Ser um líder é muito mais do que ser um chefe. Não basta estar num cargo de chefia para ser considerado um líder. A liderança exige a adoção de uma postura que inspira, que cativa, que motiva e que orienta todos os membros da equipe. Ela demanda que o líder estabeleça metas e compartilhe-as com todos, de modo que cada um seja capaz de dar a sua contribuição, conforme a posição que ocupe.
Ser um líder nos dias de hoje é muito mais do que dar ordens e delegar tarefas, pois há muitos outros desafios envolvidos. Você sabe quais são eles? Continue a leitura deste artigo e descubra.
1. Contratação e retenção de talentos
O primeiro desafio de um líder é montar uma equipe competente e produtiva. Para que isso aconteça, o líder deve entender qual é o objetivo da área que ele lidera e quais são os cargos que devem compor essa área. Depois, o líder deve também listar todas as competências e habilidades necessárias em cada um desses cargos. Por fim, ele deve conduzir processos seletivos que permitam a contratação de pessoas compatíveis com o perfil exigido pela vaga.
Além disso, tão importante quanto fazer uma contratação adequada é reter essa pessoa na empresa. A retenção de talentos consiste no desenvolvimento de estratégias para que a pessoa deseje manter-se na empresa e evoluir junto com ela. Esse processo geralmente envolve planos de crescimento e bonificações por desempenho, de modo que esse funcionário mantenha-se motivado. Assim, a empresa evita uma rotatividade muito alta dentro do setor, turnover, o que é sempre prejudicial.
2. Desenvolvimento de pessoas
Cabe ao líder dar espaço e ferramentas para que cada membro de sua equipe consiga se desenvolver e prosperar, junto com a empresa. Por isso, esse líder deve avaliar constantemente o trabalho do funcionário e acompanhar a sua evolução. O líder não pode apenas delegar uma função e “abandonar o barco”. Ele deve fazer parte do dia a dia das pessoas, prestando auxílio, dando orientações e tirando dúvidas.
Além disso, há outros meios pelos quais o líder pode atuar no desenvolvimento de pessoas: oferecendo treinamentos e cursos, atribuindo atividades diferentes e mais desafiadoras, propondo um plano de carreira interessante para o funcionário e para a empresa, entre outras estratégias.
Um bom líder preocupa-se com a evolução de cada membro de sua equipe. Quando cada um deles evolui individualmente, todo o setor e, consequentemente, toda a empresa progridem junto com ele, afinal de contas, toda organização consiste num somatório de forças individuais.
3. Pensamento estratégico
Todo líder precisa fazer um plano estratégico para a empresa, para o departamento ou para o projeto que esteja coordenando. Esse plano estratégico envolve os seguintes itens:
- Objetivos;
- Prazos;
- Recursos necessários (humanos, financeiros, estruturais e tecnológicos);
- Estabelecimento de parecerias;
- Ações a serem desenvolvidas e os responsáveis por cada uma delas;
- Justificativas de cada ação implementada;
- Resultados esperados;
- Avaliação de desempenho;
- Correções e ajustes.
Tudo o que se faz numa organização precisa passar pelos nove itens acima. Se qualquer um deles não for realizado, certamente, o projeto enfrentará problemas e possivelmente deixará de alcançar os resultados esperados. Cabe ao líder fazer o planejamento estratégico de cada projeto e mostrar a cada membro de sua equipe onde ele “se encaixa” nas atividades que serão desenvolvidas.
4. Feedback
Um dos maiores desafios dos líderes, na atualidade, é oferecer o feedback, ou seja, contar ao funcionário como está sendo o seu desempenho. Para que isso aconteça, o líder precisa ter bem claro o que se espera daquele cargo e como foi, de fato, o desempenho do profissional, de modo que possa estabelecer um comparativo.
O ideal é que o feedback seja feito de forma individual, especialmente se for uma avaliação negativa. Cabe ao líder mostrar os acertos do profissional, como forma de reconhecer os seus méritos e de motivá-lo, mas também mostrar os pontos que poderiam ser melhores.
