A tecnologia tem sido uma grande aliada na vida profissional da maioria das pessoas. Atualmente, fica até difícil encontrar alguém cujo trabalho não dependa minimamente de um computador, notebook ou celular, por exemplo. Nesse sentido, surgiu uma política acerca desses dispositivos, conhecida como BYOD, mas ela está longe de ser uma unanimidade.

Neste artigo, você vai entender o que é o BYOD e quais são as vantagens e desvantagens que essa política oferece às empresas, configurando uma temática polêmica, sobretudo no que diz respeito aos recursos humanos. Para saber mais sobre o tema, continue a leitura a seguir!

O que é BYOD? Como surgiu?

BYOD é uma sigla em inglês para Bring Your Own Device, cuja tradução para o português é “Traga Seu Próprio Dispositivo”. Trata-se de uma política empresarial em que os colaboradores trazem para o local de trabalho os seus próprios dispositivos para trabalhar, como notebooks e celulares, utilizando os recursos disponíveis na rede corporativa.

Não se sabe ao certo como esse conceito surgiu, mas acredita-se que tenha nascido e ganhado força na década de 2010. A ideia inicial era aumentar a produtividade das equipes, flexibilizando as jornadas de trabalho e facilitando a comunicação entre os colegas, que trabalham melhor por estarem mais familiarizados com os seus próprios dispositivos.

Dessa forma, o BYOD é a estratégia em que a empresa permite que o colaborador trabalhe com os seus próprios dispositivos, acessando as redes da organização. Essa política precisa ser pautada em regras e diretrizes para a utilização desses dispositivos no ambiente organizacional, uma vez que apresenta vantagens e desvantagens — sobretudo associadas à cibersegurança e a questões jurídicas.

Quais são as suas vantagens?

1. Elevação na produtividade 

Como o profissional já está familiarizado com os seus dispositivos, ele pode utilizá-los com mais agilidade e facilidade para executar as suas funções e comunicar-se com os colegas de equipe. Ele não precisa aprender a mexer nos dispositivos da empresa, mas apenas compreender como acessar a rede da organização. Tudo isso economiza tempo, evita preocupações desnecessárias e confere mais agilidade à realização das tarefas do dia a dia.

2. Redução de custos

Como cada colaborador está trazendo de casa os seus dispositivos, isso significa que a empresa não precisa providenciá-los. Dessa forma, uma boa quantia financeira pode ser economizada. Nesse sentido, ressaltamos que o colaborador também é responsável pela manutenção e substituição dos seus aparelhos, livrando a empresa dessa responsabilidade. Por outro lado, o próprio funcionário tem mais liberdade para escolher os dispositivos e programas que desejar, melhorando o seu desempenho.

3. Mais flexibilidade

Se o colaborador trabalha utilizando os seus próprios dispositivos, isso significa que ele pode trabalhar quando e onde quiser, desde que a organização permita que o trabalho remoto seja realizado. Um notebook, por exemplo, pode ser utilizado em casa, na sede da empresa, em espaços de coworking, e por aí vai. Dessa forma, o BYOD é um aliado do home office ou do trabalho híbrido, sem que o colaborador tenha que transferir os dados de um computador para outro.

4. Mais agilidade

A familiaridade do colaborador com os seus aparelhos permite que ele conheça e utilize todos os seus recursos e aplicativos com mais facilidade e, consequentemente, com mais rapidez. Isso faz com que os funcionários das empresas consigam fazer mais em menos tempo, elevando a produtividade individual, da equipe e da organização como um todo. Hoje em dia, o tempo é um recurso escasso, sendo que qualquer iniciativa que melhore o seu aproveitamento é sempre muito bem-vinda.

Quais são as suas desvantagens?

1. Risco de invasão e roubo de dados

Uma desvantagem do BYOD é o fato de que os sistemas corporativos ficam mais sujeitos a ataques invasores quando são acessados por dispositivos móveis. A empresa não tem controle sobre os celulares e computadores de cada funcionário, de modo que vírus contraídos por qualquer um desses dispositivos podem comprometer toda a rede compartilhada. Isso eleva o risco de invasão, fraude e roubo de dados, como informações sigilosas, colocando a empresa em situações problemáticas.

2. Comprometimento na segurança da informação

Em desdobramento das vulnerabilidades apontadas no item anterior, é fato que a segurança das informações corporativas fica muito comprometida. Até mesmo os dados dos próprios colaboradores podem ficar expostos sem um sistema eficaz de segurança. Dessa forma, recomenda-se que todos contem com um sistema antivírus eficaz e seguro, a fim de proteger todos os dados que circulam diariamente pela empresa.

3. Redução do controle das informações

Outra desvantagem em relação ao uso de dispositivos próprios refere-se ao fato de que a empresa não tem controle sobre a forma como cada colaborador utiliza esses aparelhos. Não há como saber se o funcionário expôs informações confidenciais a amigos, familiares, concorrentes, enfim, a qualquer indivíduo de fora da empresa. Assim, há um risco de vazamento de informações internas, o que pode prejudicar a organização no alcance dos seus objetivos.

4. Insegurança jurídica trabalhista

Por fim, o BYOD ainda não é regulamentado por lei. Dessa forma, se algum dos problemas acima descritos ocorrer, não é certeza de que a empresa será amparada legalmente, afinal de contas, os direitos e deveres de cada um nesse contexto ainda não estão estabelecidos. Por isso, os casos jurídicos associados ao BYOD podem ser interpretados de diferentes maneiras, tornando o quadro geral da organização extremamente inseguro.

Considerações finais

Como podemos notar, o BYOD pode ser uma opção vantajosa para as organizações, mas, para isso, alguns cuidados precisam ser tomados, a fim de evitar os riscos acima descritos. Entre esses cuidados, podemos citar:

  • Alinhar o setor de TI com o departamento jurídico da empresa;
  • Definir regras para a utilização dos próprios dispositivos;
  • Criar normas de acesso aos sistemas empresariais de forma remota;
  • Estabelecer as responsabilidades de cada envolvido na política BYOD;
  • Investir em softwares e políticas de proteção de dados e segurança da informação;
  • Promover treinamentos sobre segurança digital.

E você, ser de luz, o que pensa sobre o modelo BYOD? Já teve alguma experiência nesse contexto? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!