O marketing é a área do conhecimento (e também um departamento das empresas) responsável por estudar e desenvolver produtos e serviços específicos para as necessidades do público-alvo. É ele também quem determina os preços, a distribuição, as ações promocionais e as diferentes formas de comunicação organizacional.

No entanto, há outro tipo de marketing, talvez um pouco menos conhecido, que tende a beneficiar os profissionais de qualquer área: o marketing pessoal. Neste artigo, você compreenderá melhor esse conceito e conferirá algumas dicas para fazer o seu marketing pessoal com eficácia. Vamos lá?

O que é Marketing Pessoal?

O marketing pessoal consiste num conjunto de técnicas para promover suas competências profissionais e pessoais. Da mesma maneira que as empresas precisam desenvolver estratégias para enfrentar seus concorrentes, os profissionais individualmente também precisam “vender seu peixe” para superar os concorrentes do mercado de trabalho.

Essas técnicas não consistem em vangloriar-se de forma vaidosa sobre suas conquistas ou sobre seu currículo. O marketing pessoal envolve a construção de uma imagem profissional que transmita confiança e competência em sua área de atuação, mas sempre com planejamento e objetivos a serem alcançados. Não se trata simplesmente de “gabar-se” de sua carreira.

Para que serve o Marketing Pessoal?

A função do marketing pessoal é fazer com que o indivíduo faça um mergulho de autoconhecimento. Assim, ele será capaz de reconhecer seus pontos fortes e também aqueles que ainda precisam ser desenvolvidos. É a partir disso que um plano de desenvolvimento profissional é traçado para que ele alcance seus objetivos.

Infelizmente, ainda são poucas as pessoas que planejam suas carreiras, definindo metas para daqui a 5, 10 ou 20 anos. Muita gente ainda segue no estilo “deixa a vida me levar”, sem que se deem conta da quantidade de oportunidades que estão perdendo. O marketing pessoal previne que isso ocorra.

Como se faz Marketing Pessoal?

O marketing pessoal consiste em duas frentes básicas: mostrar seus pontos fortes e desenvolver aqueles que ainda podem ser melhorados. Para que isso aconteça da melhor maneira, confira as 8 dicas a seguir:

1. Analise seu cenário atual

Marketing pessoal significa autoconhecimento, portanto, é hora de olhar para si. Antes de implementar qualquer estratégia de marketing, as empresas fazem um procedimento chamado análise SWOT, que analisa o contexto atual da organização, incluindo:

  • Pontos fortes (fator interno)
  • Pontos fracos (fator interno)
  • Oportunidades (fator externo)
  • Ameaças (fator externo)

No marketing pessoal, cada pessoa pode fazer a sua própria análise SWOT pessoal para entender melhor o seu “diagnóstico” de pontos fortes e aspectos a serem desenvolvidos. Por exemplo:

  • Pontos fortes: determinação, boa formação acadêmica (graduação e pós-graduação), organização, boa comunicação interpessoal, facilidade com números.
  • Pontos fracos: procrastinação, teimosia, ansiedade, ausência de segundo idioma.
  • Oportunidades (o que é possível fazer): curso de idiomas, mestrado internacional, liderar equipes.
  • Ameaças (o que pode te prejudicar): crise no setor, aumento da concorrência na área, risco de terceirização da atividade profissional.

2. Determine seus objetivos

Depois de compreender melhor o seu momento atual, é preciso responder a uma nova pergunta: aonde você quer chegar?

Ter objetivos profissionais depende de seus desejos e de seus esforços. É muito importante definir prazos para que esses objetivos sejam alcançados, assim como as empresas costumam fazer. Confira alguns exemplos:

  • Ser analista júnior em 2 anos, analista pleno em 5 anos e analista sênior em 10 anos.
  • Ser fluente em inglês em 5 anos, assumir a gerência do departamento em 7 anos.
  • Concluir a pós-graduação e mudar de empresa em 2 anos.
  • Fazer uma nova graduação e mudar de área profissional em 5 anos.

Como é possível perceber, as metas profissionais podem ser bem diferentes umas das outras. Tudo depende de como você se sente atualmente, o que só será possível perceber por meio do autoconhecimento. Lembre-se de que o ideal é ter metas para curto, médio e longo prazo.

3. Desenvolva suas habilidades técnicas

Depois de definir aonde você quer chegar, a próxima pergunta é: como você deve chegar lá? A evolução profissional de uma pessoa depende de dois fatores: o avanço nos estudos e o acúmulo de experiências na área.

