Quando falamos em liderança, precisamos compreender que não se trata de um conceito uniforme. A sua definição clássica é “a arte de conduzir outros indivíduos rumo ao alcance de um objetivo comum”. No entanto, as maneiras como isso se desenvolve são muito diferentes de equipe para equipe e de empresa para empresa, por exemplo.
Havendo diferentes tipos de liderança, precisamos destacar um deles: a chamada “liderança cognitiva”. Neste artigo, você vai conhecer as características e os benefícios que esse tipo de liderança tem a oferecer. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
Liderança cognitiva: em que consiste esse conceito?
Liderança cognitiva é aquela que busca perceber as pessoas ao redor do líder, incluindo a sua forma de pensar, sentir e agir. Por meio disso, ela cria estratégias efetivas para motivar, inspirar e estimular os liderados continuamente. O termo é proveniente da palavra “cognição”, que por sua vez, pode ser definida pela junção de: memória, percepção, associação, pensamento, juízo de valor, imaginação, raciocínio, atenção e linguagem.
Portanto, esse modelo de liderança defende que para conseguir estimular os seus profissionais e conduzi-los à direção que acredita ser a melhor, o líder precisa criar um ambiente apropriado e seguro, onde as pessoas se sintam confiantes, motivadas e empoderadas em decorrência disso. Assim, entende-se que a liderança cognitiva conecta os pontos e tem como objetivo criar um clima favorável para a execução das tarefas e o alcance das metas diárias.
A ideia é estimular a memória, o raciocínio lógico, a comunicação, a aquisição de conhecimentos e a capacidade de aplicá-los nas tarefas do dia a dia. Dessa forma, o líder atua, em certo ponto, como um professor, que ensina e estimula os liderados ao desenvolvimento contínuo.
Como a liderança cognitiva funciona?
Esse tipo de liderança, baseado no modelo cognitivo, funciona tendo como princípios três elementos importantes, complementares e distintos: reconhecimento, regras e resultados. Vamos destrinchar cada um, dar dicas de liderança, e entender como funcionam.
- Reconhecimento
Segundo a hierarquia das necessidades de Abraham Maslow, todo ser humano precisa ser reconhecido, na essência, para sentir-se motivado. O mesmo ocorre com a equipe de profissionais de uma empresa. Por isso, a liderança cognitiva prega o reconhecimento ao trabalho, aos resultados e às competências, coletivas e individuais.
Esse reconhecimento vai ao encontro do conceito de feedback, em que as avaliações de desempenho dos colaboradores evidenciam os pontos positivos e os pontos que precisam melhorar. Assim, o funcionário está sempre bem-informado acerca da sua própria performance, sabendo o que deve fazer para continuar progredindo.
A partir do feedback, cabe ao líder oferecer sugestões de melhoria aos liderados. Como o conhecimento é a palavra-chave da liderança cognitiva, a ideia é estimular o colaborador a sempre ampliar os seus saberes. Para isso, podem ser sugeridos leituras, palestras, eventos, cursos e treinamentos. Isso serve tanto para adquirir novos saberes, como também para reciclar antigos conhecimentos, adequando-os aos novos cenários que se apresentam.
- Regras
As normas servem para regular o trabalho, direcionar as ações, ditar o ritmo de trabalho e delimitar a área de ações de cada um, no ambiente corporativo. Servem como o guia do líder para os seus liderados que, ao segui-las, têm o suporte de que precisam para fazer o seu trabalho do modo correto, com ética, respeito e valores.
A definição das regras de uma organização deve ser baseada em dados, informações e conhecimentos. Isso deve produzir direcionamentos quanto aos processos de cada departamento, às funções específicas de cada cargo e também ao comportamento geral dos colaboradores dentro daquela cultura organizacional.
Dessa forma, cabe ao líder definir, comunicar e fortalecer essas regras, justificando a sua importância de tempos em tempos. Na liderança cognitiva, o líder precisa compartilhar os seus conhecimentos e estimular os seus liderados a fazerem o mesmo uns com os outros. É assim que uma cultura de aprendizagem constante se instala.
- Resultados
Sem resultados, não há avanços, e, se não há avanços, todos perdem. Por isso, o líder cognitivo deve estar sempre atento, acompanhar os seus liderados, gerenciar as tarefas e garantir que as metas e os objetivos sejam plenamente alcançados. Pensando nisso, deve também propor momentos produtivos e reuniões mais práticas e objetivas, em que todos possam compartilhar ideias e soluções e disponibilizarem-se para conquistar resultados positivos.
Assim, faz parte da liderança cognitiva a utilização de ferramentas e tecnologias que monitorem, de preferência em tempo real, os resultados que a organização/departamento está alcançando. Se esses resultados forem positivos, a orientação é dar continuidade à estratégia adotada. Se esses resultados forem negativos, é fundamental reunir a equipe para fazer ajustes ou definir uma nova estratégia, que efetivamente resolva os problemas diagnosticados.
Por que a liderança cognitiva é tão importante?
A liderança cognitiva é importante porque ela trabalha com a informação e com o conhecimento: duas matérias-primas essenciais ao sucesso de qualquer pessoa ou empresa. Ao ler os pilares acima, você provavelmente percebeu que tudo o que se faz é baseado em informação de qualidade: o feedback, a capacitação contínua, o compartilhamento de conhecimentos, a definição de regras internas, o acompanhamento de resultados e o planejamento estratégico.
Em vez de conduzir as empresas com base nos “achismos” do calor do momento, a liderança cognitiva prega a seriedade, o método, a busca pela informação confiável e a melhoria contínua dos processos e dos desempenhos de cada colaborador. É por isso que ela é tão determinante para que as organizações alcancem resultados verdadeiramente extraordinários.
Como podemos perceber, este é mais um modelo de liderança inovadora, que vai além do que tange à forma de gerir os processos e liderar as pessoas. Isso é exatamente o que ocorre com a liderança baseada nos princípios do coaching, em que os liderados são constantemente convidados a ir além, a sair da caixa, a deixar a zona de conforto e a dar o seu melhor em prol da conquista das metas.
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