O conceito de maturidade é, de acordo com o dicionário, definido como o estágio entre a juventude e a velhice, quando o indivíduo se encontre no ápice de suas habilidades físicas, intelectuais e emocionais. No entanto, a maturidade psicológica nem sempre acompanha a biológica. Existem crianças e adolescentes que demonstram mais sensatez do que muitos adultos.
Pessoas imaturas apresentam muitas dificuldades de relacionamento e, frequentemente, causam problemas e desgastes na relação. Você já teve que lidar com alguém assim, seja no trabalho, na família, no círculo de amizades ou na vida amorosa? Aliás, você sabe reconhecer alguém imaturo?
Neste artigo, você confere uma lista com 10 traços que caracterizam uma pessoa imatura.
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1. Exagero nas respostas emocionais
Pessoas imaturas frequentemente apresentam uma resposta emocional desproporcional aos acontecimentos. Choram com frequência, se desesperam, acumulam raiva ou irritabilidade quando as coisas saem de seus planos, têm dificuldade em aceitar mudanças e ficam impacientes quando as situações não saem do jeito que planejam.
São indivíduos com pouca inteligência emocional, ou seja, têm dificuldade de identificar e administrar suas próprias emoções, bem como de respeitar as emoções do outro. Como assumem um lado mais egoísta, com dificuldade de entender o ponto de vista do outro, comportam-se como a criança que faz birra quando os pais não compram o que ela quer.
2. Repetição de erros
Dizem que a maturidade vem quando desenvolvemos a capacidade de aprendermos com os nossos próprios erros. No entanto, a pessoa imatura se nega a admitir que errou e, portanto, extingue toda e qualquer possibilidade de aprendizado nessas circunstâncias.
Limitando seu aprendizado e sua evolução pessoal, o indivíduo acaba por cometer, repetidas vezes, os mesmos erros, sem modificar seu comportamento. A pessoa entra numa espécie de círculo vicioso de falhas, sem extração de nenhum conhecimento das experiências que vive, permitindo que as mesmas situações ocorram frequentemente.
3. Fuga de responsabilidades e atribuição de culpas
Além de a pessoa negar-se a aprender com seus próprios erros, ela está sempre arrumando justificativas para a sua ocorrência. O problema é que essas justificativas nunca incluem a admissão da culpa, mas consistem em culpar as circunstâncias externas, o que inclui a atitude de outras pessoas, como fazem as crianças.
É um traço típico da imaturidade querer fugir das responsabilidades. Estudar, trabalhar, assumir os erros, cuidar da própria casa, administrar as finanças, zelar por sua saúde, enfim, todas essas obrigações tipicamente adultas são refutadas por quem é imaturo.
4. Insegurança e dependência
Quando alguém evita assumir essas responsabilidades, a pessoa não se permite testar suas capacidades, habilidades e conhecimentos. Essa constante privação de experiências de vida torna o indivíduo cada vez mais inseguro e, consequentemente, menos propenso a abraçar a vida adulta.
A partir desse comportamento, a pessoa passa a depender cada vez mais das ações do outro — que pode ser o pai, a mãe, um irmão, um amigo, um colega de trabalho etc. Essa dependência pode se manifestar de diferentes formas: material, financeira, intelectual e emocional. A pessoa sempre pede para o outro fazer o que é preciso ser feito, ou está sempre pedindo ajuda, pois sua autonomia é insuficiente ou nula.
5. Dificuldade em perdoar
A pessoa imatura, como citado anteriormente, tem uma dificuldade enorme em identificar os próprios erros. Entretanto, ela aponta os erros dos outros com facilidade, enxergando a si mesma em posição de superioridade. Quando alguém comete um erro em sua direção, ela se sente extremamente ofendida, como se ela mesma jamais cometesse algo do gênero.
Por isso, esse tipo de pessoa frequentemente guarda mágoas. Prefere “ter razão a ser feliz”, como se diz popularmente e, por conta disso, tem muita dificuldade de perdoar e de deixar as ofensas de lado. Isso compromete tanto sua vida pessoal quanto profissional.
6. Competitividade excessiva
As crianças geralmente têm esse comportamento competitivo, de desejar ganhar todas as brincadeiras, ter os melhores brinquedos, tirar a nota mais alta na escola. Com o passar do tempo, a maturidade permite que elas entendam que a vida é feita de ganhos e perdas, altos e baixos, e que é preciso saber lidar com esses dois momentos.
A pessoa imatura, porém, tem uma baixa tolerância à derrota ou à ideia de que alguém possa ter uma casa maior, um salário mais alto ou um carro mais moderno, por exemplo. Tudo se torna uma questão de competitividade: o carinho dos pais, o reconhecimento do chefe, as posses materiais, entre outros.
7. Imediatismo e perda de foco
Durante a adolescência e com o advento da idade adulta, é natural que as pessoas adquiram e desenvolvam a visão em longo prazo. Percebemos que é preciso, de vez em quando, sacrificar as vontades do presente em nome de conquistas maiores no futuro, como deixar de comprar uma blusa para fazer uma viagem de férias.
A criança ainda não tem essa capacidade e, por isso, assume uma postura imediatista. Da mesma forma funciona a mente do indivíduo imaturo: ele não sabe esperar e quer ver sempre resultados imediatos. Está sempre atendendo às suas vontades do momento, com dificuldade de fazer planos para o futuro. Mesmo que comece uma atividade mais demorada, como uma dieta ou uma prática de atividade física, tende a perder o foco e a desistir rapidamente.
8. Fofocas, mentiras e comportamentos infantilizados
Pessoas imaturas gostam de falar da vida dos outros quando estes estão ausentes. Mesmo que esses assuntos não tragam nada de construtivo, os imaturos divertem-se em comentar a vida alheia. Na hora de falar de suas próprias vidas, gostam de contar vantagens, aumentar histórias e, frequentemente, mentir para construir uma imagem mais interessante de si mesmos.
Além das fofocas e das mentiras, outros comportamentos infantilizados podem ser identificados. É o caso do exagero emocional, do apego excessivo a determinadas pessoas ou objetos e da dificuldade de lidar com perdas.
9. Dificuldade em receber críticas
Receber críticas é sempre algo desconfortável, independentemente da idade. A questão é que, com o passar dos anos, desenvolvemos a capacidade de diferenciar as críticas construtivas das críticas ofensivas. Aprendemos a reconhecer os indivíduos que querem genuinamente nos ajudar em nosso progresso, separando-os de quem está interessado apenas em julgar, criticar e desmerecer.
As pessoas imaturas encontram dificuldade em fazer essa diferenciação. Por isso, encaram toda e qualquer crítica como ofensa, mesmo aquelas que foram realizadas com a intenção de ajudá-las em seu progresso pessoal ou profissional.
10. Baixa resiliência
A resiliência, na psicologia, é a capacidade que as pessoas têm de recuperar suas forças após um momento complicado para dar continuidade às suas vidas. É o bom e velho “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”.
Esse processo varia de pessoa para pessoa. Entretanto, nos indivíduos imaturos, essa recuperação de suas forças e de sua autoconfiança parece ser mais demorada do que a média. Essa baixa resiliência é consequência de uma mente com pouca inteligência emocional.
A maturidade é um aspecto da existência humana que vem com o tempo, mas também com a nossa capacidade de correr riscos, acumular experiências e adquirir conhecimento. Portanto, se você se identificou com algum desses traços, ou conhece alguém que os possua, saiba que será preciso desenvolver essa maturidade para alcançar melhores resultados, sejam eles pessoais ou profissionais.
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