Excesso de demandas, cobranças por resultados, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, autocobrança para conciliar carreira e vida pessoal, desejo por uma promoção ou aumento, e por ai vai. Esses são alguns dos fatores que levam as pessoas à ansiedade no trabalho. Entretanto, você sabe como vencer a ansiedade? E mais, sabe como fazer com que ela seja benéfica e favoreça os seus resultados?

Bem, muitas pessoas acham que estar ansioso é um problema e que isso representa algum transtorno emocional que pode refletir no desenvolvimento do profissional. De fato, isso pode ocorrer, mas só quando a ansiedade ultrapassa os limites do que é saudável. Até certo ponto, nós precisamos da ansiedade para que possamos agir, prevenir problemas e alcançar objetivos. Apenas o excesso deve ser combatido.

Neste artigo, vamos compreender os prós e os contras da ansiedade no ambiente de trabalho e como podemos agir para mantê-la dentro dos níveis considerados saudáveis. Boa leitura!

Quando a ansiedade é positiva no trabalho?

Confira as principais situações em que um nível moderado de ansiedade faz bem à vida profissional.

  1. O profissional ansioso é aquele que entrega as suas demandas com antecedência e que não deixa o seu trabalho para a última hora. Também é aquele que obedece aos horários e que está sempre pronto para resolver alguma questão pendente, pois observa o ambiente e se prepara para as eventualidades;
  2. A ansiedade positiva aumenta a motivação do colaborador, que, sabendo que será recompensado e reconhecido pelo seu trabalho, o executa com mais detalhismo, comprometimento e satisfação;
  3. Profissionais ansiosos podem ser também mais criativos, pois só ficam contentes quando conseguem solucionar os problemas e ter as respostas de que precisam. Isso os torna muito mais dinâmicos e proativos;
  4. A ansiedade também pode ser benéfica quando motiva o colaborador a buscar constantemente novos conhecimentos e habilidades que o ajudem a crescer na carreira e a fazer ainda melhor o seu trabalho. Essa fome de vitória é que não os deixa cair em uma zona de conforto e os incentiva a buscar evolução continuamente;
  5. Profissionais ansiosos querem crescer na carreira, alcançar novos cargos na empresa e acumular o máximo possível de experiências. São ávidos por novidades e costumam aplicar tudo o que aprendem no seu dia a dia.

Quando a ansiedade no trabalho faz mal?

Quando a ansiedade passa do limite considerado saudável, todos os benefícios acima citados se perdem e dão lugar a uma série de consequências negativas. Nesse caso, o profissional pode ficar com um medo tão grande do sofrimento que ele deixa de arriscar, de estudar, de assumir projetos, de defender ideias, enfim, de se destacar. Além disso, ele pode ficar mais introspectivo e até mesmo desanimado, perdendo a motivação para agir e para socializar com os colegas.

O colaborador também pode sentir os efeitos desse estresse de forma tão intensa que começa a atrasar-se, a faltar e a procrastinar a realização das suas obrigações. A ansiedade excessiva também pode comprometer a organização, a memória e a capacidade de raciocínio das pessoas, o que prejudica a qualidade das suas atividades. Por fim, os sintomas físicos e emocionais da ansiedade podem torná-la um transtorno mental, que demanda tratamento médico e acompanhamento psicológico.

Como manter a ansiedade no trabalho em níveis funcionais?

Para evitar que as consequências negativas da ansiedade sejam sentidas no trabalho, é importante seguir as dicas a seguir.

  • Organize a sua rotina e o seu ambiente. Ninguém merece trabalhar em um local caótico, em que você demora horas para encontrar um objeto ou um arquivo — físico ou digital;
  • Tenha um caderno ou aplicativo informatizado para registrar as suas tarefas, definindo uma ordem de prioridade entre elas e registrando a sua conclusão. Faça uma coisa de cada vez;
  • Converse com o seu gestor sobre as suas demandas. Seja realista sobre as suas capacidades e não assuma mais funções do que você é capaz;
  • Faça coaching voltado à carreira, de modo que você possa fazer escolhas profissionais mais compatíveis com os seus interesses e habilidades, além de definir objetivos realistas, alcançando-os de modo mais organizado e estratégico;
  • Peça ajuda sempre que necessário. Você não precisa saber fazer tudo no trabalho sozinho;
  • Faça pausas para descanso. O excesso de horas trabalhadas em seguida prejudica as suas capacidades mentais e gera cansaço e estresse;
  • Não leve as críticas recebidas para o lado pessoal. Faça dos feedbacks recebidos uma oportunidade de melhorar;
  • Não tenha medo de errar. Por mais que o erro seja indesejável, ele é um sinal de que você está tentando crescer na empresa e sair da zona de conforto;
  • Se você estiver em uma ambiente de trabalho marcado pela competitividade excessiva entre os colaboradores, pelo assédio entre colegas, pelo autoritarismo dos chefes, pelas jornadas de trabalho exaustivas e pela ausência de reconhecimento do seu valor, mude de emprego. Você não merece permanecer nesse lugar;
  • Se a sua ansiedade estiver provocando sintomas físicos e emocionais que prejudicam o seu desempenho no trabalho e a sua qualidade de vida, procure ajuda especializada, com psicólogos e médicos psiquiatras.

Conclusão

Como podemos perceber, se catalisada de modo correto, a ansiedade pode ser um reforço positivo nos resultados de todo profissional. O caminho aqui é o do meio, do equilíbrio, e nunca o do exagero, em que, por conta da ansiedade excessiva, a pessoa se sente mais desgastada do que motivada.

Tudo depende do modo como encaramos e utilizamos aquilo que temos a nosso favor. Se, por exemplo, você se sente ansioso e isso está “maltratando” você, ressignifique e pense nas formas de substituir esse sentimento ruim por estímulos positivos. Aos poucos, e por meio dos seus resultados, você verá como isso faz todo sentido. Permita-se!

E você, ser de luz, como tem administrado a sua ansiedade no trabalho? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!