Você já ouviu falar em “lançamento de produtos”? Talvez você ainda pense que esse conceito se resume a colocar um produto na prateleira do site e começar a vendê-lo, não é mesmo? Contudo, o lançamento de produtos, enquanto ação de marketing, é muito mais complexo e amplo do que isso.

O lançamento de produtos é um conceito que ficou bastante popularizado por meio da internet. Ele consiste em um conjunto de ações que possibilitam o “aquecimento” do público, a inserção do produto no mercado, a divulgação desse produto/serviço e as campanhas de manutenção que sucedem o lançamento. Nos produtos digitais (cursos, softwares, aplicativos, e-books, webinários etc.), o lançamento é particularmente popular e vantajoso, pois esses produtos já se encontram na internet.

Esse processo é composto por 4 etapas, cujas características você conferirá neste artigo. Boa leitura!

1ª etapa: Pesquisa de mercado

Antes de efetivamente dar vida à sua ideia de negócios, é importante pesquisar o mercado e verificar se ela é viável ou não. Há quatro pontos a serem considerados nesse aspecto:

1. Conheça o seu nicho

Um nicho de mercado é o segmento em que o empreendedor quer atuar. É difícil criar um nicho novo, em que não exista nenhum concorrente. No entanto, para melhorar as suas possibilidades de sucesso, o que você pode fazer é verificar, dentro do nicho em que você pretende atuar, quais são as fraquezas, ou seja, as necessidades da sociedade que nenhuma das empresas desse setor tem efetivamente resolvido. Aí está a sua grande oportunidade de ingressar e de se diferenciar nesse meio.

2. Pesquise a oferta e a procura pelo seu produto

Dizem que um bom vendedor vende até geladeira para esquimó, não é mesmo? Mas não é bem assim. Por mais talentoso que você seja, precisa identificar se há alguma procura real pelos produtos ou serviços que você pretende vender. O Google Trends, o Google Keyword Planner e o SEMRush mostram palavras-chave e sites que estão em alta, o que indica se a procura por aquilo que você deseja comercializar é alta ou baixa na internet. Não inicie o seu empreendimento sem consultar esses recursos.

3. Defina o seu público-alvo

O público-alvo corresponde ao grupo de pessoas que você enxerga como indivíduos com bom potencial para se tornarem seus clientes. Naturalmente, as segmentações de público mais clássicas exploram o perfil demográfico, considerando itens como: idade, gênero, localização geográfica, escolaridade e faixa de renda.

Contudo, o ideal é construir uma persona, ou seja, um modelo de consumidor ideal, levando em consideração não apenas os dados demográficos, mas também o chamado “perfil psicográfico”, que considera: personalidade, estilo de vida, desejos, sonhos, medos, valores etc.

4. Faça uma análise SWOT e um benchmarking

Ainda na fase de planejamento de negócios, é importante fazer a análise SWOT, em que o empreendedor deve avaliar, dentro do seu modelo de negócios, os seguintes itens:

  • S — Strengths (forças): todos os pontos positivos da organização;
  • W — Weaknesses (fraquezas): todos os aspectos da organização que ainda precisam se desenvolver mais;
  • O — Opportunities (oportunidades): todas as circunstâncias externas (que não dependem da empresa) e que podem ser benéficas para o alcance dos objetivos organizacionais;
  • T — Threats (ameaças): todas as circunstâncias externas (que não dependem da empresa) e que podem ser prejudiciais para o alcance dos objetivos organizacionais.

Para construir uma análise de qualidade, faça o processo de benchmarking, que é a comparação da sua ideia de negócios com os concorrentes. Identifique em quais pontos você é melhor do que eles e em quais eles o superam. Assim, você conseguirá solucionar as suas fraquezas e identificar oportunidades que os outros ainda não aproveitaram.

2ª etapa: Questionamentos sobre o seu modelo de negócios

A segunda fase do processo consiste em analisar toda a pesquisa levantada na fase anterior para verificar se a sua ideia de negócios continua válida ou se é preciso executar alterações. Confira os 3 principais questionamentos que devem ser feitos nesse ponto:

1. Qual desejo/necessidade o seu produto soluciona?

Todo produto ou serviço, inclusive os digitais, precisa resolver um desejo ou uma necessidade das pessoas, caso contrário, não haverá demanda para ele. Se o congelamento de alimentos não é uma necessidade para os esquimós, por exemplo, não faz sentido vender geladeiras para eles, certo? Portanto, verifique se a sua ideia é útil e se há pessoas dispostas a comprar o seu produto ou serviço.

2. O seu negócio é original, ou ao menos supera a concorrência?

Não adianta entrar no mar de concorrência que é o mercado contemporâneo se for para fazer aquilo que todo mundo já faz. Das duas uma: ou você tem uma ideia original, ou você entra em um segmento que já existe, mas com algum diferencial exclusivo. Que tipo de necessidade ainda não está sendo resolvida em seu nicho? Utilize esse questionamento para estabelecer o seu diferencial competitivo.

