Não é raro nos depararmos com alguém que afirma que a vida seria melhor sem emoções, mas será mesmo que isso é verdade? Por um lado, não haveria sofrimento. Mas por outro, também não haveria a felicidade, a tranquilidade, a paixão. Portanto, o fato é que as pessoas precisam aceitar que as emoções fazem parte da vida.

Em vez de negá-las, a saída para suportar as oscilações sentimentais do dia a dia é aprender a lidar com esses altos e baixos. É por isso que a inteligência emocional tem ganhado tanta importância. Neste artigo, você conferirá 7 segredos importantes sobre essa nobre área do conhecimento. Preparado? Então, boa leitura!

1. Emoções são respostas a estímulos

Você já se perguntou por que as emoções existem? Elas são reações orgânicas, de intensidade e duração variáveis, que surgem em resposta a determinados estímulos. Assim, quando um indivíduo recebe um estímulo, ele sente uma emoção para que possa reagir àquele estímulo de forma adequada.

Por exemplo, se você estiver fazendo uma trilha e se deparar com uma jararaca em seu caminho, a percepção do animal será o estímulo. Provavelmente, esse estímulo provocará uma resposta emocional, que é o medo. O medo é a emoção que nos faz perceber que estamos diante de uma situação perigosa, da qual precisamos nos afastar para proteger a vida.

Isso quer dizer que, ao contrário do que alguns possam pensar, as emoções são importantes para identificarmos se estamos no caminho certo ou se precisamos promover algum tipo de mudança em nossas vidas. Elas podem até mesmo ser uma questão de sobrevivência, como no exemplo acima!

2. Não controlamos o que sentimos, mas controlamos as nossas atitudes

Controlar as emoções é algo impossível. Essas reações não dependem de nós, de modo que tentar ignorá-las ou reprimi-las apenas faz com que mais problemas psicológicos surjam. O que de fato está sob o nosso controle é a atitude. Assim, se encontramos uma cobra venenosa na mata, sentiremos medo, e isso não está sob o nosso controle. Contudo, se vamos fugir ou enfrentar o animal, aí sim a escolha é nossa.

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Dessa forma, ter inteligência emocional não significa “controlar” as emoções, mas compreendê-las. Qual é o nome do que eu estou sentindo? Por que esse sentimento surgiu? Qual é a melhor atitude para lidar com essa emoção?

Ter inteligência emocional é entender as emoções e suas origens, de modo que possamos agir adequadamente, sem que sejamos controlados por elas, perdendo a racionalidade. Uma pessoa emocionalmente inteligente não luta contra o que sente, mas aprende a lidar com a situação.

3. O autoconhecimento é a chave da Inteligência Emocional

Ter autoconhecimento significa conhecer bem a si mesmo. Isso inclui a sua personalidade, o seu estilo de vida, o seu temperamento e as emoções que surgem com mais frequência. A pessoa com elevado autoconhecimento consegue relacionar as emoções que sente às situações que as desencadeiam, identificando determinados padrões.

Essa identificação de padrões ajuda o indivíduo a seguir determinados caminhos que o levem à felicidade e a evitar aqueles que, por sua experiência, já o conduziram a momentos negativos. Por isso, é muito importante que as pessoas estejam atentas às suas emoções e aos momentos em que elas surgem.

Não devemos ignorar os sentimentos, mas devemos ouvi-los e compreender o que eles querem nos dizer. O medo indica que precisamos ser cautelosos. A tristeza indica que algum fato nos afastou da felicidade. A alegria indica que aquele momento e aquelas companhias nos fazem bem. Quando aprendemos a ouvir as nossas emoções, aprendemos também a tomar decisões mais sábias, que nos aproximem do bem-estar.

4. É possível administrar as emoções negativas

Tristeza, raiva, ciúme e medo são apenas algumas das emoções negativas com as quais temos que lidar no dia a dia. Quando elas surgem, precisamos unir razão e emoção para lidar com elas de modo positivo.

Assim, diante desses sentimentos negativos, é importante que nos lembremos de que não há, na vida, sentimento ou acontecimento que dure para sempre. Tudo é temporário. Lembrar-se disso certamente ajuda as pessoas a manter a calma e a não agir de modo impulsivo.

