Você provavelmente já ouviu muitas pessoas falarem que é preciso ter discernimento para que sejamos bem-sucedidos em nossas vidas pessoais e profissionais, não é mesmo? Essa habilidade de fato é muito importante e nos ajuda a prevenir diversos problemas nessas duas áreas.
Mas o que exatamente significa ter discernimento? De que maneiras podemos desenvolver essa competência em nosso dia a dia? As respostas para esses questionamentos você confere neste artigo.
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O que é o discernimento?
A palavra discernimento vem do latim discernere e significa “dividir”, “separar”, “decidir”. Na atualidade, utilizamos esse conceito para descrever a capacidade humana de escolher entre o certo e o errado, de raciocinar sobre as coisas e de ter critérios para compreender as situações.
Em outras palavras, discernir significa avaliar as coisas com bom senso e clareza, na definição mais clássica dos dicionários. Nos dias de hoje, diariamente somos bombardeados por informações excessivas e nem sempre verídicas, ou que exige, mais do que nunca, que saibamos discernir o que é verdadeiro e bom do que é falso e enganoso.
Por que precisamos do discernimento na atualidade?
Em nosso dia a dia, entramos em contato com diversas pessoas que compartilham conosco diferentes informações, seja pessoalmente, por telefone, por mensagens de texto, e-mails etc. Além disso, os meios de comunicação, sobretudo a televisão e a internet, também disponibilizam um acervo enorme de informações que podemos acessar com extrema facilidade.
Ter acesso a informações é algo maravilhoso, pois é a partir delas que conseguimos acumular conhecimento e agir com mais sabedoria e menor probabilidade de erros. No entanto, quantidade de informações não é sinônimo de qualidade.
Nem sempre aquilo que lemos na internet, que assistimos pela televisão ou que ouvimos da boca de nossos conhecidos é verdadeiro. Além disso, mesmo que seja verdade, o fato pode não ser positivo ou não se aplicar a nossa realidade.
Daí a importância de ter discernimento: separar as informações válidas das que não são válidas, de modo que possamos ter uma compreensão dos fatos que nos seja realmente útil.
Muitas pessoas, especialmente aquelas que possuem alguma posição de poder, utilizam a tática de misturar informações verídicas e inverídicas, deixando as pessoas confusas. Elas fazem isso para induzir as pessoas ao engano, passando a acreditar em quem não fala a verdade e a duvidar de quem fala — tudo isso para atender aos seus interesses pessoais.
No entanto, até mesmo pessoas conhecidas, com a melhor das intenções, podem nos trazer informações que não são corretas ou que não nos fazem bem. Por isso, é importante que saibamos desenvolver um filtro mental, que nos ajude a separar, isto é, a discernir o útil do inútil.
4 dicas para ter mais discernimento em sua vida
Para evitar que você passe pelos problemas citados acima, precisa apurar seus filtros do discernimento. Além disso, eles também são importantes para que você tome decisões mais sábias em seu dia a dia, sem se deixar levar por opiniões alheias.
Dessa forma, confira 4 dicas para lhe ajudar nesse sentido:
1. Avaliar fontes e intenções
Sempre que você receber uma informação, identifique a fonte. Quem está me dizendo isso? Eu posso confiar nessa pessoa? Ela tem bases e argumentos que comprovem e sustentem aquilo que está dizendo? Ela tem uma boa intenção ao compartilhar essa informação comigo ou está fazendo isso motivada por interesses próprios?
No caso de receber alguma informação pela internet, também é preciso fazer essa verificação. A informação partiu de um veículo de comunicação reconhecido? A notícia possui fontes de qualidade (institutos oficiais e profissionais no tema da informação)? Os dados estão atualizados? Essa notícia também aparece em outros veículos de comunicação ou só naquele?
Fazer esses questionamentos para si mesmo vai te ajudar a perceber se a informação que chegou até você é verídica ou não. Mesmo que se trate de alguém de confiança, a pessoa pode ter se equivocado, ainda que com boas intenções. Fique atento.
2. Ler e ouvir diferentes visões de um mesmo tema
É importante ressaltar também que, mesmo que uma informação seja verdadeira, ela pode ter sido aumentada ou analisada sob um único ponto de vista. Toda história tem, no mínimo, duas versões, e é importante que tenhamos acesso a todas elas para que nós mesmos sejamos capazes de tirar nossas conclusões.
Por mais que tenham assumido um compromisso com a imparcialidade, os próprios veículos de comunicação apresentam uma linha editorial, ou seja, uma visão de mundo particular. É por isso que uma mesma notícia pode ser apresentada de forma distinta em dois jornais, pois os enfoques dados podem ser diferentes.
Por isso, é importante conhecer as ideias por trás de quem divulga uma informação — seja uma pessoa ou uma empresa. Infelizmente, a sociedade contemporânea frequentemente apresenta um pensamento polarizado e intolerante. Dessa forma, quanto mais diversificarmos nossas fontes de informação, mais tolerantes seremos e mais afiada estará a nossa capacidade de discernimento.
3. Confiar em sua intuição
Aqui no blog, já falamos anteriormente que a intuição é uma força poderosa, pois parte de nosso interior. A intuição nada mais é do que o conjunto de experiências, emoções e conhecimentos que acumulamos ao longo da vida.
Quando nos deparamos com uma situação, nosso cérebro automaticamente começa a vasculhar seus arquivos em busca de algo parecido que já tenhamos vivenciado. A intuição surge como uma resposta baseada nessa experiência prévia, podendo ser uma recomendação do que fazer ou do que não fazer, diante dessa nova situação que se apresenta.
É por isso que, às vezes, ouvimos o que alguém diz ou lemos alguma informação de um veículo de comunicação e ficamos com a sensação de que algo está estranho. Sem que de fato saibamos explicar o motivo, ficamos desconfiados. Quando isso acontecer, lembre-se de que se trata de um sinal de você para você mesmo. Reexamine a informação recebida e faça pesquisas complementares antes de chegar a uma conclusão.
4. Observar antes de reagir
Muitas pessoas tomam decisões precipitadas. Mal são informadas de algo e já tomam uma série de medidas. O problema é que, muitas vezes, a informação recebida estava incompleta, mal explicada ou mesmo incorreta. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, espere um pouco. Verifique se não há dados e desdobramentos que você ainda desconhece, antes de agir.
Por fim, lembre-se sempre de avaliar se as informações às quais você tem acesso te fazem bem ou são realmente úteis. Alguns psicólogos afirmam, por exemplo, que assistir a telejornais sensacionalistas pode desencadear ou agravar problemas como ansiedade, estresse e depressão.
Portanto, no seu filtro de discernimento, não avalie apenas se as informações são coerentes, mas também se te fazem bem ou não. Se não fizerem, não lhes dê atenção e procure conteúdos que sejam mais relevantes, úteis e positivos em sua vida.
Há uma frase, que acredita-se ser um provérbio popular italiano, que diz que: “Mais valem pitadas de discernimento do que montanhas de conhecimento”. Ou seja, a quantidade de informações a que temos acesso não é tão importante quanto a sua qualidade e relevância.
Que o conteúdo acima seja aprovado por sua capacidade de discernimento e que faça uma diferença positiva em sua vida. Se você gostou das dicas ou se tiver alguma sugestão complementar, não se esqueça de deixar seu comentário aqui embaixo, além de compartilhar este artigo com quem mais possa se beneficiar dele.