Criar filhos emocionalmente inteligentes envolve ajudar as crianças a desenvolverem habilidades para entender, expressar e gerenciar as suas emoções de forma saudável. A ideia é também promover empatia e habilidades sociais. A inteligência emocional é fundamental para o bem-estar, os relacionamentos e o sucesso na vida, o que deve ser estimulado desde a infância.

No artigo a seguir, você vai entender melhor a importância da inteligência emocional e algumas orientações sobre como criar filhos emocionalmente inteligentes. Continue a leitura e saiba mais!

O que é inteligência emocional? Por que ela deve ser desenvolvida desde a infância?

A inteligência emocional é a capacidade de identificar, entender, gerenciar e expressar as próprias emoções de forma saudável, além de reconhecer e compreender as emoções dos outros. Trata-se de saber nomear aquilo que você sente, equilibrando a emoção com o pensamento racional, de modo que ela não se torne excessivamente intensa e gere comportamentos nocivos.

Por isso, entendemos que a inteligência emocional é composta por 5 pilares: autoconsciência, autocontrole, motivação, empatia e habilidades sociais. Essa competência deve ser desenvolvida desde a infância porque influencia o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais que impactam diretamente o bem-estar e o sucesso das crianças ao longo da vida.

Uma pessoa que, desde cedo, é emocionalmente inteligente desenvolve a resiliência, fortalece os relacionamentos sociais, melhora o desempenho acadêmico, tem menos chances de transtornos da mente, constrói autoestima e autoconfiança, toma decisões mais sábias e cria empatia e respeito.

Como criar filhos emocionalmente inteligentes?

Confira a seguir algumas orientações para estimular a inteligência emocional nos pequenos.

1. Seja um modelo de inteligência emocional

As crianças aprendem observando os seus pais ou responsáveis. Por isso, é importante que você demonstre uma boa gestão emocional. Isso significa mostrar como lidar com o estresse, resolver conflitos de forma construtiva e expressar as suas emoções de maneira saudável. Quando você expressa o que sente de forma clara e equilibrada, os seus filhos aprenderão a fazer o mesmo. Agressões, gritos e ofensas criarão um ambiente completamente incompatível com a inteligência emocional.

2. Estimule a curiosidade sobre emoções, ensinando a reconhecê-las e nomeá-las

Leia livros sobre emoções, jogue jogos que envolvam reconhecer sentimentos e tenha conversas abertas sobre o que os seus filhos observam nos outros. Isso cria uma atmosfera onde a curiosidade sobre as emoções é incentivada, promovendo o crescimento emocional. Com isso, ajude seus filhos a identificar e nomear o que sentem desde cedo. Pergunte como eles estão se sentindo e ajude-os a entender a diferença entre sentimentos como raiva, frustração, tristeza ou alegria.

3. Valide os sentimentos deles em um ambiente emocionalmente seguro 

É importante validar as emoções das crianças, mostrando que todos os sentimentos são normais e compreensíveis, mesmo que algumas reações precisem ser ajustadas. Diga algo como: “Eu entendo que você está frustrado porque não pode brincar agora”, para mostrar que você reconhece o que estão sentindo. As crianças precisam de um ambiente em que se sintam seguras para se expressarem sem medo de julgamento. Garanta que elas saibam que podem compartilhar os sentimentos com você.

4. Ensine estratégias de regulação emocional

Ajude os seus filhos a desenvolver habilidades para gerenciar emoções difíceis. Isso pode incluir técnicas de respiração profunda, tirar um tempo para se acalmar (contar até 10), desenhar ou falar sobre o que estão sentindo, entre outros. Ensine que emoções como raiva e tristeza são normais, mas que existem formas saudáveis de lidar com elas. Além disso, não queira que os pequenos reprimam o que sentem. Frases do tipo “engole o choro” não trazem resultados positivos.

