O estresse e a ansiedade são dois problemas muito parecidos. Por isso, com alguma frequência, as pessoas afirmam que estão sofrendo por um, quando, na verdade, o seu problema é o outro. Os sintomas parecidos geram essa confusão.

Neste artigo, você vai compreender as diferenças entre esses dois conceitos e o que é possível fazer para evitar essas questões, que, de tão populares, já estão sendo consideradas os males do século. Para saber mais sobre o tema, continue a leitura a seguir!

O estresse e as suas causas

estresse é um mecanismo que produz certas respostas no organismo devido a um estímulo. A causa desse desconforto pode inclusive não ser conhecida. As razões que levam uma pessoa a sentir-se estressada são muito variadas e podem ter origem interna ou externa.

Quando os nossos próprios pensamentos, por exemplo, estimulam o estresse, ele é de motivação interna. Por exemplo, se você estava calmo e relaxado, mas, de repente, um pensamento intrusivo faz com que você se lembre das tarefas atrasadas que você tem de entregar ou de uma situação do passado que lhe causou raiva, isso pode acabar lhe trazendo sintomas de estresse.

Tudo isso faz com que você saia de um estado de calma para um estado de agitação e nervosismo. Por isso, devemos estar sempre atentos aos nossos processos mentais, com o intuito de administrá-los melhor e não permitir que nos afetem. As causas do estresse que surgem internamente variam de pessoa para pessoa, devido à sua história pessoal, ao seu mindset e a como encara as situações inesperadas inerentes à vida.

Já as causas externas são aquelas que estão fora do controle do indivíduo. O acaso, as outras pessoas e até mesmo o clima podem ser fatores exteriores que impactam negativamente a vivência e o estado emocional de uma pessoa. Isso também faz parte das nossas vidas, e, em situações como essas, às vezes, não há nada que possamos fazer a respeito. Temos apenas que aprender a lidar com as diferentes circunstâncias.

PSC

Uma pessoa que o fechou no trânsito, o seu chefe que está cobrando mais eficiência e produtividade em um tempo mais curto, as crianças gritando, o barulho das obras — tudo isso são fatores externos dos quais, por mais que você tente se antecipar, às vezes simplesmente ocorrem, e não há nada que possamos fazer para impedi-los.

O estresse como mecanismo de defesa da humanidade

A única coisa que podemos fazer é escolher a maneira como vamos responder a isso: vamos deixar que essas situações nos perturbem e nos coloquem para baixo ou vamos aprender a contornar as dificuldades e tirar lições poderosas delas? Saiba que, verdadeiramente, você é o autor de sua vida, e o modo como reage aos problemas depende de você e de seu mindset.

Independentemente da causa, interna ou externa, o estresse faz parte da natureza humana. Quando os nossos antepassados ainda viviam nas cavernas e dependiam da caça para a alimentação e a sobrevivência, o estresse era fundamental, possivelmente a diferença entre a vida e a morte. Ao encarar um animal que tentava feri-los, o corpo reagia liberando hormônios como a adrenalina para que esses homens e mulheres primitivos conseguissem se defender.

Isso fazia o seu coração acelerar e o sangue fugir da face para partes do corpo que precisam de mais sangue, como as pernas ou braços. Todas essas reações serviam para que o indivíduo tivesse mais chances de sobreviver, ao decidir ficar e enfrentar a ameaça ou fugir.

Entretanto, no mundo moderno, não é comum enfrentarmos situações como essas usualmente. O que acaba nos estressando são os muitos problemas inerentes ao dia a dia, e, claro, a maneira como encaramos essas situações pode determinar a maneira como o nosso corpo responde.

Estresse e ansiedade: sintomas parecidos, mecanismos diferentes

Os sintomas do estresse podem incluir palpitações e possivelmente problemas cardíacos, dores de cabeça, sudorese, distúrbios digestivos, dificuldade para relaxar e alterações nos padrões do sono. Esses sintomas característicos dos diferentes tipos de estresse, principalmente aqueles que acompanham o sujeito por longos períodos de tempo, são iguais ou muito semelhantes aos da ansiedade.

Os dois, na verdade, andam lado a lado. A ansiedade crônica pode levar a pessoa a se estressar, e o estresse pode levar a pessoa a ficar ansiosa ou a despertar a sua ansiedade.

Por exemplo: no caso de uma pessoa que tem muitas tarefas do trabalho para entregar em um prazo apertado, os afazeres em si lhe causam estresse, e ela pode ficar ansiosa pelo prazo, imaginando que não vai conseguir dar conta de tudo. Além disso, podem passar pela sua mente as terríveis consequências que isso lhe trará, o que só lhe causará ainda mais estresse.

Portanto, além de terem sintomas físicos parecidos, a ansiedade e o estresse são parte de um ciclo que pode não terminar nunca. Um leva ao outro. Ficamos ansiosos, e isso nos estressa, e vice-versa. A diferença é que o estresse é uma resposta a uma ameaça do presente, enquanto a ansiedade é um sofrimento antecipatório, ou seja, que surge porque imaginamos um futuro negativo.

É como se a ameaça que estamos criando nas nossas mentes, sobre o futuro, originária da ansiedade, estivesse acontecendo agora, o que manifesta certas reações fisiológicas típicas do estresse. No caso da ansiedade, isso quer dizer que o nosso corpo se prepara para lutar ou fugir de uma ameaça que na verdade nem existe, que é criação do pessimismo na nossa mente. Da mesma maneira, ficar estressado pode nos gerar ainda mais ansiedade, piorando os sintomas e a situação catastrófica.

É hora de pedir ajuda!

Se você sentir que o seu estresse e a sua ansiedade estão fugindo do controle e atrapalhando o seu cotidiano, a realização das suas tarefas, os seus relacionamentos e o seu bem-estar geral, procure ajuda médica especializada. Se não tratados, a ansiedade e o estresse podem ter graves consequências à saúde, como a hipertensão e infartos.

Dessa forma, além de procurar ajuda especializada, faça uso de práticas, como a meditação, que o trazem para o momento presente e o conectam com o seu corpo e com o seu “eu interior”, buscando lidar com as situações do cotidiano e aquelas que ainda estão por vir, com mais serenidade, calma e paciência. Lembre-se de que, para lidar com qualquer problema, é preciso ter a mente em paz e menos turva.

Portanto, tome as rédeas dos seus pensamentos, de modo a permanecer no presente, procurando olhar as perspectivas futuras e atuais com mais otimismo e positividade, evitando a ansiedade e o estresse desnecessários.

E você, querida pessoa, o que tem feito para lidar com o estresse e com a ansiedade no seu cotidiano? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

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