Você se lembra do “The Sims” e do “Second Life”? Trata-se de universos digitais em que você podia criar um “personagem” virtual para si mesmo, construir uma casa, namorar, trabalhar, ter filhos, enfim, viver em um ambiente virtual e tridimensional que simulava a vida real. Eram considerados jogos no início dos anos 2000, mas serviram de inspiração para o chamado metaverso.

O metaverso é um conceito que as pessoas ainda estão compreendendo e que parece ser o novo capítulo da internet. A ideia é que as pessoas criem os seus “avatares” 3D e possam interagir umas com as outras em um espaço 100% digital, por meio da realidade virtual. Está achando tudo isso muito confuso? Então, fique tranquilo, pois, neste artigo, você vai compreender exatamente que revolução é essa. Boa leitura!

Uma reprodução virtual no mundo real

O metaverso é uma reprodução virtual do mundo real. Trata-se de um conjunto de novas tecnologias que promete inaugurar uma nova fase na internet, em que as pessoas criarão avatares digitais para trabalhar, se divertir, viajar e até se relacionar. A ideia do metaverso é que a experiência seja 3D, ou seja, em 3 dimensões, por meio de óculos de realidade virtual e fones de ouvido.

Isso permitirá que o usuário se sinta dentro da própria internet, aumentando a sensação de estar no mundo real. Nesse ambiente, será possível reproduzir espaços que de fato existem no mundo físico, bem como criar outros. Para transitar por esses espaços e viver nesse universo, será necessário construir um avatar, ou seja, um personagem digital que represente o usuário. Ele poderá escolher características semelhantes a quem a pessoa é na vida real ou criar alguém completamente diferente.

Novas tecnologias

Você já ouviu falar em realidade virtual e realidade aumentada? Pois saiba que o metaverso só será possível devido a essas duas tecnologias. É por meio delas que o usuário poderá interagir com objetos do meio físico e do meio digital. É também com essas tecnologias que o mundo digital poderá estabelecer contato com os objetos do mundo real.

A realidade virtual consiste no uso de óculos 3D, que permitem uma imersão profunda no meio digital, como se essa fosse a realidade. Já a realidade aumentada, por sua vez, é uma adição de elementos digitais ao mundo real. É o que ocorre, por exemplo, no jogo “Pokémon Go”, em que personagens fictícios aparecem nas ruas do seu bairro. A RV constrói uma nova realidade, enquanto a RA adiciona componentes fictícios a uma realidade que já existe.

Universo personalizável

O metaverso deve ser um espaço para socializar, ou seja, em que as pessoas utilizam os seus respectivos avatares para interagir umas com as outras. Assim, será possível conviver, marcar encontros, se relacionar e se divertir nesse ambiente. Também há projetos em andamento para o uso dessas tecnologias na educação e nos negócios.

O Facebook, que agora se chama “Meta”, é a empresa que está à frente do projeto de construção do metaverso. A organização já está fazendo experiências com as novas tecnologias para reuniões de trabalho remotas, por exemplo. No metaverso, elas serão mais naturais do que as atuais videoconferências, pois os avatares poderão se aproximar uns dos outros e interagir com o ambiente. É a rede social sendo elevada a um patamar tridimensional.

“Second Life” 2.0

O assunto pode parecer novidade, mas o jogo “Second Life”, que fez sucesso lá nos anos 2000, já era um prenúncio do metaverso. O jogo simulava a vida real em um ambiente completamente digital, por meio dos avatares. Ali, era possível se relacionar e até mesmo fazer negócios por meio de uma moeda virtual, o que possibilitava a compra de terrenos, roupas e demais objetos para os personagens.

O metaverso promete ser bastante revolucionário nesse sentido, considerando que permitirá aos usuários fazer investimentos em criptomoedas e estimular o empreendedorismo e os novos negócios. No entanto, fica o alerta, pois polêmicas envolvendo o dinheiro virtual ocorreram no “Second Life”, o que demanda uma regulamentação rigorosa antes de o metaverso de fato existir.

Alguns riscos à privacidade

Isso significa que nem tudo são flores no metaverso. O projeto levanta algumas polêmicas, sobretudo no que diz respeito à privacidade dos usuários. A “Meta” é dona do WhatsApp, do Instagram e do Facebook, o que significa que ela tem nas mãos o maior banco de dados das pessoas do mundo inteiro. Os casos recentes de vazamento desses dados têm despertado certa insegurança quanto à privacidade.

Além do mais, o uso de óculos de realidade virtual tende a levar até a empresa informações ainda mais particulares, como traços da personalidade dos usuários e acesso às suas características físicas (pois as tecnologias contam com rastreamento de diversas partes do corpo) — algo que já tem gerado alguma polêmica e, provavelmente, gerará ainda mais.

Sem exclusividade da “Meta”

Por mais que a “Meta” seja a empresa da qual todos falam na liderança do projeto de construção do metaverso, a verdade é que há outras instituições que já manifestaram interesse na edificação desse universo digital. É o caso da “Epic Games”, da “Microsoft” (que inclusive prometeu o uso de avatares 3D nas reuniões do Teams) e da “Roblox”.

Além dessas, a “Nike” também teria manifestado o desejo de comercializar tênis virtuais para os avatares. Por fim, a “Disney”, por meio da “Disney +”, também expressou interesse em participar do projeto, oferecendo aos avatares uma visitação virtual ao seu universo.

Sem previsão de início

Por ser um projeto tão ousado, polêmico e complexo, envolvendo diversas empresas, é natural que não se trate de um universo pronto que surgirá da noite para o dia. Em outras palavras, o metaverso ainda não tem data para começar. Ele depende do progresso das novas tecnologias, como a realidade virtual e a realidade aumentada, além de conexões mais fortes com a internet.

Vale lembrar que a internet 5G ainda está chegando ao Brasil e que a sua distribuição é muito desigual em todo o território nacional. Portanto, trata-se de um projeto de longo prazo, cuja “estreia” ainda não tem data definida. Aguardemos!

E você, querida pessoa, já tinha ouvido falar sobre o projeto metaverso? Já pensou em namorar ou em investir o seu dinheiro em um universo 100% digital? O que pensa sobre o assunto? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!