A vida nas empresas é bastante complexa, tendo em vista que o ser humano é naturalmente complexo. As organizações reúnem pessoas por suas competências profissionais, e não simplesmente porque elas criaram laços de afinidade entre si. Pessoas que nunca antes se viram na vida de repente se veem obrigadas a trabalhar lado a lado.
Esse processo é um desafio e, no relacionamento entre colegas, as empresas frequentemente se veem diante de uma dúvida estratégica: é melhor estimular a colaboração ou a competição entre as equipes da organização, ou mesmo entre os colegas de uma mesma equipe?
Em linhas gerais, a maior parte dos profissionais da área de gestão de pessoas segue a cartilha clássica de recomendar a colaboração. Ela sempre é bem-vinda e não tem contraindicações. Mas e quanto à competição? Será que há circunstâncias em que ela pode ser benéfica? Para saber mais sobre o assunto, continue a leitura a seguir!
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A importância da colaboração
Colaborar significa fazer a sua parte, de preferência ajudando também os colegas de equipe. A essência da colaboração consiste na compreensão da ideia de que os objetivos individuais jamais devem vir acima dos objetivos coletivos. Portanto, a primeira coisa que um líder deve fazer para estimular a cooperação nas empresas e a comunicação dos objetivos a serem alcançados.
Depois, é essencial distribuir as tarefas e explicar de que maneira cada colaborador é importante para que bons resultados possam ser obtidos. A cooperação mais básica surge quando cada um cumpre o seu papel, com dedicação, trabalho de qualidade e pontualidade.
Além dessa cooperação básica, também podemos ir além. É o que ocorre quando um colaborador ajuda um colega em dificuldades. Mesmo que aquela não seja a sua função, ele pode compartilhar os seus conhecimentos e até mesmo a sua força de trabalho (desde que ele já tenha concluído as suas próprias atividades) para ajudar esse colega.
Quando um funcionário ajuda o outro, cria-se uma relação de companheirismo e de gratidão. Assim, quando ele estiver em apuros um dia, o colega que foi ajudado poderá retribuir o favor, se estiver ao seu alcance prestar esse auxílio. Portanto, a colaboração fortalece não apenas a produtividade, mas também as próprias relações estabelecidas entre os membros da equipe.
A competição pode ser útil?
A competição, por sua vez, é o processo em que duas ou mais pessoas entram em combate, de modo que apenas uma delas saia vencedora. Geralmente, ela é vista como algo negativo, pois, se não houver regras e limites, pode estimular posturas agressivas e até mesmo desleais entre os competidores.
No entanto, é possível, sim, que a competição seja útil. Em um time de futebol, por exemplo, pode acontecer de dois ótimos jogadores ocuparem uma mesma posição, de modo que apenas um será o titular, enquanto o outro ficará no banco de reservas. Essa situação estimula os dois envolvidos a darem o melhor de si nos treinos, com o objetivo de impressionar o técnico. Ainda que só um seja o vencedor, é fato que os bons treinos promovem melhorias técnicas, o que facilita o trabalho do time inteiro.
O mesmo vale para uma empresa. Digamos que dois vendedores estejam em uma competição para saber quem faz mais vendas em uma semana. É fato que o contexto da competição os estimulará a dar o melhor de si, seja para vencer uma aposta, seja para ser promovido, ou algo do gênero. Só um será o vencedor, mas a empresa inteira será beneficiada, afinal de contas, os dois vendedores certamente exibirão desempenhos acima da média para alcançar o objetivo em questão.
3 recomendações para uma competição saudável
As competições podem ser úteis, mas isso não significa que toda competição seja saudável. Há momentos em que elas são desnecessárias ou deliberadamente prejudiciais à organização. Por isso, é necessário definir determinados limites a esse contexto. Na sequência, você conferirá 3 recomendações para manter as competições em níveis seguros e saudáveis.
1. Defina regras e deixe-as bem claras aos envolvidos
A competição pode até ser bacana entre os membros de uma equipe, mas é importante mantê-la dentro dos limites éticos e morais. Sendo assim, qualquer atitude feita para deliberadamente prejudicar um colega e, como consequência, a equipe inteira, deve ser punida.
As regras da competição devem estar bem claras, de modo que ninguém aja sem transparência. A competição só é bacana quando cada um dá o melhor de si, o que não inclui recorrer a meios imorais, como causar dano ao outro. Portanto, certifique-se de que a competição não “suba à cabeça” de ninguém, a ponto de agir de má-fé.
2. Utilize estímulos positivos
A ideia de uma competição é que haja um prêmio ao vencedor, e não uma punição ao perdedor. Portanto, se a sua empresa quiser fazer uso desse recurso, é importante estabelecer esse prêmio, que pode ser um jantar, uma viagem, um aumento salarial ou, quem sabe, uma promoção para um cargo mais alto.
No entanto, jamais crie uma competição para definir quem será demitido ou quem terá o salário reduzido. A ideia das competições é estimular as pessoas a se esforçarem, e não a agirem com base no medo e na ameaça. Isso seria uma crueldade enorme e uma utilização negativa da competição.
3. Abandone a estratégia se os limites forem ultrapassados
Muitas empresas recorrem às competições, com promessas de bonificações aos que apresentarem os melhores desempenhos, para estimular a produtividade. Todavia, se essa estratégia começar a provocar conflitos, fofocas, vaidades, orgulhos feridos e ações desonestas, abandone imediatamente a ação.
Isso é sinal de que a sua equipe não tem maturidade para embarcar em uma competição. Infelizmente, isso ocorre em alguns casos, e é preferível acabar com a competição, antes que ela produza consequências desastrosas.
Uma questão de equilíbrio
Entre a competição e a colaboração, tudo depende da sua capacidade como líder de equilibrar as duas forças e de verificar se a sua equipe tem maturidade para participar de uma competição. A colaboração, como citamos, não tem contraindicações, pois deve sempre fazer parte da vida de qualquer empresa.
Quanto à competição, ela até pode ser benéfica, desde que a sua equipe seja madura o suficiente para vivenciá-la com honestidade e desde que as 3 recomendações acima sejam postas em prática. Caso contrário, ela pode ser mais nociva do que benéfica. Portanto, avalie as circunstâncias e defina bem as regras do jogo.
E você, ser de luz, prefere a competição ou a colaboração? Qual das duas estratégias você acredita que promove mais benefícios para as organizações? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!