Se você acompanha as notícias e os embates de opiniões quando o assunto é política, muito provavelmente já se deparou com a palavra meritocracia. Esse conceito é bastante complexo, mas não tem sido empregado apenas no mundo da política. Ele também tem aparecido, cada vez mais, na organização das empresas.
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O que é a meritocracia?
A palavra meritocracia significa, em uma análise livre, “o poder do mérito”, ou a capacidade que alguém possui de ser recompensado com base em suas próprias competências. Quem mais se esforçar e alcançar melhores resultados será recompensado, enquanto aqueles obtiverem rendimento inferior, não.
Por exemplo, se uma empresa decide oferecer uma promoção a um funcionário que produz 10 unidades de um produto por dia e não ao seu colega que produz apenas 8, ela está sendo meritocrática em sua gestão.
Por que implantar a meritocracia nas empresas?
A meritocracia nas empresas é uma forma de premiar a produtividade de seus funcionários. Se o aumento salarial ou a promoção for oferecido àqueles que de fato demonstrarem merecimento, isso servirá de incentivo aos funcionários para que deem o melhor de si em suas respectivas funções.
No entanto, há duas observações que precisam ser feitas para que a gestão por meritocracia seja implantada de forma justa. A primeira delas é que só é possível premiar o funcionário com melhor desempenho se todos os “competidores” estiverem em pé de igualdade. Para tanto, é preciso fornecer a todos a mesma infraestrutura, as mesmas habilidades e os mesmos trabalhos. Não podemos colocar um estagiário para competir com o diretor do departamento, certo?
A segunda observação é que, se uma empresa vai premiar alguém por seus méritos, isso significa que ela utilizará critérios de avaliação. Para que a avaliação seja justa, esses critérios precisam ser muito bem esclarecidos a todos. Eles podem incluir: assiduidade, pontualidade, produtividade, empenho, entre outros quesitos.
A empresa deve conduzir essas avaliações de forma transparente para que ninguém se sinta prejudicado. Frases do tipo “ganhou aumento porque é amigo do chefe” não fazem parte de uma gestão meritocrática justa.
Vantagens da meritocracia
A gestão meritocrática, desde que seja conduzida com honestidade, estimula uma competitividade saudável entre os funcionários da organização. Ela leva em consideração o merecimento da recompensa única e exclusivamente por um bom desempenho profissional e não por “apadrinhamentos”.
Como consequência natural, esse esforço coletivo acaba promovendo melhores resultados para a empresa como um todo. Ao recompensar os vencedores, a produtividade e a eficiência da organização são beneficiadas.
As críticas à gestão meritocrática
Para que a meritocracia faça sentido, como citamos anteriormente, é preciso que todos os competidores estejam em pé de igualdade, sem qualquer beneficiamento a alguém.
Numa empresa isso pode ser estabelecido: se todos os vendedores, por exemplo, têm à sua disposição as mesmas informações, o mesmo treinamento, a mesma carga horária de expediente e a mesma infraestrutura (mesa, cadeira, agenda, telefones, internet etc.), é possível oferecer uma bonificação àquele que vender mais no mês.
No entanto, quando falamos na sociedade de maneira geral, o conceito de meritocracia tem recebido algumas críticas. Isso acontece porque os cidadãos de um país não estão em pé de igualdade.
Assim, é mais fácil que alguém que estudou numa escola de qualidade passe num vestibular e encontre um bom emprego do que aquele que não teve a mesma oportunidade. Sempre há exceções, mas, numa sociedade desigual, alguns enfrentam mais obstáculos do que outros.
Dessa forma, se uma empresa promete premiar quem tiver melhores desempenhos, mas seus funcionários estão em condições de trabalho desiguais, a competitividade gerada será injusta e poderá promover conflitos.
Como implantar uma gestão meritocrática nas empresas?
