A dor do abuso desvendada: uma análise profunda pelas perspectivas de Freud, Jung e a iluminadora contribuição de José Roberto Marques
No capítulo 7 do seu livro “As 7 Dores da Alma — Curando e transcendendo nossas feridas emocionais”, José Roberto Marques lança uma luz esclarecedora sobre a dor complexa e delicada do abuso.
Analisando essa passagem sob a perspectiva da psicologia freudiana e junguiana, podemos mergulhar mais fundo na maneira como o abuso molda o indivíduo e a sua percepção de si mesmo e do mundo ao seu redor.
Entendendo a dor do abuso sob diferentes perspectivas
Sob uma perspectiva freudiana, a violação do eu pelo abuso e a subsequente culpa que Marques identifica podem ser entendidas em termos do conflito entre o id, o ego e o superego.
O id, que representa os nossos desejos inconscientes, pode ser fortemente influenciado pelas experiências de abuso, levando a um aumento dos sentimentos de culpa que são moderados pelo superego. Além disso, o ego, que atua como mediador entre o id e o superego, pode se encontrar sobrecarregado na tentativa de proteger o indivíduo do trauma psicológico, resultando em uma variedade de “falsos-selfs”, como Marques descreve.
A psicologia junguiana, por outro lado, oferece uma lente complementar para entender o impacto do abuso. A noção de Carl Jung do self e da sombra fornece uma estrutura valiosa para entender o impacto psicológico do abuso. A sombra, que Jung descreve como a parte escura e menos compreendida de nós mesmos, pode se tornar o receptáculo dos sentimentos de culpa e vergonha que resultam do abuso.
Por meio do trabalho terapêutico e do coaching, como Marques sugere, os indivíduos podem começar a integrar esses aspectos sombrios no seu self mais amplo, permitindo uma ressignificação da dor e uma maior aceitação de si mesmos.
A ressignificação da dor
Jung também descreveu o processo de individuação, uma jornada ao longo da vida para identificar o self autêntico e único de um indivíduo. A ressignificação da dor do abuso, conforme descrito por Marques, pode ser vista como uma parte integral desse processo, à medida que os indivíduos aprendem a se libertar da culpa, produzir memórias positivas mais fortes que a dor e aprender a contar uma nova história da sua própria história.
Em suma, o abuso tem um impacto profundo na psique humana, uma verdade claramente reconhecida por Freud, Jung e Marques. Por mais que o abuso possa causar dor e sofrimento incalculáveis, a visão de Marques sobre a possibilidade de ressignificação e cura oferece um caminho para frente, iluminado pelos insights da psicanálise freudiana e da psicologia analítica de Jung.
E você, querida pessoa, já vivenciou a dor de um abuso — pessoal, profissional, psicológico etc.? Como é possível ressignificar essa dor? Curta este artigo e deixe o seu comentário no espaço a seguir!