Conviver bem com as pessoas é algo desejável, afinal de contas, os conflitos, por mais que façam parte da vida, sempre são desagradáveis. Dessa forma, é fundamental que cada pessoa se esforce no sentido de manter a harmonia na convivência, o que deve ocorrer entre os membros da família, no círculo de amizades, no ambiente de trabalho, entre vizinhos, e por aí vai.

Quando falamos em bons relacionamentos entre as pessoas, há duas palavras comumente empregadas nesse contexto: a empatia e a reciprocidade. São dois elementos importantes, de modo que muita gente os considera sinônimos. Por mais que ambos contribuam para a harmonia das relações, os significados dessas palavras são, sim, diferentes.

Neste artigo, você vai conferir as definições de empatia e reciprocidade e a importância dessas duas características, compreendendo melhor o que as difere. Para se aprofundar no tema, é só continuar a leitura a seguir!

O que é empatia?

A empatia é um processo que ocorre quando uma pessoa coloca-se mentalmente no lugar de outra, imaginando como ela se sentiria, pensaria e agiria se estivesse naquela situação. Dessa forma, as pessoas empáticas são aquelas que conseguem compreender as situações fora da perspectiva do próprio umbigo, entendendo que os outros indivíduos podem analisar os fatos a partir de pontos de vista diferentes.

A empatia, portanto, é uma característica-chave para compreender o universo de outro ser humano, conseguindo entender os seus sentimentos, pensamentos, crenças, atitudes e hábitos. Não conseguimos literalmente nos colocar no lugar do outro, mas o desenvolvimento da empatia nos ajuda a desenvolver a sensibilidade de ao menos imaginar como é estar na posição da outra pessoa, gerando identificação com ela.

Há 3 tipos de empatia que podem e que devem ser desenvolvidos pelas pessoas:

  • Empatia cognitiva: capacidade de compreender o ponto de vista do outro;
  • Empatia emocional: capacidade de compreender as emoções e os sentimentos do outro;
  • Empatia compassiva: sensibilidade para perceber que o outro precisa de ajuda e colocar-se à disposição para auxiliá-lo. Esse tipo de empatia é uma consequência dos dois anteriores.

Por que a empatia é importante?

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A empatia é um fator essencial às relações humanas. Por meio dela, as pessoas compreendem o ponto de vista do outro, o que ajuda a combater os impulsos egoístas. Nas diversas situações da vida, as pessoas podem apresentar interesses conflituosos. A empatia permite que elas encontrem soluções que não prejudiquem ninguém.

Assim, se a pessoa A e a pessoa B têm interesses em conflito, a empatia permite que elas escolham um caminho que não atenda só aos interesses da pessoa A, mas também não só aos interesses da pessoa B. Chega-se a um meio-termo, permitindo que ninguém fique sobrecarregado.

Além disso, a empatia faz com que as pessoas parem de julgarem-se umas às outras. Colocando-se no lugar do outro e refletindo sobre os seus pensamentos e atitudes, o indivíduo automaticamente para de julgá-lo. “Se eu estivesse nessa posição, talvez eu agisse da mesma forma” é um raciocínio comum aos empáticos, o que evita as posturas julgadoras que tanto provocam conflitos no dia a dia.

O que é reciprocidade?

A reciprocidade é a mutualidade, ou seja, a correspondência de sentimentos que existem entre as pessoas. Assim, se a pessoa A ama a pessoa B e se a pessoa B ama a pessoa A, pode-se dizer que existe entre elas um amor recíproco, ou seja, que é mútuo e correspondido.

A reciprocidade quase sempre é tomada como exemplo nos casos de amor. No entanto, ela também pode ser notada em outros contextos, como no trabalho, na família e nas amizades. Se você sempre faz a sua parte nas atividades profissionais, por exemplo, mas o seu colega de trabalho sempre atrasa as entregas da parte dele, ou as realiza sem qualidade, pode-se dizer que falta reciprocidade nessa relação.

Dessa forma, pode-se afirmar que ser recíproco consiste em dar e receber, havendo uma correspondência de sentimentos e de atitudes entre duas ou mais pessoas. É um processo complexo, mas importante para o bem-estar das relações.

Por que a reciprocidade é importante?

A reciprocidade é importante para estabelecer uma noção de justiça nas relações. Em um relacionamento amoroso, por exemplo, sabemos que, com alguma frequência, precisamos ceder às nossas vontades em favor das vontades do outro. Contudo, se apenas uma pessoa se doa em favor do outro, mas o outro não cede em nenhum momento, há um desequilíbrio nessa relação. Isso acaba com a “justiça” do relacionamento, pois um só dá, e o outro só recebe, gerando o conflito.

Isso vale para todas as relações humanas: entre amigos, entre namorados, entre vizinhos, entre colegas de trabalho, entre familiares etc. A reciprocidade é uma correspondência de sentimentos e de atitudes que torna as relações mais justas.

Quais são as semelhanças e as diferenças entre a empatia e a reciprocidade?

Ao ler as definições acima, podemos compreender que há certa similaridade entre os conceitos, mas não se trata exatamente de sinônimos.

A empatia é um aspecto que deve ser desenvolvido por todas as pessoas em todos os contextos. Vivemos em um mundo com 8 bilhões de pessoas, de modo que é essencial compreendermos que há outros pontos de vista sobre as situações além do nosso. Não dá para ser egoístas, de modo que é importante colocar-se mentalmente no lugar do outro para respeitar os seus sentimentos e atitudes, evitando os julgamentos.

Por outro lado, não podemos cobrar a reciprocidade. Ser recíproco depende do sentimento do indivíduo B em corresponder ao sentimento do indivíduo A, o que não pode ser forçado. Dessa forma, se você ama alguém, mas esse alguém não ama você, não há o que fazer. Não podemos forçar as pessoas a sentir por nós aquilo que nós mesmos sentimos por elas.

O ideal é estabelecer relações correspondidas, sabendo a hora de colocar um ponto final nelas, quando não houver a reciprocidade. Um amor não correspondido, por exemplo, pode gerar muito sofrimento, sendo que o melhor a se fazer é terminar a relação e encontrar alguém em cujos sentimentos exista a reciprocidade. O mesmo vale para as amizades: não podemos forçar alguém a ser nosso amigo.

Dessa forma, devemos sempre desenvolver a empatia nas nossas relações, por uma questão de respeito e compreensão do outro. Já a reciprocidade não pode ser forçada: ou ela existe, ou não existe. Eu devo ser empático para compreender o universo do outro e respeitá-lo, mas eu não necessariamente devo ser recíproco e me forçar a ser amigo dele. Basicamente, essa é a diferença entre os dois conceitos.

E você, querida pessoa, como lida com a empatia e com a reciprocidade na sua vida? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!