5. Promova a empatia

Encoraje os seus filhos a considerar também os sentimentos dos outros. Pergunte a eles como acham que as outras pessoas podem estar se sentindo em determinadas situações. Isso os ajuda a desenvolver a empatia, uma habilidade essencial para criar conexões sociais saudáveis e solidárias. É importante que, desde cedo, as pessoas compreendam que existem outros pontos de vista, além dos delas mesmas. É saudável colocar-se no lugar do outro para ser mais gentil e solidário.

6. Desenvolva habilidades de comunicação emocional e resolução de conflitos

Ensine os seus filhos a expressar os sentimentos de maneira clara e assertiva. Incentive-os a usar declarações como “Eu me sinto…” para comunicar como estão se sentindo, em vez de reagir impulsivamente ou culpar os outros. Quando surgirem desentendimentos entre irmãos ou amigos, ajude as crianças a resolver problemas de forma pacífica e colaborativa. Ensine a importância de ouvir o outro lado e de encontrar soluções que sejam justas para todos.

7. Ofereça autonomia e autoconfiança emocional

Incentive os pequenos a resolver alguns problemas emocionais sozinhos. Às vezes, pode ser tentador intervir imediatamente quando o seu filho estiver passando por uma dificuldade emocional, mas dar espaço a ele para pensar e tentar resolver por conta própria o ajuda a desenvolver resiliência e autossuficiência emocional. Assim, encoraje-o a confiar nas próprias emoções e sentimentos. Isso significa ajudar a construir a sua autoconfiança e independência emocional.

8. Estabeleça limites e consequências claras

Parte de ensinar a inteligência emocional é ajudar as crianças a entender que as suas emoções são válidas, mas que comportamentos inadequados terão consequências. Portanto, estabeleça limites claros para comportamentos inaceitáveis e explique por que isso é importante, promovendo ao mesmo tempo uma comunicação aberta sobre sentimentos. Sim, coisas que parecem óbvias aos adultos precisam ser ditas às crianças. Lembre-se de que elas ainda estão aprendendo como o mundo funciona.

9. Ajude a identificar padrões de comportamento

À medida que os seus filhos crescem, ajude-os a identificar padrões nas suas emoções e comportamentos. Pergunte-os: “Você percebe que sempre se sente assim quando isso acontece?”. Identificar esses padrões os ajuda a se tornarem mais conscientes e capazes de prever e administrar reações emocionais no futuro. É um passo importante para que se tornem mais inteligentes emocionalmente, mesmo quando você não estiver por perto.

10. Ensine a gratidão e a positividade

Inteligência emocional não é só tratar das emoções difíceis. Praticar a gratidão pelas coisas boas, por exemplo, pode melhorar o bem-estar e ajudar a manter uma atitude positiva. Dessa forma, incentive os pequenos a refletirem sobre o que os faz sentir gratidão, ensinando-os a reconhecer e apreciar as coisas boas da vida, mesmo nos dias difíceis. As crianças ainda não têm a consciência de que existem muitas pessoas no mundo sem as oportunidades que elas têm. Ajude-as nesse aspecto.

11. Seja paciente e reconheça os progressos

A inteligência emocional leva tempo para ser desenvolvida, especialmente nas crianças. Por isso, desenvolva a sua própria inteligência emocional e seja paciente e consistente no seu apoio e orientação. As crianças terão altos e baixos emocionais, o que é natural. Nesse sentido, reconheça quando os seus filhos lidarem bem com as próprias emoções ou mostrarem empatia por outra pessoa. Oferecer elogios específicos por comportamentos emocionais positivos reforça essas habilidades.

Criar filhos emocionalmente inteligentes significa dar-lhes as ferramentas para reconhecer, compreender e gerenciar as emoções, além de ajudá-los a desenvolver empatia pelos outros. Esses ensinamentos não apenas fortalecem a autoestima deles e as suas relações interpessoais, mas também os preparam para enfrentar desafios emocionais ao longo da vida de forma saudável e equilibrada.

E você, querida pessoa, como tem auxiliado no desenvolvimento da inteligência emocional dos seus filhos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!