Muita gente acredita que as emoções são um empecilho nas nossas vidas e que tudo seria melhor sem elas. Bem, nesse caso, a humanidade seria um grupo de robôs, sem sentimentos negativos, mas também sem sentimentos positivos. Já pensou que horrível viver sem amor, alegria e riso?

As emoções são reações biológicas e psicológicas aos estímulos do meio em que estamos. Elas nos ajudam a compreender as situações e a tomar decisões. Por isso, se você está infeliz, pensa em mudanças que tornem a sua vida melhor graças a essa emoção.

Portanto, não devemos “acabar” com as emoções. Tudo é uma questão de mantê-las sob controle. Mas como controlar as emoções? É o que você vai conferir no artigo a seguir!

Qual é a importância da inteligência emocional?

A inteligência emocional é a capacidade que um ser humano tem de identificar as suas emoções, nomeá-las, compreender as suas causas, administrar a sua intensidade e agir de forma racional, mesmo diante desse momento emocional. Também está associada ao ato de compreender as emoções dos outros e respeitá-las (empatia).

Talvez “controle” não seja a melhor escolha de palavra, pois, segundo os psicólogos, esse termo pode sugerir a ideia de repressão, o que nunca funciona quando o assunto é a emoção. Por isso, damos preferência ao termo “administrar”, que consiste em dosar a intensidade daquilo que sentimos.

Esse processo pode ser difícil para muitas pessoas, mas é extremamente importante. Quando somos dominados por emoções, o pensamento racional fica em segundo plano, o que favorece a impulsividade e atitudes com consequências terríveis. É nesses momentos que falamos o que não devíamos, que brigamos no trânsito e que fazemos escolhas das quais nos arrependemos logo em seguida.

Como controlar as emoções?

Então, como controlar, ou melhor, administrar as emoções? Como desenvolver a inteligência emocional? Para auxiliá-lo nessa nobre missão, confira as 7 dicas a seguir!

1. Não negue as emoções

Como citamos, reprimir nunca é uma solução. Até mesmo os psicólogos e médicos psiquiatras afirmam que tentar reprimir, negar ou fingir que as emoções não estão sendo sentidas só faz o problema aumentar.

Portanto, identifique as suas emoções, dê um nome a elas. Não se culpe por senti-las. Faz parte da essência humana ter emoções. Raiva, medo, inveja, alegria, ansiedade: permita-se sentir tudo isso e compreender o contexto em que essas emoções surgem. Não é ignorando as coisas que aprendemos a lidar com elas, concorda?

2. Questione os seus “fantasmas” mentais

As emoções surgem em resposta aos estímulos do meio, mas também são influenciadas por aquilo que a nossa própria mente cria, o que nem sempre é verdade. Você pode achar que tem uma doença terrível, que o seu namorado não a ama mais, que o seu chefe vai mandá-lo embora, sem que nada disso seja verdade.

Por isso, ao sentir uma emoção, questione-se. Será que essa reação emocional faz sentido? Há indícios de que as coisas que estão na sua mente vão de fato ocorrer? O que você sente é proporcional à realidade? Lembre-se de que a sua mente quer protegê-lo, mas, às vezes, ela exagera na dose. Por isso, desconfie dos seus pensamentos. Nem sempre eles condizem com a realidade.

3. Pense antes de reagir

As emoções são muito velozes. Isso significa que elas podem dominar o nosso ser em uma fração de segundos. Todavia, quando isso acontecer, segure o corpo e a língua. Momentos de sentimentos intensos não são propícios para falar ou agir.

Aprenda a detectar que você está sob uma emoção intensa. Quando isso ocorrer, afaste-se, respire profundamente e não tome decisões até que a intensidade do sentimento tenha diminuído. No calor da emoção, falamos e agimos de forma que gera arrependimento mais tarde. Por isso, evite!

4. Coloque-se no lugar do outro

Conforme citamos, a inteligência emocional envolve também a capacidade de compreender as emoções do outro e colocar-se mentalmente no lugar dele. Em outras palavras, precisamos ter empatia.

Se você sabe o que é estar com raiva, certamente sabe identificar quando outra pessoa está dominada por esse sentimento. Nesse caso, ajude a pessoa a acalmar-se e faça por ela aquilo que você gosta que os outros façam quando você está em uma situação semelhante, mesmo que seja se afastar. Isso evita muitos conflitos originados em explosões emocionais.

5. Apure as origens dos seus sentimentos

Se você tem sentimentos que geram sofrimento, procure analisar os momentos e as circunstâncias em que eles surgem. Isso permitirá que você vá à raiz do problema e encontre meios eficazes de lidar com essas adversidades.

Por exemplo, se você tem explosões de raiva, identifique os momentos em que isso ocorre. Perceba quais são os gatilhos, ou seja, os eventos que desencadeiam essa reação emocional: sobrecarga de trabalho, desobediência dos filhos, trânsito intenso etc. Essa percepção pode levá-lo a mudanças de atitudes e de estilo de vida que mantenham as suas emoções sob controle.

6. Dê você o exemplo das atitudes que deseja ver no outro

A frustração também está entre as emoções consideradas desagradáveis mais frequentes. Isso se deve ao fato de que nós criamos expectativas excessivas em relação aos outros ou porque esperamos que eles se comportem da mesma maneira que nós agimos, o que nem sempre ocorre.

Portanto, entenda que, assim como os outros podem decepcionar as suas expectativas, você também decepciona os outros. Dessa forma, em vez de querer que as outras pessoas ajam da forma X ou Y, dê você o exemplo das atitudes que deseja ver nessas pessoas. Por exemplo: se você quer que elas sejam mais pacientes com você, seja você mais paciente com elas. Não cobre aquilo que você não pode dar!

7. Cuide da sua saúde mental

Por fim, para manter as suas emoções bem administradas, cuide da sua saúde mental. É sabido que o descontrole das emoções pode ser um sinal de que algo vai mal nessa área. Para isso, siga as orientações a seguir:

  • Durma em média 8 horas por noite;
  • Alimente-se e hidrate-se de forma equilibrada;
  • Pratique atividades físicas com regularidade;
  • Organize o seu tempo entre as diferentes áreas da vida e não assuma mais compromissos do que é capaz;
  • Tenha momentos de lazer e hobbies;
  • Passe um tempo de qualidade com as pessoas que lhe fazem bem;
  • Tome sol e amplie o seu contato com a natureza;
  • Monitore a quantidade e a qualidade das informações que você consome (livros, revistas, jornais, notícias, programas de televisão, redes sociais etc.);
  • Procure ajuda médica e psicológica quando necessário.

Ao seguir as recomendações acima, você conseguirá controlar as emoções, ou melhor, administrar a sua intensidade com sabedoria. Isso certamente tornará as suas decisões mais eficazes e o livrará de muitos conflitos desnecessários.

E você, querida pessoa, como controla ou administra as suas emoções? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!