Alguns questionamentos que podem lhe ajudar nesses momentos são: qual é o nome da emoção que eu estou sentindo? Quais acontecimentos despertaram esse sentimento? A intensidade do que eu sinto é proporcional aos acontecimentos? O que eu posso fazer para amenizar esse desconforto? A reflexão que acompanha a emoção torna a experiência mais fácil de ser administrada.

5. Demonstrar emoções não é sinal de fraqueza

Quando nos emocionamos, uma série de reações orgânicas ocorre. A tristeza, por exemplo, pode provocar uma sensação de nó na garganta, a perda do apetite, a desmotivação, a queda de energia, o choro, entre outros. Reprimir essas reações é prejudicial e pode até mesmo agravar quadros da nossa saúde mental.

Portanto, acolha aquilo que você sente e não se culpe pelas suas emoções. Elas são o que te torna verdadeiramente humano, como qualquer outra pessoa. Emocionar-se não é um sinal de fraqueza. Portanto, permita-se sentir e investigar esse sentimento. Não lute contra ele. Ouça o que ele tem a lhe ensinar.

Quando conseguimos expressar aquilo que sentimos, seja por meio do choro, do desabafo ou até mesmo do grito de raiva no travesseiro, conseguimos extravasar e aliviar a intensidade das emoções em nosso ser. Desde que você não faça mal a ninguém e nem a si mesmo, essa expressão emocional é saudável. Com o alívio desses sentimentos negativos, aos poucos, as pessoas recuperam a racionalidade e conseguem encontrar soluções para as suas dificuldades.

6. A autoconfiança pode ser desenvolvida

A inteligência emocional ajuda as pessoas a conhecerem melhor a si mesmas. Quando o autoconhecimento é potencializado, ele permite que o indivíduo determine para a sua vida objetivos que de fato façam sentido para os seus sonhos, os seus desejos, as suas vontades, os seus valores, enfim, aquilo que de fato o faz feliz.

Após a definição dos objetivos, as pessoas precisam planejar as ações que devem ser realizadas para que as metas sejam alcançadas. O alcance de cada uma delas depende do quanto conhecemos as nossas forças e as nossas fraquezas (lembrando que emocionar-se não é fraqueza, OK?).

Por isso, uma pessoa emocionalmente inteligente conhece bem a si mesma e desenvolve a capacidade de lidar adequadamente com as suas emoções. Isso a torna mais autoconfiante, pois ela acredita em suas qualidades para alcançar bons resultados, para fazer escolhas sábias e também para superar os momentos difíceis — a famosa resiliência!

7. O exercício físico e a meditação são excelentes aliados

A prática regular de exercícios físicos tem comprovações científicas de ser benéfica à saúde mental. Isso ocorre porque a atividade física regula os níveis dos neurotransmissores associados ao processamento das emoções, o que nos ajuda a viver com mais felicidade e bem-estar. Por isso, depois de um dia triste ou estressante, muitas pessoas afirmam que se sentem melhores após praticar exercícios físicos, já que eles ajudam a liberar essas tensões.

Outra prática muito benéfica nesse sentido é a meditação. Meditar significa dedicar alguns minutos à sua própria mente, focando apenas na respiração, na posição corporal ou numa música tranquila. Estudos sobre essa prática indicam que a meditação, em longo prazo, ajuda as pessoas a administrarem de forma mais positiva as suas emoções, sem serem “dominadas” por elas. Ela também auxilia as pessoas que estejam passando por quadros como insônia, depressão e transtornos ansiosos.

Em conclusão, o importante para a inteligência emocional é compreender que as emoções não são inimigas, mas reações orgânicas que nos revelam se determinado estímulo é positivo ou negativo. A compreensão dos sentimentos nos ajuda a tomar decisões mais sábias, que nos aproximam da felicidade. A dica final, portanto, é nunca reprimir ou envergonhar-se das suas emoções, mas refletir sobre o significado delas e sobre quais atitudes tomar para que possa viver com mais bem-estar e harmonia!

E você, querida pessoa, se considera alguém emocionalmente inteligente? Por quê? Deixe o seu comentário no espaço abaixo. Por fim, lembre-se de compartilhar este artigo com todos os seus amigos e familiares, por meio das suas redes sociais!