Você já se perguntou o que realmente é uma emoção? Muito além de um simples sentimento, a emoção é a energia que move a alma, a ponte invisível entre o corpo físico e o campo espiritual. É ela que molda a forma como vemos o mundo, reagimos às experiências e criamos significado para a vida.
Durante séculos, filósofos e cientistas tentaram definir a emoção: impulso, instinto, perturbação, sensação, movimento da mente. Mas talvez o que sempre tenha faltado nessas definições seja o que a Psicologia Marquesiana revela com profundidade: a emoção é a linguagem do Self 2, o ponto onde o humano e o divino se encontram.
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A emoção: o portal entre o visível e o invisível
Na Psicologia Marquesiana, a emoção é entendida como a única linguagem que atravessa corpo, cérebro e alma.
Ela nasce nas camadas profundas do cérebro, mas se manifesta como vibração espiritual. É ela que nos conecta ao passado por meio das memórias, ao futuro pela imaginação e ao presente pela intensidade da vivência.
A emoção é o motor da consciência integrativa, o portal vivo do Self 2, onde a fé, a cura e o propósito ganham forma.
A busca da ciência por entender a emoção
Ao longo da história, muitas teorias tentaram explicar o fenômeno emocional.
A Psicologia Marquesiana reconhece a contribuição de cada uma, mas aponta seus limites:
- James-Lange (1884): emoção como percepção das reações do corpo.
“Não choramos porque estamos tristes. Estamos tristes porque choramos.” - Cannon-Bard (1927): emoção e resposta fisiológica ocorrem simultaneamente.
- Schachter-Singer (1962): emoção como interpretação cognitiva de um estado físico.
- Behaviorismo: ignorou as emoções por não serem observáveis.
- Psicanálise: interpretou a emoção como sintoma, algo a ser explicado, não vivido.
Todas trouxeram sabedoria, mas nenhuma explicou o que de fato acontece quando uma emoção é vivida com verdade e transforma a alma.
A diferença entre emoção e sentimento
Muitas vezes usamos as duas palavras como sinônimos, mas são realidades distintas.
A emoção é um fenômeno neuroquímico e energético. É imediata, visceral, universal. Surge antes do pensamento e ativa o corpo. É impulso e verdade bruta.
O sentimento, por outro lado, é a história que contamos sobre o que sentimos. É a elaboração racional da emoção.
Em termos simples: a emoção é a matéria-prima da alma; o sentimento é a versão racional da emoção.
Trabalhar apenas com sentimentos não transforma.
O que cura é reviver a emoção original em um novo campo simbólico, mais seguro, mais amoroso e mais verdadeiro.
Emoção é memória viva
Pesquisas de Joseph LeDoux mostram que emoções intensas se registram na amígdala cerebral e se tornam memórias emocionais implícitas — lembranças que o corpo mantém mesmo quando a mente já esqueceu.
Eric Kandel, Prêmio Nobel de neurociência, explica que toda emoção cria uma trilha sináptica que pode ser reforçada ou modificada. Isso significa que a emoção é um sistema de arquivamento vivo, que precisa ser atualizado, não apenas interpretado.
Quando uma emoção é vivida com intensidade 10, ela se torna referência para aquele tema.
Se uma nova emoção é vivida com intensidade 11, ela se torna dominante e reconsolida as anteriores, reescrevendo o passado emocional.
Emoção: a química da alma
A neurocientista Candace Pert revelou em Molecules of Emotion que as emoções são literalmente substâncias bioquímicas — os neuropeptídeos — que interagem com receptores em todo o corpo, do cérebro ao coração.
Cada emoção modifica nossa biologia.
Cada cura emocional pode se manifestar também como cura física e espiritual.
Quando vivemos emoções de amor, fé, perdão ou gratidão, nosso corpo responde com:
- Dopamina: motivação e prazer.
- Ocitocina: vínculo e segurança.
- Serotonina: equilíbrio e bem-estar.
- Redução do cortisol: menos estresse e inflamação.
- Ativação do nervo vago: calma e presença.
Nada disso é místico. São efeitos mensuráveis e reais. A espiritualidade e a neurociência falam a mesma língua quando compreendemos que emoção é energia em movimento e bioquímica em ação.
A emoção: linguagem do Self 2
O Self 2 é o centro emocional inconsciente e sensível.
É nele que estão armazenadas nossas memórias afetivas, os traumas, os desejos mais profundos e a conexão com o sagrado.
O Self 1, racional, interpreta e analisa, mas não acessa a raiz da dor.
Já o Terceiro Self, guardião subconsciente, protege, arquiva e autoriza novas verdades emocionais quando se sente seguro.
Quando uma emoção é vivida com verdade no Self 2 e aceita pelo Terceiro Self, todo o sistema é reprogramado.
A nova definição de emoção
A partir dessa integração entre espiritualidade e neurociência, surge uma definição inédita:
“A emoção é a linguagem bioespiritual do Self 2, que integra corpo, cérebro e alma em resposta a um estímulo interno ou externo. É o ponto de acesso ao reprogramador universal da mente humana.”
Somente a emoção tem o poder de atravessar a mente racional, tocar a amígdala, modificar a química, restaurar o Self 2 e reorganizar o campo da alma.
Por isso, só a emoção cura.
Conclusão inspiradora
Compreender o que é uma emoção, com essa profundidade, é o primeiro passo para libertar-se de tudo o que foi gravado em dor, medo, abandono ou culpa.
Se a emoção é a linguagem da alma, então todo processo de cura começa por sentir diferente.
Quando sentimos diferente, pensamos diferente.
Quando pensamos diferente, vivemos diferente.
E quando vivemos diferente, criamos um novo destino.
Este é o poder da emoção.
Este é o início da cura.
José Roberto Marques
Mentor, escritor e fundador do IBC Coaching