A hierarquia das empresas, especialmente as de grande porte, pode ser extremamente complexa e repleta de subdivisões. Você já deve ter percebido que os cargos são classificados de diferentes maneiras, incluindo os diretores, os gerentes, os coordenadores, os supervisores, e por aí vai.

Todos eles são gestores, mas, na prática, o que isso quer dizer? O que diferencia, por exemplo, as responsabilidades de um coordenador dos afazeres de um gerente? As respostas para essas e outras perguntas sobre a hierarquia corporativa, você conferirá neste artigo. Siga em frente e boa leitura!

O que faz um chefe?

Se você já assistiu ao filme “O Diabo veste Prada” e conferiu a incrível performance de Meryl Streep no papel de Miranda Priestly, certamente você sabe o que é um chefe. A palavra “chefe” é utilizada para designar basicamente qualquer cargo de autoridade, ou seja, qualquer pessoa que comanda outras pessoas. Por isso, pode-se dizer que coordenadores e gerentes, em geral, são chefes.

No entanto, é importante ressaltar que o termo “chefe” tem sido utilizado, na maioria das vezes, com um significado negativo. Em diversos casos, ele é empregado para se referir aos indivíduos centralizadores de poder, que dão ordens inquestionáveis, demandam obediência e colocam-se sempre em posição de superioridade.

São indivíduos responsáveis por tomar decisões que impactam diretamente a vida profissional daqueles que aparecem abaixo de si na hierarquia da empresa. Nem todo chefe é mau, mas, quando essa palavra é utilizada, quase sempre nos referimos a indivíduos egoístas e autoritários.

Todo chefe é líder?

Pode-se dizer que todo líder é um chefe, afinal de contas, ele está no comando de um grupo de pessoas, mas a recíproca não é verdadeira, já que nem todo chefe sabe ser um líder. O conceito de líder não se resume a estar numa posição de autoridade, mas em toda uma postura que desperta admiração, e não medo, aos seus liderados.

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O líder é um indivíduo que se preocupa em desenvolver a sua equipe. Ele dá ordens, sim, mas faz isso com clareza, respeitando as habilidades e competências de cada pessoa. Além disso, ele tira dúvidas, presta auxílio e se faz presente no dia a dia daquela equipe.

Sabe reconhecer méritos, sabe corrigir erros e sabe motivar o colaborador a dar o melhor de si, sempre com ética e respeito. Por mais que a última palavra seja a sua, o líder entende que é importante ouvir o parecer de todos da equipe, afinal de contas, conhecimentos diferentes se complementam.

O que faz um gerente?

A figura do gerente em uma empresa é a do líder que se responsabiliza por um departamento específico. Assim, podemos ter um gerente de marketing, um gerente financeiro, um gerente de vendas etc. Em geral, a palavra “gerente” pode ser sinônimo de “diretor”. Segundo o pai da administração contemporânea, Peter Drucker, um gerente tem cinco funções básicas:

  • Definir objetivos para o grupo;
  • Desmembrar um objetivo em metas menores, que possam ser divididas em tarefas a cada membro da equipe, respeitando o seu perfil profissional;
  • Avaliar o desempenho dos colaboradores, com base em critérios claros e justos;
  • Estimular o desenvolvimento contínuo dos membros da equipe;
  • Comunicar e motivar as pessoas.

Os gerentes, portanto, são figuras essenciais ao desenvolvimento das organizações, sobretudo quando começam a crescer. Eles funcionam como cargos de descentralização do poder do CEO, oferecendo cuidados especializados nos departamentos que comandam.

O que faz um coordenador?

O coordenador está um degrau abaixo do gerente/diretor na hierarquia organizacional. Ele também exerce função de liderança, mas sobre um grupo menor de pessoas. Por exemplo: o departamento de marketing de uma empresa fica sob o comando geral do seu gerente, mas a área de comunicação (que fica dentro do departamento de marketing) fica sob o comando de um coordenador específico.

Assim como o gerente, o coordenador é também um líder, isto é, uma pessoa responsável por organizar os projetos da área, distribuir tarefas, avaliar o desempenho e motivar os funcionários, mantendo-os focados no alcance dos objetivos específicos daquele setor.

O coordenador, como o próprio nome sugere, coordena os seus liderados, prestando auxílio e estimulando cada colaborador a dar o melhor de si em suas atividades diárias. Trata-se de uma posição tática, que demanda autonomia, disciplina e conhecimentos avançados.

O que faz um supervisor?

Em algumas empresas, existe também a figura do supervisor, que aparece um nível abaixo do coordenador. Seguindo o nosso exemplo, podemos ter, portanto, um gerente de marketing, que lidera um coordenador de comunicação, que lidera um supervisor de publicidade (que é uma das estratégias de comunicação).

O supervisor também é um líder, mas de um segmento muito mais específico e de um grupo de pessoas menor do que o coordenador. Ele deve supervisionar o trabalho das pessoas que trabalham com ele, avaliando o cumprimento das metas desses funcionários.

Em comparação com as posições anteriores, o supervisor é considerado alguém mais próximo dos colaboradores, solucionando emergências, ajudando nos problemas do dia a dia, monitorando a sua produtividade, acompanhando a sua assiduidade e pontualidade, entre outros. Em linhas gerais, pode-se dizer que um supervisor lida diariamente com as pessoas e com as suas respectivas atividades.

E agora, quem contratar?

Resumidamente, podemos dizer que os gerentes estão acima dos coordenadores e que os coordenadores estão acima dos supervisores. Todos eles estão em posição de liderança e é preciso que sejam cada vez mais líderes e cada vez menos chefes. Isso quer dizer que o importante é contratar profissionais experientes não apenas em dar ordens e cobrar resultados, mas em verdadeiramente desenvolver pessoas.

Se você tem uma empresa e deseja descentralizar as suas decisões porque a organização está crescendo, contrate gerentes para as principais áreas (marketing, finanças, comercial, recursos humanos etc.). Posteriormente, conforme a empresa cresça ainda mais e seja preciso criar subdivisões dentro desses departamentos, aí sim será preciso contratar coordenadores e supervisores.

Qualquer que seja a estrutura escolhida, o importante é que você analise se ela é funcional na realidade da sua empresa. Nas organizações de pequeno porte, por exemplo, o excesso de hierarquia pode promover lentidão e burocracia, ao invés de ajudar de fato na rotina de trabalho. Já nas empresas maiores, essas subdivisões podem realmente ser úteis e necessárias.

Como você pode perceber, as diferenças entre gerentes, supervisores e coordenadores podem ser sutis. O importante é que sejam pessoas com perfil de líder, e não de chefe. Dessa forma, as empresas devem ser criteriosas na hora de contratar esses profissionais em posição de liderança, afinal de contas, eles são peças essenciais na engrenagem das organizações vitoriosas.

E você, querida pessoa, tinha noção das diferenças entre esses termos? O que pensa a respeito do assunto? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus amigos, colegas e com quem mais possa se beneficiar destas informações, por meio das suas redes sociais!

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