3. A sua ideia é simples?

O seu produto ou serviço é simples? Ele precisa ser o menos complexo possível. As pessoas não se interessam especificamente, por exemplo, pelos efeitos da termorregulação sobre os répteis e os anfíbios, mas certamente podem se interessar por um curso de biologia. Em outras palavras, simplifique a solução que você comercializa, deixando as informações mais aprofundadas apenas para quem demonstrar mais interesse e for avançando pelo chamado “funil de vendas”.

3ª etapa: Produção de conteúdo (aquecimento)

Tendo validado a sua ideia, é preciso que você construa a sua autoridade no nicho escolhido, ou seja, demonstre conhecimento e experiência para conquistar a confiança dos clientes. Falando em infoprodutos, a primeira coisa que as pessoas pesquisam ao comprar um curso online é o currículo do professor, não é mesmo? Assim, confira 3 maneiras de mostrar os seus conhecimentos!

1. Website e blog

O website e o blog são os dois canais mais básicos para o lançamento de produtos digitais. O site serve para contar o seu currículo, a história da sua empresa e as descrições dos seus produtos e serviços. O blog, por sua vez, permite a postagem de artigos, entrevistas, infográficos e notícias relevantes da área, que enriquecem o conteúdo do site e que atraem pessoas com potencial interesse nas palavras-chave mais exploradas nesses conteúdos — são potenciais clientes!

2. Redes sociais

Muita gente acha que as redes sociais são ótimas plataformas para promover vendas. Elas até podem ser, mas é preciso lembrar que esse não é o objetivo principal delas. São sites de relacionamento, em que as pessoas se divertem por interagir umas com as outras, por consumir conteúdos de entretenimento e também por aprender novas informações. Sendo assim, utilize esses meios muito mais para informar e entreter do que para vender.

3. Materiais ricos

No site e nas redes sociais, você também pode oferecer materiais ricos, ou seja, infográficos, planilhas prontas, e-books e audiobooks para as pessoas baixarem. Quando alguém baixa algum desses materiais, a pessoa deve deixar os seus dados de contato, o que serve para a construção de uma base de potenciais clientes a serem contatados no lançamento do seu produto.

4ª etapa: Planejamento de marketing (lançamento)

A fase de produção de conteúdo (aquecimento) serve para que você mostre os seus conhecimentos, construa a sua autoridade na internet e conquiste a atenção e o interesse do seu público-alvo. Por fim, depois que essa fase estiver bem adiantada, é hora de efetivamente lançar o seu produto digital. Para isso, é importante elaborar um plano de marketing com diversos itens, entre eles:

1. Ações de marketing

De que maneira você pretende lançar o seu produto digital? É possível divulgá-lo por meio de assessoria de imprensa, patrocínio de eventos, participação em eventos da sua área, ações de promoção de vendas (como concursos culturais, descontos, vales-brindes e materiais de apoio), ações de merchandising, entre outras estratégias de alta visibilidade.

2. Canais de comunicação orgânica

Na fase do lançamento, você também pode divulgar o seu produto digital nos próprios canais de comunicação que você já utilizava na fase anterior (produção de conteúdo), o que inclui o website, as redes sociais, o blog corporativo, enfim, os canais de comunicação orgânica (não paga) com o público.

3. Anúncios pagos

Como se trata do grande lançamento do seu produto, vale a pena também apostar na comunicação paga para divulgá-lo, na esperança de que haja um bom retorno em vendas. Assim, você poderá impactar não apenas quem já conhece a sua empresa, mas também que ainda não a conhece, mas que pode se interessar por ela. Estamos falando dos anúncios pagos, isto é, da publicidade tradicional, dos links patrocinados do Google, dos posts patrocinados nas redes sociais, entre outros.

4. E-mail marketing

Aproveite que você já construiu uma base orgânica de pessoas interessadas e dispare por e-mail a elas a divulgação dos seus conteúdos e também do lançamento do seu produto. O e-mail ainda é um canal de comunicação mercadológica muito eficiente, desde que seja utilizado com sabedoria. Isso não inclui a “compra” de listas prontas, o que é uma prática muito frequente, mas que não surte os resultados esperados (já que muita gente nessa lista pode não ter o mínimo interesse pelo seu produto).

5. Webinários e parcerias com influenciadores

Por fim, que tal aproveitar a sua autoridade nas redes sociais para fazer lives e webinários em que você divulga o seu produto e oferece algum tipo de conteúdo gratuito, como a primeira aula do seu curso online, por exemplo. Além disso, que tal fazer lives com influenciadores de áreas correlatas que topem divulgar o seu produto digital?

Conclusão

Como você pode perceber, o lançamento de um produto digital na internet envolve uma verdadeira mobilização para que você conquiste a sua autoridade, fortaleça a sua marca e divulgue as suas soluções. Isso envolve as quatro etapas citadas acima: as pesquisas de mercado, a validação da ideia, a produção de conteúdo (aquecimento) e o planejamento de marketing (o lançamento propriamente dito).

É um processo muito trabalhoso, mas que garante sucesso nas suas vendas. A não realização de qualquer uma dessas etapas pode não gerar os resultados que você esperava.

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