Para evitar que os problemas descritos acima ocorram, as empresas que desejam implantar a gestão meritocrática devem atentar-se aos três pontos a seguir:
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Determine os objetivos com clareza
Ao iniciar uma gestão meritocrática, a empresa deve esclarecer aos seus funcionários quais são as metas que devem alcançadas. Essas metas devem ser possíveis e ao mesmo tempo desafiadoras para que as equipes tenham motivação para darem o melhor de si.
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Determine as métricas de avaliação
Se os funcionários serão avaliados, a empresa precisa deixar muito claros os critérios de avaliação. A bonificação dos funcionários pode ser referente a alguns quesitos como:
- Assiduidade
- Pontualidade
- Quantidade de vendas
- Participação em reuniões
- Participação em treinamentos
- Cursos extras
- Criatividade, resolução de problemas, entre outros aspectos.
Os métodos avaliativos e o prazo da avaliação também deverão ser comunicados pela empresa.
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Comunique as regras e premiações
Tendo definidos os objetivos, prazos, critérios e métodos avaliativos, os gestores precisam comunicar todas essas informações aos seus funcionários. Com todas as regras em mãos, todas as dúvidas devem ser sanadas antes que a nova gestão tenha início.
Por fim, é necessário comunicar qual será a bonificação dos funcionários: promoção, aumento salarial, viagem etc.
Como premiar o esforço?
Quando uma empresa premia o funcionário por um bom trabalho, ele se sente valorizado e, naturalmente, vai dar continuidade ao seu bom desempenho. Há diferentes maneiras que uma empresa pode empregar para reconhecer o bom desempenho de seus melhores funcionários. A seguir, você confere as quatro principais:
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Cargos e promoções
Um cargo mais elevado geralmente traz consigo um desafio profissional mais ousado e uma remuneração maior, especialmente se for um cargo de chefia. Além de ser um importante avanço no currículo do profissional, é também uma maneira de recompensá-lo por sua dedicação, já que a empresa está demonstrando confiança.
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Remuneração variável
Algumas empresas bonificam funcionários, ou mesmo equipes inteiras, com valores financeiros conforme resultados expressivos sejam atingidos, representado pelo termo de remuneração variável. Assim, se num determinado mês recordes de vendas foram batidos, é natural que a equipe de vendas receba um bônus por esse bom desempenho naquele mês.
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Aumento salarial
Quando a hierarquia de uma empresa não permite ou mesmo quando o funcionário não deseja assumir um cargo de liderança, por exemplo, o aumento salarial é uma boa opção de recompensa.
Se o trabalhador consegue manter a constância de seu trabalho, entregando-o sempre em dia e com qualidade cada vez melhor, vale a pena pensar num aumento salarial para ele.
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Experiências
Essa é uma maneira bastante inovadora que as empresas têm de premiar os funcionários com melhor desempenho. Em vez de apostar nos clássicos, como aumento salarial e promoção de cargo, são oferecidas experiências.
Viagens e jantares, por exemplo, podem ser grandes recompensas, desde que façam sentido para o premiado.
Como é possível perceber, a meritocracia tem suas críticas e precisa de uma base sólida, clara e transparente para ser um bom modelo de gestão empresarial. Quando bem empregada, porém, ela pode estimular e motivar cada funcionário da empresa a trabalhar com empenho e despertar o melhor de si e de seus talentos. Dessa forma, toda a empresa ganha.
Ela pode ser uma maneira justa de retribuir e demonstrar gratidão por um trabalho bem executado, premiando aqueles que obtiveram melhores resultados. Quando um profissional sente que é reconhecido, ele cresce em sua carreira, inspira os outros, e a empresa inteira cresce com ele.
Conhecendo melhor o conceito, as vantagens e as maneiras de fazer da meritocracia um modelo de gestão, deixe sua opinião sobre o tema no espaço abaixo. Além disso, não se esqueça de compartilhar esse artigo com quem mais possa se interessar pelo assunto.