A ansiedade é o processo em que a mente antecipa as coisas que podem dar errado no futuro, de modo que possamos nos preparar no presente e evitar esses problemas. Portanto, todos nós precisamos de um pouco de ansiedade para que possamos alcançar os nossos objetivos e prevenir diversas situações negativas na vida.

No entanto, quando a ansiedade aparece de forma muito frequente e/ou muito intensa, ela pode desencadear sintomas físicos e psicológicos que a transformam em um transtorno mental. Nesse caso, em vez de ajudar, a ansiedade começa a prejudicar as diferentes áreas da vida das pessoas.

Por mais que esse problema seja mais comum em adultos, ele também pode ocorrer em crianças. Aliás, os quadros de ansiedade infantil têm se tornado cada vez mais frequentes entre os pequenos. Mas quais são os sinais da doença nas crianças? O que causa esse problema nos pequenos? Como identificar se os meus filhos estão sofrendo com esse transtorno? O que fazer se isso de fato estiver ocorrendo? Confira as respostas para essas perguntas no artigo a seguir. Boa leitura!

Como é a ansiedade infantil e quais são as suas causas?

Nas crianças, o transtorno de ansiedade se caracteriza pelo medo do futuro, marcado por uma sensação de apreensão, angústia, desamparo e preocupação. Até mesmo sinais físicos podem surgir, como falta de ar e palpitações. Entre os pequenos, a ansiedade pode ser particularmente prejudicial, pois afeta o seu desempenho na escola, as brincadeiras, o humor e o próprio convívio social.

As causas da ansiedade nas crianças são muito associadas aos ambientes em que ela vive. Assim, acontecimentos estressantes podem ser gatilhos para o surgimento do problema, como: brigas dentro de casa, separação dos pais, pressão excessiva por notas altas, excesso de atividades extracurriculares (sem um tempo adequado para que a criança brinque, descanse e durma), mudanças bruscas na rotina, mudança de escola/cidade, bullying na escola, falecimento de algum familiar, entre outros.

Quais são os sintomas da ansiedade nas crianças?

É fundamental que os pais, responsáveis e professores fiquem atentos ao comportamento das crianças, ao seu estado de humor e àquilo que elas dizem, mesmo que pareça inicialmente algo de pouca importância. Os principais sinais da ansiedade infantil são:

  • Choro excessivo e, muitas vezes, sem explicação;
  • Despertares no meio da noite, em que a criança corre para a cama dos pais assustada;
  • Atitudes incompreensíveis diante de situações cotidianas simples;
  • Alterações nos hábitos alimentares;
  • Apego exagerado aos pais (ou a um deles);
  • Medos sem causa aparente;
  • Desmotivação para ir à escola, para brincar e para estudar;
  • Queda no rendimento escolar.

Esses são os sintomas mais comuns na ansiedade infantil de maneira geral. Além disso, há um tipo específico de ansiedade entre as crianças que é o “transtorno de ansiedade de separação”. Nesse caso, a criança sofre muito quando percebe que vai ficar longe dos pais por algum tempo. Os principais sintomas desse quadro são: dores abdominais, dores de cabeça, náusea e vômitos. Em alguns casos, também podem ocorrer palpitações, tonturas e sensação de desmaio.

Meu filho está ansioso. E agora?

Se os adultos percebem que a criança está ansiosa, a primeira coisa a fazer é manter a calma. Não podemos permitir que a conduta do adulto deixe a criança ainda mais nervosa e preocupada.

Em seguida, acolha a criança, abrace-a (se ela permitir) e faça com que ela se sinta amparada e acolhida. Inicie com ela um diálogo para que a criança explique o que está acontecendo com ela e o que ela está sentindo. Explique que ela pode confiar em você e que você não vai julgá-la. Deixe que ela se expresse sem reprimi-la por chorar e ajude-a a nomear os sentimentos. Fique atento às atitudes da criança e ao que ela diz.

Por fim, cabe aos adultos mostrar às crianças que não há perigo, ou que o perigo não é tão grande quanto elas imaginam. Lembre-se, no entanto, de que noções que são óbvias para os adultos não são tão claras para as crianças, que ainda estão compreendendo o mundo e como ele funciona. Aos poucos, ajude os pequenos a enfrentarem os seus medos, expondo-os gradativamente às situações que despertam a ansiedade. Ajude-os nessa fase de superação, com muita paciência.

Como é o tratamento para a ansiedade infantil?

Se, mesmo seguindo as recomendações acima, você perceber que a ansiedade da criança não foi amenizada, não se desespere. Nesse caso, é importante recorrer ao auxílio profissional de um psicólogo (de preferência com experiência em psicologia infantil) para avaliar adequadamente a situação.

A detecção precoce dos transtornos ansiosos é importante na infância, de modo que eles não se agravem e prejudiquem a vida da pessoa também na idade adulta. O acompanhamento psicológico serve para compreender os medos da criança e ajudá-la a lidar adequadamente com eles.

Além disso, servem também como orientação aos pais e responsáveis, de modo que a família compreenda melhor esse transtorno e saiba como agir diante das crises. Dessa forma, os adultos serão capazes de auxiliar a criança a desenvolver a sua autonomia e a sua inteligência emocional, reforçando as suas conquistas.

Conclusão

Para concluir, é importante ressaltar que os transtornos de ansiedade, por mais que sejam mais frequentes em adultos, também podem afetar as crianças. É essencial adquirir conhecimento e compreender as peculiaridades do quadro na sua manifestação infantil.

Além do mais, cabe aos pais e responsáveis compreender o comportamento dos pequenos desde cedo, de modo que possam identificar e investigar quaisquer alterações de humor ou de conduta que possam apontar para um quadro ansioso. Nesse caso, o auxílio de um psicólogo é fundamental para realizar o diagnóstico e iniciar a psicoterapia infantil.

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