim, não podemos nos esquecer de que um corpo e uma mente saudáveis são primordiais para uma boa autoestima. Momentos de autocuidado, prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada, lazer, descanso e convívio com as pessoas que amamos são os ingredientes de uma vida feliz, repleta de autoestima.

A adoção dos hábitos acima nos ajuda consideravelmente e ainda auxilia na prevenção de problemas, como transtornos de ansiedade e depressão. Se você sente que sua autoestima não está num nível saudável, que te faz bem, não hesite em procurar ajuda especializada. Não é preciso haver um problema grave para conversar com um psicólogo ou um psiquiatra. Esses profissionais nos ajudam tanto a resolver os problemas quanto a evitar que eles apareçam e cresçam.

Que as dicas acima o ajudem a desenvolver sua autoestima e sua autoconfiança na realização de cada um de seus sonhos. Não se trata de um processo difícil, mas de uma mudança gradativa em nossa linha de pensamentos. Você, com certeza, tem tudo para ser feliz.

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