A autonomia é a capacidade que um indivíduo tem de agir com responsabilidade sobre as suas próprias tarefas, sem depender tanto de outra pessoa, como um supervisor. No trabalho em equipe nas empresas, o desenvolvimento dessa capacidade é fundamental, de modo que o líder possa se dedicar às questões mais complexas e amplas, e não aos detalhes do dia a dia.
É claro que equipes recém-formadas são naturalmente mais dependentes dos seus líderes. No entanto, com o passar do tempo, a autonomia pode ser construída de modo gradativo, estimulando em cada colaborador a proatividade e a responsabilidade. Mas como fazer isso? Neste artigo, reunimos 7 dicas para aprimorar a autonomia no trabalho em equipe. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
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1. Como líder, evite o microgerenciamento
Microgerenciar uma equipe significa controlar e intervir em cada pequena atividade realizada pelos liderados. Essa postura só é útil no início ou nas atividades que de fato sejam muito complexas. Contudo, no restante das tarefas do dia a dia, não é função do líder ficar “em cima” dos funcionários em cada tarefa que realizam.
O líder deve explicar o que deve ser feito e dar orientações quando necessário, mas não pode microgerenciar. Essa atitude cria no liderado uma dependência grande do líder, o que o impedirá de agir por conta própria. Assim, tarefas simples precisarão do acompanhamento contínuo do supervisor, o que tende a tornar todos os processos da equipe mais lentos. Além disso, o colaborador não desenvolverá a capacidade de aprender com os próprios erros.
2. Defina objetivos com clareza
Para estimular a autonomia em uma equipe, o líder deve estabelecer e comunicar os objetivos a serem alcançados. Assim, cada colaborador saberá que aquela meta também é sua responsabilidade, dentro do seu conjunto de funções e tarefas. Diante disso, é válido lembrar que um objetivo consistente segue a metodologia SMART, sigla em inglês, conforme você verá a seguir:
- Specific: específico e detalhado;
- Measurable: mensurável, cujo progresso pode ser acompanhado ao longo do tempo;
- Achievable: alcançável e realista;
- Relevant: relevante, ou seja, que de fato tenha um propósito e o faça sentir-se feliz com o caminho escolhido;
- Timebound: com um prazo de tempo definido.
3. Invista em capacitação
Cursos, treinamentos, leituras, palestras e demais eventos são mecanismos para capacitar os funcionários, ou seja, para desenvolver as competências e as habilidades que você quer que eles desenvolvam. Esse processo deve ser contínuo e certamente promove mais autoconfiança em cada colaborador.
Quanto mais habilidoso e bem-informado o indivíduo estiver, menos ele dependerá de um líder para realizar as suas atividades. Dessa forma, as empresas mais bem-sucedidas do mercado investem em programas de capacitação, justamente para que os colaboradores sejam mais autônomos e proativos, permitindo que o líder foque naquilo que realmente depende dele.
4. Aperfeiçoe as redes de comunicação interna
A comunicação interna é o processo por meio do qual a informação é emitida e transmitida entre os membros de um grupo. Quanto mais clara, objetiva e rápida for essa rede, menos erros tendem a ocorrer, sobretudo por informações desencontradas, deduções equivocadas e falta de dados.
Por isso, enquanto líder, cabe a você explicar os procedimentos e tirar as dúvidas dos colaboradores já de início. Além disso, é importante estimular neles um espírito de cooperação, em que um ajuda o outro. Assim, a figura do líder não será necessária a cada instante. Para isso, porém, é fundamental que a comunicação interna funcione bem, o que inclui as reuniões, o diálogo presencial, as redes de telefonia, os e-mails, a intranet da equipe, os programas de gerenciamento de projetos, e por aí vai.
5. Faça da autonomia uma cultura na sua equipe
Não adianta estimular a autonomia se você, enquanto líder, quer microgerenciar cada passo que os seus liderados dão e pune cada erro com tolerância zero. É importante que as lideranças ofereçam às equipes condições para que a autonomia floresça. Isso depende de confiança mútua, liberdade de atuação e uma flexibilidade maior em relação aos erros.
Dessa forma, o líder não deve ter medo de compartilhar os seus conhecimentos, de recompensar as boas ideias, de incluir toda a equipe nas tomadas de decisão e de tolerar mais os erros, encarando-os como fontes de aprendizado (dentro do possível, é claro). Esse conjunto de atitudes cria uma cultura de autonomia na equipe.
6. Delegue as tarefas com sabedoria
Outra postura que precisa ser combatida é a centralização do trabalho. O líder não pode querer fazer tudo, pois isso certamente tornaria o trabalho mais lento e suscetível a erros. A grande vantagem de formar uma equipe é que ninguém fica sobrecarregado, pois as atividades são distribuídas de acordo com as aptidões de cada um.
Portanto, evite a postura centralizadora que apenas sobrecarrega o líder e deixa os funcionários ociosos. Delegue as tarefas e demonstre que você confia no trabalho de cada um — a não ser que você não tenha sido competente na hora de formar a equipe. Ensine o que deve ser feito e oriente os colaboradores, mas permita que eles caminhem com as próprias pernas.
7. Faça do feedback uma rotina
Por fim, há duas ferramentas essenciais ao desenvolvimento da autonomia no trabalho em equipe que merecem ser citadas: a avaliação de desempenho e o feedback. A avaliação de desempenho consiste em verificar se o colaborador alcançou ou não o que se esperava dele, dentro dos critérios avaliativos estabelecidos. O feedback, por sua vez, é a comunicação desses resultados.
Isso deve ser feito de tempos em tempos, de modo que cada pessoa possa acompanhar os seus aspectos positivos e os aspectos em que precisa melhorar. Além disso, é essencial que o líder dê orientações e sugestões de melhoria aos liderados, como leituras, cursos, treinamentos e dicas em geral. Dessa forma, o progresso será constante, tornando a equipe cada vez mais forte e menos dependente do líder.
Como você pode perceber, aprimorar a autonomia de uma equipe não é um processo simples, mas também não é difícil. Basta que você coloque as 7 dicas acima em prática e confie plenamente nas capacidades dos seus liderados. Tenha muito sucesso nessa missão!
E você, querida pessoa, consegue trabalhar com autonomia na sua empresa? Caso seja um líder, consegue delegar responsabilidades com tranquilidade? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!