Todo o movimento de conexão com o estado interior de graça, que gera positividade, abundância e prosperidade, forma-se como o primeiro passo para o alcance dos objetivos, sobretudo financeiros. Mas para que a meta de ter um milhão de reais na conta bancária (ou o valor real do que essa metáfora signifique para você) se concretize, é necessário que a mente focada na riqueza seja auxiliada por estratégias de planejamento.
Não estou falando de nada muito complexo e que só possa ser executado por alguém da área financeira. Falo de aprender a pensar como rico, e também de lidar com o dinheiro de uma forma mais saudável. Uma coisa está ligada a outra, pois ao passo que sua mente se reconfigura, seus hábitos também mudam, é aí que os conhecimentos em planejamento financeiro parecem necessários.
Todo planejamento financeiro considera algo básico que é a relação entre o que se ganha e o que se gasta. Mas há uma variável importante que é o que se investe da parte que se ganha.
Investir é parte básica do mindset milionário, ou seja, pensar que é possível ter retorno de um dinheiro que, aparentemente e momentaneamente, saiu das suas mãos. Um exemplo simples é uma pessoa que quer muito mudar de status financeiro, mas aos 40 anos de idade tem apenas o ensino médio completo. É claro que formação superior não é garantia de saúde financeira, conheço muita gente que com menos da educação básica conseguiu grandes fortunas. Mas talvez isso seja fruto de uma crença que faculdade não gera lucro e sim despesa, que pode ser modificada pela crença de que um curso superior, uma pós-graduação, um mestrado, são investimentos que farão com que a sua hora de trabalho seja muito mais valorizada no mercado, além da legitimidade que isso pode conferir a você como profissional.
A relação investimento/despesa precisa ser bem trabalhada para que você lide com suas finanças de modo que elas rendam e te levem aonde você deseja.
Menos vaidade, mais dinheiro
Vaidade é uma característica que faz parte da natureza humana. Em certa medida todos experimentamos o prazer de nos distinguir dos demais, de nos sentirmos valorizados, aprovados e admirados. Mas ao analisarmos mais a fundo, podemos perceber que a vaidade tem a ver com sentimento de inferioridade, e se sentindo inferior o vaidoso tem necessidade de ser aceito pelos outros, geralmente buscando esta aceitação por meio de bens materiais.
Vaidade é, por definição, algo vazio, vão, alicerçado no vácuo. Vaidade é aparência e aparência é ilusão e não realidade. O vaidoso está inclinado em conseguir uma aprovação das pessoas, por isso se esforça por conseguir atender a todas as expectativas sociais, buscando uma imagem que em nada condiz com sua verdade interior.
A mente milionária pensa em se satisfazer, mas nunca em se exibir. O foco no próprio autoconhecimento e nos próprios objetivos tira o foco das pressões sociais que exigem de nós o carro X, o apartamento no bairro Y e a viagem anual ao exterior. Veja que aqui não estou falando de sonhos, que podem e devem ser realizados, estou falando sobre o quanto nossa mente trabalha para nós ou para o mundo.
A vaidade é um grande problema para quem busca enriquecer. A vaidade nos faz querer mostrar o que temos e o que conquistamos. Ela tira nosso foco do objetivo principal, isso quando o objetivo principal não passa a ser apenas mostrar-se. Nesse caso, deixamos de atrair riqueza com prosperidade, o dinheiro deixa de ser uma solução passando a ser parte dos problemas.
Na vaidade criamos o estado interno de sofrimento, pois vaidade se baseia na comparação. Quando não conseguimos acompanhar as pessoas nos “bens” da moda, como o celular do momento, sofremos. Esse sofrimento nos faz querer mais dinheiro, mas pelo motivo errado.
É possível entender que o propósito de vida é mais importante do que o ganho monetário em si e que ser rico é também um estado de espírito. Partindo desse princípio, entendemos que riqueza é a prosperidade que parte de dentro para fora, é um estado de alma, e como tal, não pode estar submetida à vaidade, à busca por demonstrar uma situação externamente enquanto que internamente habita o vazio. A riqueza é consequência de um estado de consciência superior e não pode estar sujeita à mera exibição. Existe um universo além do que vemos.
Se sua mente funciona dentro de padrões que buscam apenas atender ao que se espera de você, quanto a questões como o carro que você anda, o lugar em que você mora, a faculdade que você estuda, o celular que você usa, talvez você precise repensar suas motivações para se conectar à riqueza. Enquanto suas motivações forem superficiais, você encontrará mais dificuldades do que sucesso. Não se trata, portanto, apenas de ter, mas principalmente e imprescindivelmente de ser –— sabendo que esse ser atrai o ter na medida da evolução pessoal/espiritual.
Dinheiro é consequência da prosperidade e não a sua causa. Se você se move apenas pelo dinheiro você quer ser rico para se mostrar aos outros. Mas quando você tem um propósito maior e não valoriza apenas a aparência, o dinheiro torna-se a recompensa natural pelo seu crescimento pessoal.
Quanto menos você se importar em ter para exibir, mais sucesso financeiro virá, como uma das consequências de um estado interior rico e próspero. E quanto mais você se conectar com esse estado interior, menos obstáculos e frustrações encontrará no caminho da riqueza.
Quanto menos vaidade, menos necessidade de gastar dinheiro com o supérfluo. Quanto menos vaidade, mais essência e menos aparência. Logo, quanto menos vaidade, mais dinheiro.