Algumas pessoas afirmam que as emoções são as vilãs da vida, pois só nos atrapalham. Isso não é verdade. A vida é feita de emoções positivas e negativas, sendo que ambas são necessárias à nossa sobrevivência e até mesmo à nossa felicidade.
Por isso, em vez de considerá-las inimigas, precisamos compreendê-las e, acima de tudo, lidar com elas sem evitá-las. Reprimir aquilo que sentimos não é funcional ou saudável. Assim, a melhor forma de lidar com os sentimentos é analisá-los e compreender por que eles surgiram. Mas você sabe lidar com o que sente? Então, acompanhe-nos na reflexão a seguir!
Contents
Emoções: conceito
As emoções são reações que as pessoas têm a determinados estímulos, despertando sinais físicos e mentais. Assim, se uma cobra cruzar o seu caminho em uma trilha, ela será um estímulo que despertará a emoção do medo. Você vai sentir receio do animal, possivelmente vivenciando tensão muscular, respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados e vários outros mecanismos da adrenalina para que você fuja dali o quanto antes e se proteja.
Assim, mesmo as emoções consideradas mais negativas têm objetivos sobre a nossa existência. Por isso, não devemos ignorá-las, tampouco permitir que elas controlem as nossas vidas. O que devemos fazer é compreender as suas causas, administrar a sua intensidade e agir para resolver os problemas que as emoções apontam. Isso demanda, como você já deve imaginar, um elevado autoconhecimento.
A essência das emoções humanas
As emoções que cada indivíduo sente dentro de si são parte da sua condição humana, mas também são fruto das suas experiências, e é essa bagagem que determina a forma como ele vai agir e viver novas experiências. Percebe que se trata de um ciclo?
Se você começa a acumular emoções e experiências negativas, isso vai se refletir na forma como você vê o seu mundo exterior, levando-o a enxergar as situações e a reagir a elas de forma igualmente negativa. Então, esse ciclo se perpetua e faz com que você se mantenha preso dentro dele.
Para utilizar o poder das emoções a seu favor é necessário fazer com que esse ciclo seja positivo, administrando as nossas emoções, em vez de sermos controlados por elas. Dessa forma, torna-se possível lidar positivamente mesmo com sentimentos considerados ruins, como é o caso da raiva, adquirindo consciência em relação a ela e canalizando-a para a prática de um esporte, por exemplo.
As nossas emoções são geradas a partir de estímulos, que podem vir de um acontecimento ou de um sentimento. Ainda que os indivíduos possam ter reações diferentes uns dos outros, todos podem experimentar uma extensa lista de tipos de emoções, que inicialmente acreditava-se que contava com apenas 7 nuances, mas que hoje já contém 27.
Os estudos de Paul Ekman
O psicólogo estadunidense Paul Ekman é um dos pioneiros nas pesquisas relacionadas às emoções humanas. Em seu primeiro estudo, realizado a partir da observação da expressão facial de diversas pessoas, identificou as 7 principais emoções humanas, que são: alegria, tristeza, raiva, nojo, medo, desprezo e surpresa.
Mais recentemente, outra pesquisa foi feita, dessa vez por especialistas da Universidade de Baker, nos Estados Unidos, em que foram detectados 27 tipos de manifestações emocionais.
Todos os seres humanos têm condições de desenvolver e experimentar todas essas emoções, o que não significa que isso obrigatoriamente vai acontecer. As emoções primárias, que foram as descobertas por Ekman, são as únicas universais, que estão sempre presentes, por assim dizer. Todo o restante pode variar de acordo com a cultura de cada povo e região.
As expressões das emoções
Cada uma das emoções humanas pode se manifestar de diferentes maneiras, como por meio de ações, expressões faciais ou corporais, tom de voz, recuperação de lembranças, entre outras. A tristeza, por exemplo, pode gerar o choro e uma postura cabisbaixa. Na mesma lógica, a alegria gera o sorriso, o medo resulta em paralisia ou fuga, e a nostalgia traz lembranças do passado. É incrível pensar como cada emoção pode promover alguma reação dentro de nós e influenciar o nosso comportamento.
Vale lembrar que, inicialmente, tudo isso acontece de forma involuntária, ou seja, sem vontade própria. Entretanto, por meio do autoconhecimento e do treino é perfeitamente possível reconhecer cada uma das emoções e saber como elas se manifestam no seu interior e nas suas ações.
É esse o caminho para desenvolver a sua inteligência emocional e assumir o controle em relação aos seus sentimentos e emoções, não para que deixe de senti-los, o que seria impossível, mas sim para administrá-los e usá-los a seu favor.
A inteligência emocional
Ser uma pessoa emocionalmente inteligente significa ter equilíbrio para lidar com as diferentes circunstâncias da vida. Viver é como estar em uma montanha-russa: há altos e baixos, acelerações e desacelerações. Precisamos saber administrar as nossas emoções em todos esses cenários, a fim de evitar problemas, tomar decisões mais sábias e sempre respeitar os nossos próprios sentimentos e os sentimentos do outro.
A inteligência emocional é a capacidade que um indivíduo tem de reconhecer as suas emoções, identificá-las (nomeá-las), reconhecer as suas causas e administrar a sua intensidade, equilibrando-as com a razão. Ela também envolve a empatia, que é a capacidade de identificar as emoções do outro, agindo de acordo com elas.
Esse processo depende do autoconhecimento e pode ser intensificado por meio do coaching e da psicoterapia. Nesses casos, o auxílio de um profissional é importante, de modo que o indivíduo reconheça os seus padrões de sentimentos e ações, identificando o que é benéfico para a sua vida e o que não é. A partir dessa tomada de consciência, novos padrões comportamentais podem ser desenvolvidos, contribuindo com a saúde mental da pessoa e com conquistas cada vez maiores!
E você, ser de luz, sabe lidar com as suas emoções? Em quais aspectos você tem ido bem? Em quais deles você sente que ainda pode melhorar? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!