Se você ouvisse os seus pensamentos sobre si mesmo saindo da boca de um amigo seu, ele continuaria sendo seu amigo? Se a resposta for “sim”, ótimo. Se a resposta for “não”, talvez você precise olhar para si mesmo com um pouco mais de carinho.
Todos nós temos defeitos e qualidades, mas precisamos amar quem somos se quisermos ser verdadeiramente felizes. Esse é o conceito do amor-próprio, um elemento que beneficia a nossa autoestima, a nossa saúde mental e os nossos relacionamentos com aqueles que fazem parte de nossas vidas. Para saber mais sobre o assunto, é só continuar a leitura deste artigo.
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O que é o amor-próprio?
O conceito de amor-próprio tem sido muito difundido pela psicologia e por demais áreas que estudam o comportamento humano. Ele se aproxima muito do conceito de autoestima, ou seja, da visão que nós mesmos construímos a nosso respeito. No entanto, é importante que essa visão seja positiva. Se você não amar a si mesmo, como permitirá que outras pessoas o façam por você?
O amor-próprio jamais deve ser confundido com o egoísmo. Amar a si mesmo não significa ignorar as necessidades do outro, mas também envolve aprender a cuidar de si mesmo.
Segundo especialistas, a falta de amor-próprio na idade adulta quase sempre tem suas origens na infância. Crianças que não receberam carinho e afeto dos pais ou responsáveis crescem convictas de que são um estorvo. Especialmente quando os adultos sempre reclamam do comportamento da criança, sem educá-la adequadamente, e até mesmo a ofendendo, é natural que esse indivíduo cresça acreditando que não tem valor nenhum.
Para reverter esse quadro, é importante desenvolver o amor-próprio, em todas as idades. A lista de benefícios desse elemento não é pequena.
Promove o autoconhecimento
Você consegue amar alguém que não conhece? Acredito que não. Com você, é a mesma coisa! Para que você se ame, o primeiro passo é conhecer a si mesmo. Por isso, procure fazer uma lista com todas as suas qualidades e também com todos aqueles pontos que você gostaria que fossem melhores. Considere todas as áreas da sua vida — pessoal, profissional, social, amorosa, familiar, espiritual e financeira.
Perceba que há muitas características que você já admira em si mesmo. Ao escrever aquelas que você acredita que precisam melhorar, entenda que todas as pessoas do mundo também têm seus defeitos. Isso não te torna inferior a ninguém, mas apenas um ser humano. Trabalhe no sentido de melhorar essas características, mas jamais deixe de se amar por conta delas!
Além disso, evite comparar-se aos outros. Cada pessoa é única, e há muitos pontos da trajetória de cada um que desconhecemos. Salário, forma física, carro e apartamento são itens que geram comparações, mas isso não é saudável, pois a vida não deve ser conduzida a partir de padrões a serem seguidos. Busque o autoconhecimento e seja você mesmo!
Evita relacionamentos tóxicos
Uma pessoa que ama a si mesma jamais permitirá envolver-se num relacionamento tóxico. Agressões, humilhações, submissões, machismo do parceiro, abuso de poder do chefe, inconveniências de determinados amigos e familiares — o amor-próprio permite que as pessoas identifiquem esses abusos e consigam posicionar-se contra eles.
Em compensação, aquele que não ama a si mesmo torna-se emocionalmente dependente dos outros. Por isso, tem uma autoestima tão baixa e um medo tão grande da solidão que acaba se submetendo a esse tipo de relacionamento tóxico. Isso não é saudável e só produz infelicidade.
Já o indivíduo que ama a si mesmo entende que ele não é uma metade que precisa ser completada, mas alguém inteiro e digno de amor e respeito. Ele não vai admitir certos tipos de tratamento e, por isso, será capaz de atrair apenas pessoas que o valorizem por quem é — sejam companheiros amorosos, amigos ou colegas de trabalho.
Permite que escolhas mais sábias sejam feitas
Você já se deparou com pessoas que anulam a sua personalidade apenas para se “encaixar” num determinado círculo de pessoas? Adolescentes que se envolvem com hábitos nocivos (como o álcool e as drogas) apenas para serem aceitos pelo grupo? Jovens que não seguem a sua vocação e optam por outra profissão apenas para agradar aos pais? Adultos que reprimem os seus sentimentos e deixam de fazer o que querem com medo do que os outros vão pensar?
Todas essas situações são exemplos de como a falta de amor-próprio nos leva a tomar decisões erradas e que nos conduzem a uma vida infeliz, independentemente da idade.
Quando alguém se ama de verdade, essa pessoa vai conhecer muito bem aquilo que deseja para todas as áreas da sua vida e não vai deixar de lutar por seus sonhos e objetivos. É claro que, para isso, ela deve respeitar os outros, mas com a consciência de que a sua vida depende exclusivamente das suas escolhas!
Favorece o autocuidado e a saúde
Pessoas que se amam cuidam mais de si mesmas. Isso pode ser expresso de diferentes formas. Administrar as suas finanças, dedicar-se às suas atividades profissionais, dormir bem, entender que o descanso é importante, cuidar da beleza e da autoestima, alimentar-se de modo equilibrado, praticar exercícios físicos e fazer exames regulares no médico são formas de declarar o seu amor por si mesmo.
Além da saúde física, o mesmo vale para a saúde mental. Meditar, saber dizer “não”, desenvolver o equilíbrio emocional, fazer terapia, ter hobbies, conversar com amigos e familiares e ter momentos de lazer também são elementos muito importantes no amor-próprio.
Ajuda a pessoa a lidar com as críticas
Ninguém é unanimidade. Isso quer dizer que, independentemente de quais sejam as suas escolhas na vida, sempre haverá alguém para criticá-lo. Nessas horas, o amor-próprio nos ajuda a sustentar as nossas escolhas e a lidar bem com as críticas.
Uma pessoa que se ama sabe diferenciar uma crítica que faz sentido — e que de fato pode ajudar — de uma crítica que foi feita sem qualquer embasamento. Além disso, o amor-próprio permite que saibamos distinguir as pessoas que realmente querem o nosso bem daquelas que nos criticam apenas para acabar com a nossa autoestima e para promover humilhação.
Sabendo diferenciar todas essas circunstâncias, o indivíduo conseguirá separar as críticas que podem ser levadas em consideração daquelas que é melhor ignorar.
Ajuda a pessoa a lidar com os próprios erros
Uma pessoa com baixa autoestima e sem amor-próprio reage mal aos próprios erros. Se comete uma falha, bate a insegurança, e ela já começa a acreditar que não tem valor, que é incompetente, que está fadada ao fracasso.
Já aquele que constantemente desenvolve o amor por si mesmo entende que errar é humano. Esse tipo de indivíduo vai acolher os sentimentos negativos provocados por esse erro e vai aprender com eles a fazer melhor no futuro. Ele compreende que o erro não é o oposto do sucesso, mas apenas uma etapa que o antecede. Todo mundo erra, mesmo as pessoas mais incríveis e bem-sucedidas.
Se, mesmo com as dicas acima, você sentir que desenvolver o amor-próprio está sendo uma tarefa mais complicada do que imaginou, não hesite em procurar ajuda especializada. Sessões de psicoterapia ou de coaching podem lhe ajudar a desenvolver um novo olhar sobre si mesmo, sobre as suas competências e até mesmo sobre aqueles pontos que podem ser melhorados. Apenas lembre-se de que você é um ser de luz que merece todo o amor e toda a felicidade que existem!
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Imagem: Por popcorner