Colocar-se no lugar do outro. Essa é a essência da empatia e, mais do que isso, é um conselho que aprendemos (ou deveríamos aprender) desde a infância, em combate ao egoísmo. Ser empático, portanto, é entender que o ponto de vista do outro também tem importância, o que nos ajuda a ser mais humildes e menos julgadores.

A empatia tem um papel fundamental na vida pessoal e na vida profissional. Neste artigo, vamos compreender melhor a importância dessa virtude e como desenvolver a empatia no dia a dia. Se você deseja ser mais empático, não perca a leitura a seguir!

O que é empatia e qual é a sua importância?

Em primeiro lugar, precisamos compreender o que significa a empatia, algo que muita gente não entende ou confunde com outros conceitos. A empatia é a capacidade do indivíduo de colocar-se mentalmente no lugar do outro, procurando entender como pensaria, sentiria e agiria se estivesse naquela posição.

Não se trata de um processo fácil, afinal de contas, as pessoas tendem a permanecer, na maior parte do tempo, no seu próprio ponto de vista, que julgam ser o mais apropriado. Por isso, ser empático envolve sair desse lugar e compreender que a vida do outro é diferente, mas que nem por isso tem menos valor.

Essa virtude é importante no contexto das relações humanas. Quando compreendemos o lugar do outro e imaginamos como é estar ali, conseguimos agir de forma menos egoísta e mais disposta a ajudá-lo. Portanto, não é exagero algum afirmar que a empatia nos torna mais altruístas, solidários e generosos. Como seres humanos, dependemos das habilidades uns dos outros, de modo que a empatia nos fortalece enquanto sociedade.

Assim, ela promove relacionamentos mais saudáveis e harmoniosos, melhora a comunicação e cria um ambiente de respeito e compreensão. No trabalho, a empatia contribui para a colaboração, facilita a resolução de conflitos e melhora o clima organizacional.

Já na vida pessoal, ela aprofunda os vínculos e permite uma convivência mais sensível e solidária, tornando a sociedade como um todo mais acolhedora e justa. Isso aproxima os nossos vínculos em família, nos círculos de amizade, na vizinhança, no trabalho e nos relacionamentos amorosos.

Como desenvolver a empatia?

Como citamos, o processo não é simples, mas há alguns meios de exercitar essa habilidade no dia a dia. Confira como desenvolver a empatia!

1. Pratique a escuta ativa

O primeiro conselho envolve compreender que a comunicação é uma via de mão dupla. Infelizmente, as pessoas se preocupam muito mais em emitir a mensagem (falar e escrever) do que em receber a mensagem do outro (ouvir e ler). Dessa forma, precisamos entender que escutar o que o outro tem a dizer é um bom ponto de partida para compreender como é estar no lugar dele. 

Essa escuta deve ser ativa, ou seja, devemos ouvir para compreender, e não apenas para responder. Nesse sentido, ouça o outro com atenção, sem interrompê-lo e sem dar respostas imediatas. Dê espaço para que a pessoa expresse os seus sentimentos e pensamentos.

2. Observe o outro

Além da escuta ativa, é importante que observemos o outro. A comunicação vai muito além do aspecto verbal, ou seja, das palavras escritas ou faladas. Na verdade, o corpo também fala, muitas vezes mais do que a voz.

Por esse motivo, fique atento às expressões faciais, ao tom de voz e à linguagem corporal das pessoas. Esses sinais podem revelar emoções que as palavras não expressam. Assim, eles nos oferecem uma compreensão mais completa da posição do outro, o que nos ajuda a compreendê-lo em maior profundidade.

3. Suspenda os julgamentos

Quando nos comunicamos com alguém, automaticamente passamos os pensamentos, sentimentos e atitudes do outro pelo nosso filtro moral particular. No entanto, precisamos ter em mente que os nossos valores e ideias nem sempre são compatíveis com os do outro. A esse respeito, é fundamental compreender que não somos os donos da verdade e que o que funciona para nós pode não ter o mesmo efeito na vida do outro.

Assim, existe aquilo que nós consideramos correto, mas o outro pode pensar de maneira distinta, e não há certo ou errado. Os seres humanos são complexos demais para que os rotulemos de forma instantânea. Por isso, suspenda esse ímpeto de julgar e tirar conclusões precipitadas sobre os sentimentos e atitudes dos outros. Tente enxergar a situação pelo ponto de vista da pessoa, e não pelo seu.

4. Faça perguntas

Além de ouvir, você pode ter um papel mais ativo na busca pela compreensão do outro. Por isso, além de ficar atento ao relato dele, faça perguntas. Esse processo indica que você está demonstrando interesse, o que pode deixá-lo mais confiante para abrir-se com você. Assim, faça perguntas abertas e mostre um interesse genuíno pela resposta.

Entretanto, alguns cuidados precisam ser tomados. A ideia é que você faça perguntas como um amigo interessado, e não como alguém que está interrogando ou colocando a pessoa contra a parede. Se você perguntar de forma invasiva ou agressiva, isso pode surtir o efeito contrário, dando a impressão de estar julgando a pessoa e prejudicando a interação.

5. Exercite a imaginação

Conforme citamos, a empatia é a capacidade de nos colocarmos mentalmente no lugar do outro, já que isso seria impossível literalmente. Portanto, a empatia depende de uma boa dose de imaginação.

Portanto, coloque-se mentalmente na posição do outro. Como você se sentiria se estivesse passando pela mesma situação? Como falaria? Como agiria? Esse exercício nem sempre é fácil, mas é importante que você se concentre para conseguir colocar-se nesse outro ponto de vista.

6. Aprimore a sua inteligência emocional e o seu autoconhecimento

Conhecer e gerenciar as suas próprias emoções facilita a compreensão dos sentimentos dos outros, o que é essencial para a empatia. Quando uma pessoa conhece bem a si mesma, ela compreende que também tem falhas, o que evita a postura egoísta e de julgamentos que tanto nos impede de sermos empáticos.

Sendo assim, invista em meios de desenvolver o autoconhecimento e a inteligência emocional, como os processos de coaching, psicoterapia, meditação, leituras edificantes sobre o tema etc. São conhecimentos e habilidades que, quando adquiridos, aumentam a nossa compreensão sobre o ser humano e estimulam a humildade e a empatia.

7. Aja com compaixão

Por fim, em consequência de todos os itens acima, lembre-se de agir com compaixão. Não basta apenas entender os sentimentos do outro, mas é preciso também oferecer apoio quando necessário, mostrando preocupação e solidariedade.

Dessa maneira, não importa quem você seja ou qual cargo você ocupe, lembre-se de ser humilde. Como bem-citado pelo fundador da psicologia analítica, o suíço Carl Jung, “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

Para concluir, a empatia é uma habilidade essencial para a construção de relacionamentos mais humanos e significativos, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Ao nos colocarmos no lugar do outro, promovemos a compreensão, a colaboração e a solidariedade, essenciais para uma convivência harmoniosa. 

Portanto, desenvolver a empatia nos torna mais sensíveis às necessidades alheias, fortalece os laços sociais e contribui para a criação de uma sociedade mais justa e compassiva, em que o respeito e o cuidado com o próximo se tornam a base das interações!

E você, querida pessoa, se considera uma pessoa empática? Acredita no poder dessa virtude? Como desenvolver a empatia no dia a dia? Colabore deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!