A liderança é determinante para o sucesso de uma equipe, sobretudo dentro das empresas. Ela é responsável por tomar decisões estratégicas, delegar funções, prestar auxílio e avaliar o desempenho dos liderados. Portanto, trata-se de uma posição de muita responsabilidade.

Infelizmente, porém, nem todo chefe saber ser um líder de verdade. Algumas lideranças são tão problemáticas e despreparadas que constituem verdadeiras “lideranças tóxicas”. Neste artigo, você vai compreender melhor esse conceito e as principais características desse tipo tão nocivo de liderança. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

O que é uma liderança tóxica e quais são os seus efeitos?

Uma substancia tóxica é um elemento que prejudica as funções do organismo e pode até mesmo provocar a morte do indivíduo. Analogamente, no caso de uma liderança tóxica, ela apresenta características tão nocivas que prejudica a qualidade dos relacionamentos e das atividades executadas pela equipe, podendo levar à sua extinção.

Um líder tóxico pode provocar adoecimento nos liderados, ocasionar um aumento nas faltas e nos atrasos, criar conflitos, construir um clima organizacional péssimo, reduzir a motivação e a produtividade dos colaboradores e elevar a rotatividade dos profissionais — seja por demissões ou por pedidos de desligamento. Portanto, é algo a ser evitado.

Quais são as principais características de uma liderança tóxica?

OK, uma liderança tóxica é mesmo devastadora. Mas por que isso acontece? Quais são as características desses líderes que causam tantos problemas? Confira as 8 principais a seguir.

1. Autoritarismo

Um líder autoritário abusa da sua autoridade. Isso quer dizer que ele toma as decisões que bem entender, com base apenas em sua opinião, sem ouvir os colegas e sem incluí-los no processo. Ele acaba com a democracia na equipe e não admite que alguém o questione. Ideias diferentes não são vistas com bons olhos, e aqueles que desobedecem às suas ordens são punidos por indisciplina. O líder se sente superior a tudo e a todos, deixando de valorizar as ideias e sugestões dos liderados.

2. Microgerenciamento

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O líder tóxico é um microgerenciador. Isso quer dizer que ele não confia plenamente nos seus liderados, de modo que está sempre interferindo nas atividades que eles executam. Não dá liberdade para que os profissionais trabalhem e deseja controlar cada detalhe daquilo que é feito. Por isso, os funcionários sentem-se sufocados e sem qualquer liberdade criativa para desenvolver o trabalho à sua maneira. Assim, trabalham com medo de errar, sem qualquer autonomia e motivação para inovar.

3. Instabilidade emocional e assédio

Alguns líderes são tão tóxicos que deixam de enxergar os seus liderados como seres humanos. Tratam-nos como se fossem números ou máquinas. Gritam, ofendem, humilham e “orientam” pela ameaça, e não pelo ensino. Deixam as regras mais básicas de educação, respeito e empatia de lado. Esse tipo de postura configura o chamado assédio moral. Em algumas empresas, alguns líderes até mesmo assediam sexualmente alguns dos seus funcionários, constituindo uma conduta criminosa.

4. Ausência de feedbacks construtivos

Um líder eficaz dá feedbacks completos e individuais aos seus liderados, reconhecendo os seus pontos positivos e pontuando, de forma educada e construtiva, o que precisa melhorar, com sugestões para auxiliar o seu desenvolvimento. O líder tóxico não age dessa forma. Os seus “feedbacks” são críticas destrutivas e ofensivas, muitas vezes feitas na frente de colegas e clientes, humilhando o colaborador. Assim, a equipe fica intimidada, desmotivada e ofendida, sem energia para progredir.

5. Não valorização do esforço

Quando um profissional executa um bom trabalho, o líder tóxico não reconhece os resultados, e muito menos o esforço. Para ele, o colaborador não fez mais do que a obrigação, afinal de contas, ele está sendo financeiramente remunerado pelos trabalhos que executa. Tecnicamente, ele até pode estar certo, mas as pessoas precisam de um mínimo de reconhecimento para que se sintam motivadas. Quando isso acontece, os funcionários trabalham mais e melhor, mas não ocorre em ambientes tóxicos.

6. Falta de transparência e clareza na comunicação

Outro problema comum nas lideranças tóxicas é a falta de transparência e de clareza na comunicação. Com alguma frequência, os funcionários são deixados “no escuro”, pois as lideranças centralizam as informações e omitem muitas delas aos trabalhadores. Assim, decisões são tomadas na calada da noite e impostas às equipes, sem aviso prévio e sem qualquer explicação. Dessa forma, os colaboradores ficam ansiosos com relação às medidas imprevisíveis e obscuras tomadas pelos líderes.

7. Falta de “dar o exemplo”

Alguns líderes tóxicos são adeptos do famoso “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Cobram uma série de comportamentos e posturas dos colaboradores que eles mesmos não demonstram. Exigem que o funcionário seja assíduo, pontual, educado, dedicado, criativo e empenhado, mas o próprio líder chega tarde, vai embora cedo, joga as demandas nas costas dos colaboradores, falta sem avisar ninguém e desrespeita todos os que estão ao seu redor. É uma conduta hipócrita.

8. Descuido com a saúde e com a qualidade de vida dos colaboradores

As empresas têm algumas responsabilidades acerca da saúde e da qualidade de vida do colaborador. É preciso oferecer a eles um ambiente seguro, limpo, claro e arejado, com todos os materiais e equipamentos adequados ao exercício da sua função. Móveis precisam ser ergonômicos. Além disso, as organizações precisam ser flexíveis, compreendendo que o colaborador pode ter consultas médicas ou adoecer de vez em quando, necessitando ficar em casa.

Líderes tóxicos ignoram todas essas questões e, frequentemente, obrigam os colaboradores a trabalhar, mesmo sem condições físicas ou psicológicas. Às vezes, são também inflexíveis e incompreensivos com eventos imprevisíveis da vida pessoal do colaborador, como faltar por ter que levar o filho ao médico ou atrasar-se por uma greve no transporte público.

Como você pode perceber, a liderança tóxica apresenta traços nítidos, que comprometem o clima organizacional, a motivação dos colaboradores e a produtividade das equipes. Portanto, é fundamental combater as atitudes acima descritas, já que elas prejudicam a qualidade de vida das pessoas e o próprio desempenho da organização.

E você, querida pessoa, já teve que conviver com algum líder tóxico? Como lidou com a situação? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!