Aprender é um processo fascinante, e entender como ele acontece pode transformar a forma como cada pessoa lida com o próprio desenvolvimento. A esse respeito, um dos grandes estudiosos do tema foi o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky, cujas ideias ajudaram a moldar a compreensão moderna sobre os estágios da aprendizagem humana.

Os seus estudos inspiraram muitos pesquisadores e contribuíram para o surgimento da Programação Neurolinguística (PNL), que também se baseia na observação de como o ser humano evolui em diferentes níveis de competência. Neste artigo, você vai descobrir como esses estágios se manifestam e de que forma reconhecer cada um deles pode impulsionar a sua jornada de crescimento pessoal e profissional. Continue a leitura e descubra!

Os níveis de aprendizagem de Vygotsky

Vygotsky afirmava que o desenvolvimento humano ocorre em três estágios da aprendizagem complementares.

  • O primeiro é o nível de desenvolvimento real, que representa as habilidades já consolidadas, ou seja, aquilo que a pessoa já é capaz de fazer sozinha.
  • O segundo é o nível de desenvolvimento potencial, que abrange aquilo que ela consegue realizar com a ajuda de alguém mais experiente.
  • Entre esses dois níveis está a zona de desenvolvimento proximal, o espaço onde o aprendizado realmente acontece — aquele em que novas competências estão em formação e podem ser aprimoradas com orientação e prática.

Essa teoria revela que aprender é um movimento contínuo entre o que já se sabe e o que ainda está por vir. Aliás, a PNL ampliou essa visão, propondo uma sequência de quatro estágios da aprendizagem que mostram como o conhecimento se transforma, gradualmente, em habilidade natural.

Entendendo a PNL — Programação Neurolinguística

A Programação Neurolinguística (PNL) é um conjunto de técnicas e conhecimentos que busca compreender como a mente humana processa informações, emoções e comportamentos. Criada na década de 1970 por Richard Bandler e John Grinder, a PNL estuda a relação entre os pensamentos (neuro), a linguagem (linguística) e os nossos padrões de ação (programação).

O seu objetivo é ajudar as pessoas a desenvolverem novas formas de pensar e agir, superando os seus bloqueios mentais e melhorando a forma como se comunicam. Naturalmente, essa área do conhecimento ajuda os indivíduos a alcançarem resultados mais positivos em diversas áreas da vida, o que inclui a eficácia dos processos de aprendizagem pelos quais passamos.

Os estágios da aprendizagem de acordo com a PNL

Dentro da Programação Neurolinguística, existe um conhecido modelo que estrutura o processo de aprendizagem humana em 4 níveis. Conheça melhor as características de cada nível na sequência.

1. Incompetência Inconsciente (II)

Nesse primeiro estágio, a pessoa ainda não sabe que não sabe. Ela vive, de certo modo, uma “alegria inocente”, sem consciência da própria limitação. Pense em uma criança de poucos meses: ela não tem noção de que um dia precisará andar. Está satisfeita em engatinhar ou permanecer nos braços dos pais.

No entanto, conforme observa o mundo à sua volta, ela começa a perceber que todos se movimentam de um jeito diferente — o que desperta a sua curiosidade de tentar fazer o mesmo. É aí que o processo de aprendizado começa.

2. Incompetência Consciente (IC)

Neste momento, o indivíduo descobre que não sabe, e isso desperta nele o desejo de aprender. Seguindo o nosso exemplo, a criança começa a perceber que as pessoas ao seu redor andam e descobre que ainda não consegue fazer isso. Em outras palavras, ela adquire a consciência de que falta em si um conhecimento ou habilidade.

A partir de então, ela passa a tentar imitar as outras pessoas. Assim, ela se esforça para se levantar, busca apoio e dá os seus primeiros passos desajeitados. É uma fase de tentativa e erro, marcada pela consciência da própria limitação e pela vontade de superá-la. O desconforto de ainda não dominar a habilidade é o que impulsiona o avanço para o próximo estágio.

3. Competência Consciente (CC)

Neste terceiro momento, a pessoa já sabe o que deve fazer, mas ainda precisa pensar em cada movimento. A criança que está aprendendo a andar precisa concentrar toda a sua atenção na tarefa: equilibrar o corpo, colocar um pé à frente do outro, evitar obstáculos e manter o foco para não cair.

Nessa fase, a prática exige energia e concentração, mas, pouco a pouco, ela começa a se sentir mais confiante. Esse estágio representa o aprendizado em ação — quando a consciência e o esforço trabalham juntos para transformar o conhecimento em habilidade.

4. Competência Inconsciente (CI)

Por fim, chega o momento em que o aprendizado se torna automático. A criança que antes precisava se concentrar para dar cada passo agora anda sem perceber o esforço envolvido. O corpo aprendeu o movimento, e o cérebro o executa de forma natural. Esse estágio traz prazer e leveza, pois a habilidade foi totalmente assimilada.

O mesmo ocorre com qualquer outro aprendizado: depois de tanta prática, o fazer se torna espontâneo. Esse é o ponto em que o conhecimento deixa de ser um esforço e se torna parte do ser.

Aprenda para crescer!

Esses 4 estágios da aprendizagem, observados tanto por Vygotsky quanto pela PNL, mostram que o crescimento humano é um processo de evolução constante. Primeiro, há o desconhecimento; depois, o despertar da consciência; em seguida, o exercício da prática; e, por fim, a naturalidade da competência.

Um exemplo simples dessa progressão, já na vida adulta, é o ato de dirigir um carro.

  • No início, a pessoa não sabe que um dia precisará dirigir (incompetência inconsciente).
  • Mais tarde, na infância ou na adolescência, o indivíduo percebe a importância dessa habilidade para a vida adulta (incompetência consciente).
  • Quando começa as aulas de direção, a pessoa precisa focar em cada movimento ao dirigir (competência consciente).
  • Por fim, com o tempo, dirigir se torna um ato natural, com movimentos naturais e automáticos (competência inconsciente).

Concluindo, compreender os estágios da aprendizagem é muito importante para lidar melhor com o aprendizado, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Cada nova habilidade exige paciência, prática e autoconhecimento. Assim, saber em qual estágio você está é o primeiro passo para evoluir com propósito e confiança, independentemente de qual seja o seu desafio a ser enfrentado.

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