Você certamente já ouviu falar na geração dos “millennials”, não é mesmo? Também conhecido como geração Y, esse grupo reúne as pessoas nascidas entre as décadas de 1980 e 1990 (com algumas diferenças, dependendo do autor). O fato é que, na atualidade, essa geração já corresponde à maioria dos trabalhadores.

Essa geração tem algumas características específicas, especialmente no domínio da tecnologia e na sua relação com as lideranças. Esses dois aspectos culminaram no surgimento da chamada “e-leadership”, um tipo específico de liderança que se utiliza da tecnologia para otimizar os seus processos e estabelecer um relacionamento mais eficaz com os “millennials”.

Neste artigo, você vai conhecer melhor as características desse grupo e compreender como o “e-leadership” promove benefícios para as empresas, no que diz respeito à gestão dos colaboradores desse grupo.

O que significa “e-leadership”?

“E-leadership” é um termo em inglês que pode ser traduzido como “liderança online”. Trata-se de um conjunto de práticas que utilizam a tecnologia para exercer uma liderança competente, capaz de potencializar as habilidades dos colaboradores da geração Y.

As ferramentas tecnológicas, como a internet, as redes de comunicação interna, os celulares, os e-mails, as redes sociais, os softwares de gerenciamento de projetos, entre outras soluções, são empregadas para ajudar as lideranças a extraírem o máximo potencial dos seus colaboradores no alcance dos objetivos em questão.

As pessoas da geração Y têm uma relação particular com o conceito de liderança. Na verdade, elas são um pouco avessas às estruturas hierárquicas rígidas, dando prioridade à liberdade criativa, à flexibilidade, à autonomia, à colaboração participativa e aos modelos empresariais democráticos.

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Antenados com tecnologia, esses trabalhadores dedicam-se à vida profissional, mas também querem ser felizes na vida pessoal, de modo que conciliar os dois lados é uma prioridade. Por isso, são naturalmente flexíveis, adaptando-se a diferentes horários de trabalho e ao próprio home office. O importante é que eles se sintam confortáveis e satisfeitos com a empresa para a qual trabalham. Não é apenas uma questão de dinheiro, mas também de realização profissional e de bem-estar.

Isso torna esse grupo bastante exigente na hora de escolher um emprego. Eles não permanecem em uma empresa que não lhes oferece essa sensação de pertencimento e de liberdade, bem como um bom plano de crescimento na carreira — afinal, também são ambiciosos. É vantajoso ter esses indivíduos em uma equipe de trabalho, mas, por outro lado, liderá-los também pode ser um desafio.

Quais são os desafios e as ferramentas do “e-leadership” em um mundo tecnológico?

Em toda empresa, há fatores externos e internos que influenciam a sua capacidade de alcançar os seus objetivos. Os fatores externos não estão sob o controle direto da organização, mas os internos estão. Nesse âmbito, contar com uma liderança forte se faz necessário.

A geração Y não espera um chefe, mas um líder. A diferença é bastante clara: enquanto um chefe manda para que os outros obedeçam, um líder é democrático e acessível, aceita sugestões, dá autonomia para os colaboradores, oferece ferramentas tecnológicas para que eles cresçam em suas carreiras, auxilia sem microgerenciar, corrige sem humilhar e ensina sem ser autoritário.

O “e-leadership”, como o próprio nome sugere, consiste no exercício da liderança por meio da tecnologia. Isso acontece de diversas formas. Uma delas é a promoção de cursos e treinamentos 100% online, focando no desenvolvimento e na capacitação desses profissionais.

Outro aspecto importante nesse sentido é a utilização de tecnologias de informação e comunicação (TICs): os computadores, os softwares de trabalho, os smartphones, os aplicativos de chat e videochamadas, os e-mails, as redes sociais, enfim, canais que tornam mais fácil e rápida a comunicação não presencial. Eles permitem que esses profissionais possam trabalhar até mesmo remotamente, em qualquer horário e lugar. Isso é um importante fator motivacional para essa geração.

Quais competências o líder deve ter nesse contexto?

Combinar o domínio das novas tecnologias com o comportamento exigente dos colaboradores da geração Y não é uma tarefa das mais fáceis. Por isso, todo líder desse tipo de equipe deve tomar alguns cuidados na sua gestão, como:

  • Ser claro ao comunicar-se com a equipe, seja em interações presenciais, seja por intermédio de alguma tecnologia;
  • Gerir adequadamente os processos, dando um direcionamento a cada colaborador;
  • Adaptar-se às mudanças típicas do momento que vivemos;
  • Conhecer profundamente o aspecto técnico da equipe e as habilidades de cada funcionário;
  • Ter uma visão sistêmica da empresa;
  • Supervisionar e corrigir o trabalho dos colaboradores, mas sem prejudicar-lhes na autonomia, na motivação e na criatividade;
  • Manter um bom relacionamento com todos os membros da equipe;
  • Oferecer ferramentas básicas, não apenas para o dia a dia de trabalho, mas também para o aprendizado e para a evolução do colaborador em sua carreira.

Quais são as vantagens que esse sistema tem a proporcionar para as empresas?

Como você já deve ter notado, exercer o modelo “e-leadership” demanda muita organização, utilização adequada da tecnologia e um bom relacionamento com os colaboradores da equipe. Por mais desafiador que isso seja, o modelo também tem muitas vantagens a oferecer.

Em primeiro lugar, quando o ambiente oferece uma estrutura adequada e autonomia para que os colaboradores trabalhem, eles se sentem mais felizes, motivados e produtivos. Tudo isso, além de melhorar o próprio desempenho da empresa, também contribui com a criação de um clima organizacional positivo, em que todos se sentem bem — o que reduz os atrasos, o absenteísmo (as faltas) e o turnover (a rotatividade de colaboradores na organização).

Com a redução da hierarquia e a adoção de um modelo mais flexível, os colaboradores se sentem mais pertencentes àquela equipe, não apenas obedecendo a ordens, mas também se sentindo à vontade para dar as suas sugestões. Isso favorece os processos de colaboração, participação e gestão democrática, em que a comunicação constante (com o auxílio das tecnologias) mantém os colaboradores unidos e participativos.

Por fim, a tecnologia também flexibiliza o trabalho dos colaboradores, já que ela permite que eles sejam produtivos em diferentes horários e em qualquer local em que estejam. Isso vai ao encontro do trabalho remoto e do trabalho híbrido, que permitem que os “millennials” realizem o desejo de conciliar a vida pessoal e a vida profissional. Da flexibilidade vêm a liberdade, a autonomia e, consequentemente, a realização pessoal!

Como você pode perceber, o “e-leadership” é um processo inovador nas empresas e extremamente necessário para lidar com esses colaboradores nascidos a partir de 1980, que já estão dominando o mercado. “Flexibilidade” e “tecnologia” são as palavras-chave para compreender e colocar em prática esse modelo.

E você, ser de luz, o que pensa a respeito desse processo? Já teve alguma experiência parecida? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!