O trabalho é um meio de obter o sustento das pessoas, além de poder ser também um meio de concretizar o seu propósito de vida e ser feliz. No entanto, alguns cuidados precisam ser tomados no exercício das profissões, caso contrário, podem provocar acidentes e doenças ocupacionais.

Neste artigo, vamos entender o que são doenças ocupacionais, quais são os principais exemplos, quais são as causas dessas doenças e o que é possível fazer para prevenir o problema. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

Doenças ocupacionais: o que são?

As doenças ocupacionais são qualquer problema que afete a saúde física ou mental de um indivíduo em decorrência da sua atividade profissional. Essas doenças estão entre os principais motivos de afastamento dos colaboradores das empresas, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Esses dados ficam ainda mais impressionantes quando incluem os acidentes de trabalho, que não são doenças ocupacionais, mas que estão sujeitos às mesmas leis ao trabalhador. Em geral, as doenças ocupacionais são provocadas por movimentos repetitivos, exposição a agentes nocivos à saúde, sobrecarga, estresse, ruídos excessivos, entre outros fatores.

Quais são os principais exemplos de doenças ocupacionais?

Confira, na sequência, 6 exemplos bastante conhecidos de doenças ocupacionais.

1. LER/DORT

LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são lesões físicas decorrentes de posturas inadequadas e movimentos repetitivos, como tendinites e inflamações locais. As siglas são distintas, mas se referem basicamente à mesma coisa. A melhor maneira de evitar esses problemas é investir em ergonomia, ou seja, em móveis e equipamentos adequados ao desenvolvimento das atividades, respeitando o corpo de cada colaborador.

2. Dorsalgias

As dorsalgias são problemas de saúde física que acometem especificamente a coluna, como as hérnias de disco. Esses problemas surgem quando o trabalhador força excessivamente o tronco, como ao carregar objetos pesados. Também podem ser causados por movimentos repetitivos e posturas inadequadas. Dessa forma, as dorsalgias podem ser prevenidas basicamente da mesma maneira que os casos de LER/DORT. Pausas para alongamentos também são meios eficazes de prevenção.

3. Transtornos mentais

Nos ambientes de trabalho que são desorganizados, em que as demandas são excessivas, em que os líderes são autoritários e em que os colegas competem uns com os outros, problemas de saúde mental podem surgir. Estresse, depressão, ansiedade e transtorno do pânico são exemplos de condições associadas a metas inalcançáveis, pressões elevadas, bullying, assédio, remuneração inadequada, ausência de perspectivas de crescimento, entre outros fatores.

4. Transtornos das articulações

Lesões nas articulações podem ser causadas por movimentos repetitivos, obesidade, sedentarismo, posturas inadequadas e mobiliário não adaptado. Essas lesões, quando ocorrem durante o exercício da profissão, são caracterizadas como doenças ocupacionais. Dessa forma, os investimentos em ergonomia e a realização de pausas para descanso e alongamento são meios fundamentais de prevenir o problema.

5. Varizes nos membros inferiores

As varizes são um problema em que as veias, sobretudo dos membros inferiores, ficam dilatadas, tortuosas e superficiais, logo abaixo da pele. Elas provocam dor e desconforto em alguns casos, sendo um indicativo de problemas circulatórios. Como doença ocupacional, esse problema tende a surgir em indivíduos que trabalham permanecendo muito tempo na mesma posição, tanto em pé como sentados. É uma doença que também pode ser agravada pela falta de ergonomia e pelo sedentarismo.

6. Transtornos auditivos

Por fim, os transtornos auditivos também podem ser considerados doenças ocupacionais. Nesse caso, as lesões ao sistema auditivo são provocadas especialmente nas fábricas, por exposições a ruídos elevados de forma contínua ou a produtos químicos, como solventes. Protetores auriculares aos trabalhadores, máscaras faciais e ventilação adequada para espaços fechados são as melhores maneiras de evitar que esse tipo de doença ocorra.

Quais são as principais causas dessas doenças?

Ao ler o descritivo das doenças ocupacionais acima, já deu para ter uma noção geral das causas desses problemas, que dependem, sobretudo, da infraestrutura das empresas e do próprio clima organizacional. Confira os principais fatores desencadeantes dessas doenças.

  • Movimentos repetitivos;
  • Posturas inadequadas durante o trabalho;
  • Pressão excessiva por resultados;
  • Levantamento excessivo de peso;
  • Sedentarismo;
  • Assédio e bullying no ambiente profissional;
  • Situações de estresse acentuado;
  • Exposição a ruídos elevados;
  • Exposição a agentes nocivos à saúde, como produtos químicos;
  • Ausência de limpeza, higiene e ventilação adequada nos ambientes de trabalho;
  • Ausência de EPIs — Equipamentos de Proteção Individual para atividades de alto risco;
  • Problemas de ergonomia — mobiliário inadequado às atividades.

Como esses problemas podem ser prevenidos?

Basicamente, a prevenção das doenças ocupacionais é feita por meio da resolução de todas as causas apontadas acima. Dessa forma, podemos adotar as seguintes iniciativas preventivas:

  • Reforçar a importância do uso dos EPIs, por meio de campanhas de conscientização, treinamentos e palestras;
  • Explicar os riscos aos quais cada profissional está exposto, conscientizando-os acerca dos cuidados a serem tomados;
  • Padronizar processos empresariais, de modo que sejam mais seguros, simples e objetivos;
  • Investir na capacitação contínua dos colaboradores, para que desenvolvam diferentes conhecimentos e habilidades e ajam com mais cuidado;
  • Realizar exames periódicos para atestar a saúde dos profissionais;
  • Incentivar a adoção de hábitos saudáveis dentro e fora da empresa, como a prática regular de atividade física, o descanso e a alimentação balanceada;
  • Desenvolver ações de combate ao sedentarismo e às más posturas, como a ginástica laboral;
  • Conscientizar o público interno da empresa sobre a importância do respeito e do bom relacionamento interpessoal para resolver os conflitos do dia a dia, prevenindo o bullying e o assédio — definindo também regras bem claras dentro da empresa;
  • Abrir um canal de comunicação acessível a todos, junto à área de RH, para resolver os problemas de relacionamento entre colaboradores, bem como demais reclamações acerca de desorganização, demandas excessivas, mobiliário inadequado etc.;
  • Acompanhar adequadamente o expediente dos colaboradores, certificando que os direitos trabalhistas sejam respeitados — como férias, descansos semanais e limites às horas extras;
  • Promover lideranças humanizadas, que não sobrecarregam ou desrespeitam os liderados.

Colocando todas as dicas acima em prática, você será capaz de prevenir as doenças ocupacionais, garantindo mais saúde e qualidade de vida a todos os seus colaboradores!

E você, ser de luz, já passou por algum momento de doença ocupacional? Como o seu lugar de trabalho atua na prevenção desses problemas? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!