Portanto, é preciso reciclar o que você já aprendeu e também ampliar seus horizontes para novos conhecimentos. Todas as áreas profissionais que existem passam por descobertas e atualizações constantemente, de modo que você precisa acompanhar essas atualizações para manter-se competitivo.

Dessa forma, nunca deixe de ler as notícias e os artigos de sua área e continue estudando sempre. Especializações, cursos complementares, treinamentos para aprender uma nova ferramenta, cursos de idiomas, mestrados e doutorados estão aí para que cada profissional progrida em sua carreira. Aproveite essas opções, pois elas não são gastos, mas investimentos.

4. Participe de eventos de sua área

Além do estudo tradicional, os eventos de uma área profissional também são ótimas maneiras de conferir as atualizações do ramo e aprender coisas novas. Palestras, conferências, simpósios, entrevistas, debates, feiras e exposições sempre têm muito conhecimento relevante.

Além disso, os eventos também são excelentes oportunidades de networking, ou seja, de conhecer novas pessoas e, quem sabe, estabelecer novas parcerias profissionais. Lembre-se de que ninguém faz nada sozinho, e na vida profissional não é diferente.

5. Seja ativo na web: LinkedIn, blogs e portfólios

A internet revolucionou a maneira como nos comunicamos uns com os outros, como nos informamos e até mesmo como consumimos. Além disso, ela pode ser uma ótima vitrine de suas habilidades e competências, o que é ótimo para o marketing pessoal.

O LinkedIn, por exemplo, é uma rede social especificamente voltada ao universo profissional. É nela que você deve publicar seu currículo, comunicando todas as suas experiências profissionais, formações e habilidades.  A rede permite que você faça contatos com colegas, escreva artigos e candidate-se a várias vagas de emprego.

Os blogs pessoais também podem ser ótimas maneiras de mostrar às pessoas as suas ideias, escrevendo artigos pertinentes à sua área de atuação profissional.

Por fim, os portfólios online também são ferramentas essenciais para que os profissionais mostrem aquilo que já desenvolveram em suas carreiras. Em geral, são mais utilizados por profissionais das artes, da arquitetura, da fotografia e da comunicação (escritores, redatores, jornalistas, publicitários e designers).

6. Não tenha medo de assumir seus créditos

Se você alcançou alguma conquista importante ou um bom resultado em sua carreira, não há nada de errado em assumir os créditos por isso e muito menos por ficar feliz e comemorar.

No início de carreira principalmente, alguns profissionais podem ter medo ou insegurança em assumir os seus créditos. No entanto, desde que você não pareça arrogante, está tudo bem destacar suas forças.

Para ter sucesso, você precisa mostrar, de alguma maneira, os seus atributos, assim como as empresas fazem com seus produtos. Numa entrevista de emprego, por exemplo, o entrevistador só poderá te avaliar se você mostrar aquilo que sabe.

7. Participe de atividades extracurriculares

Além do conhecimento, o avanço na carreira também está profundamente atrelado às experiências que acumulamos, pois são elas que demonstram que tudo aquilo que sabemos em teoria também foi posto em prática.

Assim, além das atividades profissionais que executamos, ter atividades extracurriculares também ajuda a mostrar essas habilidades. Fazer trabalhos voluntários, dar aulas, escrever e organizar projetos paralelos, por exemplo, são ótimas maneiras de mostrar sua versatilidade e enriquecer seu currículo.

8. Exercite suas soft skills

Por fim, além das competências específicas de sua área, é importante desenvolver aquelas habilidades mais gerais, que todo mundo deveria exercitar, as chamadas soft skills.

Comunicação interpessoal, raciocínio lógico, flexibilidade, oratória, organização, planejamento estratégico, concentração, empatia, criatividade, inteligência emocional e gerenciamento do tempo são algumas dessas habilidades que também são importantes para o marketing pessoal.

Há cursos e treinamentos específicos para o desenvolvimento dessas habilidades. O coaching, mais especificamente, também apresenta programas para as soft skills e é indicado para profissionais de todas as áreas, já que as sessões são personalizadas às necessidades de cada indivíduo.

Já deu para perceber que ferramentas não faltam para que você potencialize sua carreira e faça seu marketing pessoal, não é mesmo? Tudo é uma questão de autoconhecimento, planejamento e mão na massa.

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