É importante que esse momento seja conduzido com muita clareza e objetividade, sem esconder nada do funcionário, afinal de contas, ele tem o direito de saber onde precisa ficar mais atento. Entretanto, é fundamental que esse processo ocorra com respeito e dignidade, afinal de contas, há um ser humano por trás desse profissional.
5. Motivação e inspiração
Um bom líder não resume a sua atuação à parte racional dos projetos. Além de distribuir tarefas e avaliar tecnicamente o desempenho de cada colaborador, o líder também deve se preocupar com as questões emocionais da equipe.
O ambiente é harmônico? As pessoas se sentem à vontade para propor soluções e serem elas mesmas em âmbito profissional? A comunicação é clara e direta? A equipe se sente animada e empenhada na execução das atividades ou faz tudo por obrigação?
É claro que um ambiente de trabalho não é um parque de diversões, mas o líder precisa demonstrar ânimo e confiança na capacidade de cada um dos seus liderados. Assim, eles perceberão que há alguém que confia e que acredita em todos os seus potenciais, o que, naturalmente, contribuirá para uma produtividade mais alta.
Líderes apenas não devem se esquecer de que o maior fator motivacional é um bom exemplo. Assim, não pode haver grandes lacunas entre aquilo que o líder diz e aquilo que ele faz.
6. Mediação de conflitos
Onde existem pessoas discutindo estratégias para alcançar um objetivo, existe conflito. O conflito no ambiente corporativo pode ser algo positivo quando as pessoas discutem as melhores maneiras de se conduzir uma tarefa, pesando os prós e contras de cada opção. Isso lhes permite chegar à melhor solução possível.
Contudo, quando há vaidade, briga de egos, inflexibilidade e egoísmo, as competições saudáveis tornam-se rivalidades que destroem o clima organizacional, tornando o ambiente pesado e desagradável.
Nesse caso, o líder deve atuar com a imparcialidade de um juiz para entender o motivo do embate e punir os envolvidos pelas condutas que forem julgadas como inadequadas. Isso deve ser feito por meio de um diálogo franco e honesto, sem que o líder “entre” na briga. Para isso, ele precisa ter uma inteligência emocional muito bem desenvolvida, de modo a estimular o mesmo comportamento nos seus liderados.
7. Criação de sucessores
Por fim, é preciso ter em mente que todo líder deve ter um sucessor, afinal de contas, ele não estará eternamente no posto. Por isso, é importante que os líderes tenham relatórios sobre cargos, funcionários, processos e procedimentos típicos do setor que coordenam. Assim, quando o seu sucessor chegar, ele saberá o que fazer, pois tudo estará registrado.
No entanto, para que um novo líder seja formado, não basta conhecer a rotina do departamento. É preciso que essa pessoa seja treinada, estude e desenvolva não apenas as competências técnicas da profissão, mas também todas as habilidades típicas de um líder, como as que foram citadas neste artigo: inteligência emocional, motivação, planejamento estratégico, disciplina, organização, clareza de comunicação, mediação de conflitos, ética, transparência e capacidade de contratar e reter talentos.
Como é possível perceber, ser um líder não consiste apenas em ter bons conhecimentos sobre uma profissão e assumir um cargo de chefia. É preciso desenvolver todas essas habilidades paralelas para conseguir estabelecer uma boa relação com todos os membros da equipe, extraindo o que cada um oferecer de melhor para que os objetivos sejam alcançados.
E você, se considera um bom líder? Acha que tem o que é necessário para exercer uma liderança competente? Quais das competências acima você acredita já possuir e quais sente que ainda precisa desenvolver? Deixe um comentário com as suas respostas no espaço abaixo. Por fim, não se esqueça de compartilhar este artigo com todos aqueles que possam se beneficiar deste conteúdo, nas suas redes sociais.