O que toda empresa procura é progredir, avançar e gerir adequadamente os seus processos internos, não é mesmo? Nesse sentido, um aspecto bastante moderno que tem crescido nos ambientes organizacionais para proporcionar resultados extraordinários é o chamado empowerment.

Empowerment é um termo em inglês que tem sido traduzido como “empoderamento”, ou o ato de conceder poder aos seus colaboradores. Basicamente, ele consiste em uma estratégia de descentralização do poder nas empresas, conferindo mais autonomia e independência aos seus funcionários.

Essa estratégia é marcada por muitas vantagens, mas também por algumas desvantagens que podem aparecer, caso não haja planejamento e regras bem definidas antes de colocá-la em prática. Neste artigo, você vai compreender em que consiste o empowerment e de que maneira ele pode ser realmente benéfico para as organizações. Para saber mais sobre o tema, é só seguir em frente e continuar a leitura a seguir!

O que é o empowerment?

O empowerment consiste em um conjunto de estratégias adotadas dentro de uma organização para ter como resultados a desburocratização, a descentralização do poder, a flexibilização e a inovação. Isso só é possível quando os gestores conferem aos seus funcionários mais poder, autonomia e independência para agir, participando de uma maneira mais ativa, como se também fossem donos daquele lugar.

A ideia é que haja mais qualidade e produtividade em todos os níveis hierárquicos da empresa, delegando responsabilidades e aumentando o grau de confiança de líderes e liderados. Ao mesmo tempo, deve ficar evidente a necessidade da colaboração e da cooperação no dia a dia.

O conceito do empowerment é baseado em 4 pilares, conforme você vai conferir na sequência:

  • Poder: o primeiro aspecto do empowerment é descentralizar o poder. O líder toma as decisões principais, mas envolve os seus liderados nesse processo, ouvindo o que cada um tem a dizer. Além disso, ele dá diretrizes gerais, mas sem microgerenciar, ou seja, sem decidir coisas pequenas do dia a dia. Para isso, ele confia no discernimento dos colaboradores, conferindo-lhes mais independência;
  • Motivação: para que os funcionários assumam as suas responsabilidades com essa “postura de dono” que o empowerment estimula, é importante motivá-los. Isso se faz com feedbacks adequados, reconhecimento de méritos, recompensas pelos bons desempenhos e acompanhamento do alcance de cada meta;
  • Desenvolvimento: a ideia do empowerment é tornar cada funcionário cada vez mais competente. Por isso, as empresas que o adotam trabalham muito a questão da capacitação, o que se faz por meio de cursos, treinamentos e palestras. Isso aumenta a motivação do colaborador na empresa, promovendo a retenção de talentos
  • Liderança: por fim, um dos efeitos do empowerment é o surgimento de novas lideranças, de modo que as decisões a serem tomadas sejam descentralizadas. Isso confere mais eficácia e agilidade aos processos, bem como mais autonomia e senso de utilidade a cada colaborador.

Quais são as vantagens que esse processo oferece?

Conforme você provavelmente já percebeu, o empowerment favorece a formação de novos líderes. Isso não significa que a hierarquia da empresa simplesmente acaba, mas que os líderes “oficiais” da empresa conseguem dividir as suas responsabilidades com outros funcionários. Quando há várias cabeças pensando sobre uma determinada questão, a chance de decisões erradas serem tomadas diminui bastante, afinal de contas, há vários pontos de vista sendo considerados.

Como essa liderança é compartilhada, os colaboradores sentem-se mais úteis e importantes, agindo de forma proativa, e não apenas para obedecer às ordens que chegam. Isso revela que a empresa confia naquelas pessoas e deseja que elas realmente cresçam e progridam nas suas respectivas carreiras. Como consequência, a rotatividade de funcionários tende a diminuir, aumentando, em compensação, a retenção de talentos.

Se os colaboradores estão mais motivados e sentem-se mais úteis no dia a dia de trabalho, é natural que eles trabalhem mais e melhor. Por isso, outra vantagem que o processo oferece é um ganho em produtividade e em qualidade daquilo que é produzido. Lembrando sempre que um trabalho de qualidade é o que há de mais importante para o sucesso de qualquer organização — mais do que qualquer tecnologia ou ferramenta, o desempenho do profissional é o que conta realmente!

Há desvantagens no empowerment?

Não se trata exatamente de desvantagens que o empowerment pode ocasionar, mas sim de um mau uso que as empresas podem fazer dessa estratégia. É importante, por exemplo, introduzir essa cultura aos poucos, tendo em vista que nem sempre os funcionários já estão prontos para assumir responsabilidades maiores. Por isso, é necessário fazer os treinamentos e cursos, não apenas para capacitar o colaborador, mas também para que ele compreenda a cultura do empowerment que se instalará.

Além disso, é importante ressaltar que a autoridade compartilhada não significa que cada um pode fazer o que quiser. A hierarquia continua existindo e todo mundo continua tendo que prestar contas sobre as decisões que tomar. O peso das decisões é compartilhado, mas tudo ainda deve ser conversado antes de ser colocado em prática. O empowerment não dá espaço para vaidades e para que um funcionário se considere mais importante do que o outro. Todos o são e devem dividir essa liderança.

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Portanto, todos os colaboradores precisam ter essa consciência de líder: não basta ter o poder, é preciso ter a responsabilidade para assumir o que faz e lidar com as consequências de cada decisão tomada. Dessa maneira, cada funcionário deve agir de acordo com o que sabe, sem dar passos maiores do que a perna alcança. Isso pode gerar quadros de estresse e situações de abuso de poder que precisam ser evitados.

Conclusão

Concluindo, podemos compreender que o empowerment é uma estratégia moderna que descentraliza o poder das empresas, combatendo a rigidez das hierarquias e a burocracia excessiva do meio corporativo. Ele gera mais autonomia e independência aos colaboradores, o que não deve ser confundido com “cada um faz o que quer”. A prestação de contas e o ato de assumir a responsabilidade sobre as decisões tomadas devem acompanhar esse ganho de poder.

E você, ser de luz, já teve alguma experiência com o empowerment nas empresas por onde passou? O que pensa sobre o tema? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!