A neurociência, como o próprio nome sugere, é o campo do conhecimento que promove um estudo científico do cérebro e da mente humana, considerando os seus impactos sobre a nossa fisiologia e psicologia. Os estudos nesse ramo têm se tornado cada vez mais importantes para compreender a origem dos comportamentos humanos e o que podemos fazer para viver com mais saúde e qualidade de vida.
Essa poderosa área do conhecimento está subdividida em 5 campos que se especializam em diferentes pilares do nosso sistema nervoso. Neste artigo, vamos conhecer mais a fundo esses setores e compreender a sua importância. Preparado? Então, siga em frente e boa leitura!
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Neurociência: significado e importância
A neurociência é a área do conhecimento que se dedica ao estudo metodológico e científico do sistema nervoso humano, composto pelo cérebro, pela medula espinhal e pelos nervos periféricos. Ela estuda a anatomia e as funções de todas essas estruturas físicas, mas também analisa os desdobramentos comportamentais dos seres humanos nesse âmbito — pensamentos, sentimentos e atitudes.
Os profissionais da área são chamados de neurocientistas e têm como objetivo compreender mais a fundo como a mente humana funciona a partir dessa central de comando, que é o sistema nervoso. Para isso, estão envolvidas bases biológicas, químicas, psicológicas, pedagógicas e cognitivas.
Trata-se de uma área multidisciplinar que se utiliza de tecnologias computacionais para promover pesquisas e análises imagéticas em questões relacionadas ao cérebro e às estruturas relacionadas. A neurociência é um campo de pesquisa científica do sistema nervoso, enquanto a neurologia é a especialidade médica que diagnostica e trata os problemas desse sistema.
Os 5 campos da neurociência
Agora que você já conhece o significado e a importância da neurociência, conheça um pouco mais dos 5 campos em que ela é dividida: neuroanatomia, neurofisiologia, neuropsicologia, neurociência comportamental e neurociência cognitiva.
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Neuroanatomia
A neuroanatomia é a área da neurociência que estuda a anatomia do sistema nervoso. Dessa forma, os cientistas desse setor estudam a localização de cada estrutura que o compõe, em nível celular, regional e sistêmico. Trata-se de uma das partes mais complexas dessa ciência, justamente porque estuda toda a estrutura do cérebro, da medula espinhal e das terminações nervosas, além dos canais de comunicação entre eles.
Essa área de estudo é obrigatória na medicina, especialmente para aqueles que atuam/desejam atuar na neurologia, na neurocirurgia e até na psiquiatria. Enfermeiros, farmacêuticos, radiologistas e fisioterapeutas também a estudam. A neuroanatomia ajuda todos esses profissionais a diagnosticar lesões, avaliar os seus impactos e propor tratamentos aos problemas de origem no sistema nervoso.
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Neurofisiologia
Se a neuroanatomia estuda a localização e as estruturas que compõem o sistema nervoso humano, a neurofisiologia faz um trabalho complementar: ela estuda as funções exercidas por cada uma dessas estruturas. Ela também investiga as atividades elétricas e bioquímicas das células desse sistema. É esse estudo que permite a apuração das origens de diversos distúrbios de origem neurológica, como a epilepsia e a esclerose múltipla.
Para que isso seja possível, podem ser utilizadas diferentes técnicas e ferramentas, como a eletroencefalografia (EEG), eletrofisiologia e neuroquímica. O objetivo é identificar como as células nervosas (neurônios) se comunicam no cérebro e na medula espinhal, bem como no sistema nervoso periférico (aferindo a sensibilidade e os comandos aos músculos do corpo).
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Neuropsicologia
A neuropsicologia estuda a relação entre a anatomia e a fisiologia do sistema nervoso e os seus impactos sobre o funcionamento da mente humana. Indo além da saúde física, essa área procura compreender como as atividades do sistema nervoso influenciam os comportamentos das pessoas — pensamentos, sentimentos, atitudes, hábitos etc.
O objetivo dessa área é compreender como as estruturas desse sistema são determinantes para diversos processos mentais, como a memória, a aprendizagem, o raciocínio, a atenção, o processamento das emoções e a capacidade de julgamento. Por meio dessa compreensão, a neuropsicologia auxilia no diagnóstico e na análise das possibilidades de tratamento a quaisquer transtornos psicológicos e alterações comportamentais provocadas pela idade ou pelo contexto social de cada indivíduo.
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Neurociência comportamental
Considerada “um braço” da neuropsicologia, a neurociência comportamental se debruça sobre os estudos da conduta humana. Em resumo, ela se dedica a responder à pergunta: “Por que os seres humanos agem do jeito que agem?”. Por mais que muitas das nossas decisões de ação sejam conscientes e motivadas por razões mais ou menos claras, há muitos comportamentos e crenças de origem inconsciente, que precisam ser desvendados e compreendidos.
Essa área do conhecimento ainda estuda o funcionamento e o processo de formação da personalidade e da identidade das pessoas. Ela também se concentra na análise da memória dos seres humanos, da motivação, da aprendizagem e dos processos sensoriais e motores — todos de extrema importância para a manutenção da vida.
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Neurociência cognitiva
“Cognitivo” vem de “cognição”, que é a capacidade de aprender, perceber ou adquirir conhecimento sobre algo. É comum associarmos esse termo ao processo de aprendizagem escolar e ao desenvolvimento infanto-juvenil. De fato, esses momentos fazem parte da cognição humana, mas não são os únicos. Nós estamos sempre aprendendo algo, desde o primeiro até o último dia das nossas vidas.
Dessa forma, em todas as faixas etárias, a neurociência cognitiva estuda os processos do sistema nervoso envolvidos na nossa capacidade de aprendizagem. Ela estuda a memória, a atenção, a linguagem, o pensamento, a criatividade, o raciocínio lógico e até os impactos emocionais sobre a cognição. Inclui, ainda, o papel das experiências passadas e dos 5 sentidos sobre a aprendizagem humana, auxiliando na detecção e no tratamento de distúrbios relacionados.
A neurociência é multidisciplinar, e, muitas vezes, há sobreposição entre as áreas acima, com os pesquisadores trabalhando em colaboração para abordar questões complexas sobre o funcionamento do sistema nervoso. Esse campo científico está em constante expansão e nos ajuda a decifrar os maiores mistérios da mente humana.
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